O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Intolerância linguística e resistência: <br>a questão do negro
A língua como veículo do preconceito

«Estudar as línguas africanas que resistem nos rituais afro-brasileiros e em algumas comunidades negras, bem como investigar a participação das línguas africanas na constituição do português falado no Brasil, é contribuir para o conhecimento de nossa história, para o auto-conhecimento da população negra». escreve  neste artigo a linguista Margarida Maria Taddoni Peter.

In Diversitas – Núcleo de Estudos de Diversiddes, Intolerâncias e Conflitos, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da (FFLC) da Universidade de São Paulo (USP).

 

Apanhá-lo do chão
Origem e significado das palavras

O professor universitário Frederico Lourenço enceta uma viagem à origem latina de diversas palavras. Assim se mostra a ligação entre dócil e doutor, falar e mentir, nádega e dorso, entre outras significações extraordinárias que vêm comprovar a importância do conhecimento da língua latina para compreender a evolução dos significados e a proximidade das palavras. 

Texto publicado pelo autor no seu mural de Facebook em 13 de dezembro de 2020.

Palavras formadas de epónimos
Nomes de pessoas que se tornam nomes comuns

«Os dicionários definem epónimo como “aquele que dá o seu nome a qualquer coisa”. (...) Há várias palavras formadas a partir de epónimos cuja origem pode-nos parecer mais “camuflada” (...)»

São mais de 20 os epónimos inventariados por João Nogueira da Costa neste apontamento publicado na página de Facebook deste autor em 26 de dezembro de 2018.

O túnel e a luz
Uma metáfora de esperança e precaução

A metáfora do túnel, na fase pandemia que se atravessa, encontra-se na ordem do dia, sobretudo porque este parece ter uma luz ao fundo, que é trazida pela chegada das vacinas contra a covid-19. Um motivo para um apontamento sobre a palavra e a construção metafórica que alberga, pela professora Carla Marques

Finalmente, uma árbitra!
O feminino dos nomes e as mentalidades

A utilização da palavra árbitra, na sequência de Stéphanie Frappart ter sido a primeira mulher a arbitrar um jogo da Liga dos Campeões masculina motiva uma reflexão sobre a formação do feminino de algumas palavras em contextos onde o uso do género masculino parece retratar uma realidade dominada por homens, como conclui a professora Carla Marques

A língua está em perigo por causa dos jovens?
Gíria e o calão como afirmação geracional

«(...) [C]ada geração virá a dizer dos adolescentes e jovens adultos do seu tempo que "não sabem falar" e que daí advirão grandes desgraças à língua portuguesa», vaticina a linguista Margarita Correia a respeito de uma suposta falta de competência linguística entre os jovens.

Artigo de opinião da autora, publicado 5 de dezembro de 2020 no Diário de Notícias.

 

 

 

Uma sorte macaca
Um divertido apanhado de expressões idiomáticas em tempo da covid

«Estou sempre a faltar ao respeito a quem quer «cada macaco no seu galho». Mesmo não infetado pelo Corona (assim espero estar e continuar), terei avariado por outros motivos; se calhar, será do ar fétido deste viver que o vírus nos trouxe. Já lá vão nove meses e, por dentro do medo, nunca se sabe o que o medo mais fará. «A quem mal vive, o medo o segue». Enfim, a gente desata a colecionar macaquinhos no sótão e não sabe se consegue ficar imunizado contra o medo».

 

Texto do meteorologista português reformado Manuel Costa Alves, transcrito, com a devida vénia, do semanário regional da Beira Baixa Reconquista, com a data de 3 de dezembro de 2020.
Traduzir “cyberbullying” ou acabar com a palavra?
A realidade a criar a língua

A publicação do livro Pra cima de Puta, da apresentadora televisiva portuguesa Cristina Ferreira, trouxe para a ribalta o tema do “cyberbullying”, cujas dificuldades de tradução a professora Carla Marques comenta. 

Brasil, Portugal  <br>e esta língua que nos (des)une
Um caso entre outros de discriminação linguística

«É absurdo (...) exigir a falantes brasileiros de língua portuguesa e que obtiveram as suas formações no Brasil que façam prova de que falam português, seja como língua materna ou (pasme-se) como língua estrangeira» – escreve a linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia contra as situações de injustiça geradas pelo preconceito linguístico em Portuga, em artigo publicado no Diário de Notícias em 28 de novembro de 2020.

Eça de Queirós não escrevia bem
Literatura e qualidade de escrita

«[F]ixemo-nos na verdade profunda desta ideia: o escritor de verdade é o que não sabe escrever», afirma o poeta e diplomata português Luís Filipe Castro Mendes neste artigo publicado no Diário de Notícias em 21 de novembro de 2020.