«[F]ixemo-nos na verdade profunda desta ideia: o escritor de verdade é o que não sabe escrever», afirma o poeta e diplomata português Luís Filipe Castro Mendes neste artigo publicado no Diário de Notícias em 21 de novembro de 2020.
«[F]ixemo-nos na verdade profunda desta ideia: o escritor de verdade é o que não sabe escrever», afirma o poeta e diplomata português Luís Filipe Castro Mendes neste artigo publicado no Diário de Notícias em 21 de novembro de 2020.
O lema do Governo «Máxima eficácia, mínima perturbação» foi apresentado como máxima orientadora das medidas a tomar no contexto do estado de emergência. Os significados da expressão e a sua adequação à realidade são matéria para o apontamento da professora Carla Marques, no programa Páginas de Português, emitido na Antena 2.
«A tergiversação é uma atitude tão frequente em diferentes camadas da nossa sociedade e em diferentes ângulos políticos que até parece estranho que poucos reconheçam o seu significado quando a palavra se faz mostrar», afirma a professora Carla Marques num apontamento sobre as palavras tergiversação e tergiversar.
O plural de acordo e de líder, a prolação de intoxicar e de inclusive, ou o tropeção recorrente na palavra síndroma – são alguns dos exemplos de pronúncias erróneas frequentes (na perspetiva da norma culta de Portugal) na comunicação diária dos falantes menos cuidados referidos pela professora Sandra Duarte Tavares neste apontamento.
in edição digital da revista Visão de 18 de novembro de 2020.
Recém é o mesmo que recente, mas só se usa com particípios passados (recém-nascido, recém-casados, recém-eleito...). O professor João Nogueira da Costa regista este e outros casos de reduções de adjetivos no apontamento que aqui se transcreve, da sua página de Facebook (30 de agosto de 2019).
«Em cada esquina brasileira há um Julielson, uma Anicleide ou duas irmãs chamadas Analimar e Mart’nália, como as filhas do famoso sambista Martinho da Vila e sua esposa Anália» – assinala a linguista brasileira Edleise Mendes a respeito da campanha para as eleições de 15 de novembro de 2020 no Brasil.
Apontamento incluído no programa Páginas de Português , na Antena 2, em 22 de novembro de 2020.
A etimologia é uma disciplina linguística que proporciona surpresas, como revela o professor João Nogueira da Costa numa breve recolha que parte da palavra cálamo, passa por calamar, «lula», e acaba em calamidade, palavra que, no contexto da terrível pandemia de covid-19, se tornou recorrente – basta lembrar a expressão «estado de calamidade».
O problema (e a razão) de tantos portugueses comunicarem escorreitamente no seu dia a dia – e pessimamente quando falam na televisão.
[Miguel Esteves Cardoso, in jornal Público do dia 17 de novembro de 2020.]
«Na situação irônica, há um descompasso entre o que acontece e o que se espera acontecer», observa o professor universitário brasileiro Roberto Lota num apontamento dedicado a três tipos de ironia, ilustrando este recurso expressivo com um exemplo retirado de Memórias Póstumas de Brás Cubas, a conhecida obra de Machado de Assis (1839-1908).
.[in Língua e Tradição,13 de novembro de 2020.]
O verbo correr é de uso corrente, tanto em sentidos associados ao movimento físico como noutros menos literais. A sua combinação com preposições diversificadas gera também sentidos específicos. Estranho, todavia, é o uso do verbo na construção «correr atrás do prejuízo», que significa o contrário daquilo que se afirma. Um modismo analisado à lupa pela professora Carla Marques.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações