O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
O forró e as festas juninas brasileiras
A diversidade das letras das canções

Sobre as letras das canções de forró das festas juninas do Brasil, o apontamento que a professora universitária e linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) escreveu e leu para o programa Páginas de Português, em 25 de junho de 2023, na Antena 2.

«Imagina»
Uma expressão de São Paulo

«Pude perceber essa integração ao universo, digamos, parassampático, quando, dia desses, utilizei, autômato, a expressão "imagina!". Foi um susto. E um pertencimento. Quando dei por mim, falei, fluente, fluentemente: "imagina. Imagina!"»

Apontamento do escritor brasileiro Marcílio Godoi publicado no dia 24 de maio de 2023 no seu perfil de Facebook, a respeito de uma expressão que parece ser corrente entre falantes da cidade de S. Paulo: «Imagina!»

 

O português de lá para cá, numa canção e num livro
O debate entre o português de Portugal e o do Brasil.

«[C]omo é sabido, as contendas entre o português de cá (o europeu) e o de lá (o do Brasil) têm-se acirrado a vários pretextos, na sua maioria contestáveis» –  escreve norma ortogéficao jornalista Nuno Pacheco em crónica incluída no Público de 17 março de 2022, a propósito da publicação do mais recente livro do linguista e escritor Fernando VenâncioO Português à Descoberta do Brasileiro (Guerra e Paz, 2022), obra dedicada à análise das reações que o contacto com a variedade brasileira tem suscitado em Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o texto original, mantendo-se  a norma ortográfica de 1945 do original


Sonhar em português no Museu da Língua Portuguesa
A magia de um património linguístico

«Além da exposição principal e permanente, o Museu tem exposições temporárias que são verdadeiras experiências artísticas, sensitivas e culturais.» Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Baía) incluída na emissão do programa Páginas de Português pela Antena 2, em 27 de fevereiro de 2022. A autora assinala a reabertura do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, corrida em 31 de julho de 2021, recordando a sua história e dando conta de como este espaço recuperou o anterior dinamismo e se refez dos estragos causados pelo incêndio que o destruiu em 2015.

Oxítonos
Baticum, pangaré Xodó e outras palavras agudas menos correntes

«Os proparoxítonos são nobres. Os paroxítonos , triviais (correspondem à maior parte do léxico).  O que dizer dos oxítonos? Com a tônica na última sílaba, eles têm um quê de retumbante e definitivo. Só se dão por inteiro. Nada os pode mutilar, sob pena de lhes destruir a alma, o icto, a sílaba tônica.»

O escritor e jornalista  brasileiro Chico Viana brinca em torno das palavras agudas (palavras oxítonas), particularmente abundantes nas variedades linguísticas do Brasil, neste texto publicado no Facebook Língua e Tradiçãono dia 2 de julho de 2021.

Festas juninas e tradição
Um exemplo de diversidade e riqueza cultural

«A influência da cultura em língua portuguesa se dá [...] a partir de variados modos de expressão das sociedades lusófonas, e as festas juninas são um exemplo de nossa diversidade e riqueza cultural, especialmente em Portugal e no Brasil.» A linguista Edleise Mendes, nesta crónica lida no programa Páginas de Português de 27 de junho de 2021, na Antena 2, fala sobre as tradições levadas a cabo nas festas juninas, no Brasil, aludindo à riqueza lexical associada às mesmas. 

Independência e Morte
O Brasil 198 anos depois da sua Independência

A  propósito do 198.º aniversário da independência do Brasil, comemorado em 2020 num cenário de horror e angústia por causa da pandemia de covid-19, a professora universitária brasileira  Edleise Mendes escreveu e leu a crónica que se segue para o programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 13 de setembro de 2020.

Estas gurias não sabem o que é um pá
Dissonâncias do português do Brasil e de Portugal

 «Uma das pequenas irritações que um português a morar no Brasil sente no dia a dia é ligar a televisão e ouvir um filme de Hollywood, ou de outro lugar que o valha, dobrado — dublado -— em português local. Por isso, num destes dias, senti, num zapping qualquer, uma genuína satisfação ao ver, finalmente, as por aqui tão raras legendas a acompanhar uma fita. Mas logo veio a desilusão; não era uma fita qualquer, era Tabu, o portuguesíssimo filme do portuguesíssimo Miguel Gomes, falado num portuguesíssimo sotaque de Lisboa.»

Texto do jornalista português João Almeida Moreira, correspondente do Diário de Notícias, em São Paulo, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia.