O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
A linguística portuguesa feita no feminino
As mulheres que deixaram a sua marca no estudo da gramática e da língua portuguesa

«Apesar do caminho sinuoso e dos obstáculos impostos, várias foram as mulheres que procuraram deixar a sua marca na investigação desenvolvida em torno da língua portuguesa», afirma a consultora Inês Gama, neste apontamento em que se analisam os contributos de algumas mulheres na área da gramática e língua portuguesa.

As mulheres e o nome das atividades que exercem
As profissões no feminino

«São, sobretudo, aspetos sociais e culturais os que geram constrangimentos à adoção das formas femininas de alguns nomes de atividades, cargos e profissões»,  não as estruturais gramaticais –  escreve*a linguista Margarita Correia, a propósito da passagem do Dia Interncional da Mulher, em 8 de março de 2021.

*Artigo publicado pelo Diário de Notícias em 8 de março de 2021.

 

<i>Maléfica: Mestre do Mal</i>
A assunção de um mundo feminino sem maldade ou um erro gramatical?

No título Maléfica: Mestre do Malnovo filme da Disney, a opção pela forma mestre oferece sérias dúvidas. Tratar-se-á de um erro ou podemos imaginar intenções "maléficas"? 

Os cidadãos e a gramática

«É (...) admissível que se faça a distinção entre homens e mulheres, por exemplo, num discurso político, por uma questão de expressividade oratória ("Portuguesas e portugueses", "Cidadãs e cidadãos"...), mas tal não é funcional na generalidade dos discursos e textos. As palavras não têm sexo: na língua, o masculino ou o feminino são, apenas, género gramatical», escreve Maria Regina Rocha, neste artigo dado à estampa no jornal Público deste dia, a propósito da querela suscitada pela iniciativa do Bloco de Esquerda para a mudança, em Portugal, da denominação do cartão do cidadão.

A propósito do feminino de <i>procurador-geral da República</i>
Subtilezas da língua

A resposta Procurador(a)-geral da República, de Maria Regina Rocha, rigorosa, como sempre, deixou em aberto, mesmo assim, uma chamada de atenção para uma subtileza da língua.

Como aí se sublinha, uma coisa é o cargo, outra a pessoa que o exerce.  Podemos dizer: «A chancelerina Ângela Merkel», mas devemos dizer que «Ângela Merkel exerce o cargo de chanceler da Alemanha». Da mesma maneira, podemos dizer: «A presidenta Dilma Roussel...

Sobre o uso da forma <i>presidenta</i> no Brasil e em Portugal
Por Vários

Seguem três pareceres sobre o emprego de presidenta como feminino de presidente. Vêm eles a propósito da eleição da primeira mulher para a Presidência da República do Brasil — e a primeira, também, em qualquer país de língua portuguesa — que, por sua explícita vontade, se intitula, desde 1 de Janeiro de 2011, «a presidenta...

Quem começa a aprender a língua inglesa logo é apresentado ao pronome it,  usado para as coisas. Ele é he, ela é she, um animal, uma planta ou qualquer objeto é it. Em Português, tudo tem gênero: empregamos o ele ou o ela. Às vezes, nos complicamos ao empregar o pronome errado.

Presidenta, como quer que lhe chamem a presinte da Fundação José Saramago, ou  "a" presidente? Maestrina ou "a" maestro? E como chamar às mulheres poetas? Uma reflexão de Ana Martins, na sua coluna "ver como se diz", no semanário "Sol" de 2 de Agosto de 2008.

 

Será discriminatório dizer a presidente, passando a ser obrigatório a presidenta? Há quem adore os debates «de género». Eu acho alguma graça, mas recomendo calma.

São muitos e variados os erros de língua portuguesa que se ensinam por aí. Aqui e agora, apreciemos alguns deles, mas, antes, permita-se-me uma nota prévia: não identifico as obras e os autores que vou criticar, apenas os cito, pois nunca quis nem quero melindrar pessoalmente ninguém.

Debrucemo-nos, então, sobre alguns desses erros...

1 – Há quem diga que a gramática ensina a falar e a escrever correctamente.