O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
A flexão de <i>verde-musgo</i> no plural
A concordância com adjetivos compostos de cor

A flexão no plural do adjetivo composto verde-musgo dá matéria para o apontamento da professora Carla Marques (colaboração no programa Páginas de Português, na Antena 2). 

Um olhar sobre a trajetória histórica do português
Em alusão ao 5 de Maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa

«O português entrou em contacto com as línguas bantu com as quais mantém, na hodiernidade, relação de adstrato, embora o português possua uma posição de certo privilégio nesta relação» – escreve o investigador angolano Fernando Tchakupomba, autor deste apontamento dedicado à história da língua portuguesa numa perspetiva africana, e publicado no jornal O País (Angola) em 5 de maio de 2023, para assinalar o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Mantém-se a ortografia de 1945, que continua a ser aplicada em Angola.

O verbo
Um neologismo para a crise política em Portugal

«Funcionando como empréstimo, a palavra teria uma significação semelhante à que tem em francês: «Afundar voluntariamente um navio para apagar um incêndio ou para impedir que caia nas mãos do inimigo; pôr voluntariamente fim à atividade de uma empresa; agir de forma a destruir um projeto».» Um apontamento da professora Carla Marques sobre a possibilidade de aportuguesar o verbo saborder, cuja semântica se presta a descrever a crise política em Portugal desencadeada em abril de 2023, a partir do caso da companhia aérea TAP. A sugestão foi do jornalista português Eduardo Oliveira e Silva, na sua crónica do dia 2/05/2023, no Jornal i.  

Colocação do pronome clítico
O pronome alguém como atractor de próclise

Com base na frase «Alguém viu-o na rua», a professora Carla Marques aborda a questão da colocação do pronome clítico em conjugação com pronomes como alguém (colaboração no programa Páginas de Português, na Antena 2). 

«Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão»
O significado do provérbio

A origem e significado da expressão «Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão» foi o tema abordado pela consultora do Ciberdúvidas Inês Gama, no programa Páginas de Português, da Antena 2.

Porque é tão difícil dominar a língua portuguesa?
Défice de conversação com estrangeiros aprendizes de português
«Às vezes sinto que talvez devesse afixar um cartaz no meu peito que declarasse a minha competência linguística, para contrariar o impulso natural de falarem em inglês comigo. No entanto, julgo que nem isso resultaria», desabafa neste artigo* o norte-americano Carl Eric Johnson, residente em Portugal desde 2016, surpreendido pela «preferência dos portugueses pela comunicação em inglês é também visível nas palavras escritas — desde as ementas às informações nas montras».
 
* in jornal Público, do dia 21/04/2023.
«A importância da liberdade perdurar»,  <br>ou «de a liberdade perdurar»?
A escrita de preposições com orações de infinitivo

« [E]m Portugal, a regra da separação da preposição antes de oração de infinitivo é antiga e até estava consignada nas Bases Analíticas da Convenção de 1945» – assinala o consultor Carlos Rocha, a propósito do uso de preposições, em especial de, seguidas de orações de infinitivo, como é o caso de «(a importância) de a liberdade perdurar».

Nomes que avivam memórias, <br> neste outro 25 de Abril
49 anos de vida e cultura democráticas

«[...] [D]e entre centenas de livros editados desde 1974 com o 25 de Abril por mote, tropeçámos num que faz agora dez anos e que, sob um título anódino (25 Abril 1974 Liberdade), retrata em pequenos textos e outros tantos retratos desenhados "80 figuras que marcaram os anos da revolução"» – diz o jornalista Nuno Pacheco sobre um livro que evoca dezenas de figuras que marcaram a vida política a partir da Revolução. Crónica incluída no jornal Público em 20 de abril e aqui transcrita com a devida vénica, mantendo a ortografia do original.

 

«Pranta» ou <i>planta</i>? «A gente exprica»
A troca do l pelo r na dialetologia e na história da língua

«Está no DNA da língua portuguesa. O rotacismo sempre nos acompanhou de uma maneira bastante intrínseca. Isso acontece porque os sons do /r/ vibrante e /l/ estão muito próximos do ponto de vista articulatório, pois ambos são produzidos com a ponta da língua tocando os alvéolos dentais (as cavidades onde os dentes estão inseridos).»

Texto do divulgador de temas científicos Rafael Rigolon publicado na página de Facebook Nomes Científicos no dia 29 de março de 2023 acerca do fenómeno de troca do l pelo r (rotacismo).

«Extractivismo intelectual»
Uma expressão nova para um problema velho

«Se um investigador assistente fez um mestrado ou um doutoramento sob a orientação do mestre e se partes desse trabalho aparecem num texto do mestre no qual o assistente não é identificado como co-autor, o mestre está a apropriar-se do trabalho do assistente. É o «extractivismo intelectual».

 Texto da jornalista Bárbara Reis, a propósito do caso desencadeado por um artigo publicado numa editora internacional, com acusações de assédio e violência sexual a membros do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. In Público de 5/04/ 2023, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.