«(...) A Senegâmbia abrange uma zona cultural importante, compreendendo os atuais Senegal, Gâmbia e Guiné-Bissau, com foco central na Casamance, onde contactos intercomunitários foram frequentes. Os luso-africanos mencionados por Jean Boulegue integraram-se ao longo do tempo nas sociedades da região e hoje a sua presença histórica aparece em nomes de algumas famílias, da própria Casamance (do português Casa Mansa) e, mais para norte, da localidade de Joal-la-portugaise, onde nasceu Leopold Sedar Senghor [1906-2001], principal teórico da negritude e primeiro presidente do Senegal (...).»
[Artigo do economista e escritor Jonuel Gonçalves incluído em 21 de julho de 2020 na edição eletrónica do jornal Público, à volta do colonialismo português em África, da descolonização, de relações interétnicas e da terminologia associada.]