O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Queria? Já não quer?
Subtilezas da língua

A mais famosa pergunta dos cafés portugueses permite-nos conhecer um erro linguístico: o literalismo.

Texto do tradutor e professor universitário português Marco Neves, publicado no blogue Certas Palavras, com a data de 19 de julho de 2022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

O inglês, o português e a ciência
A divulgação do saber em língua vernácula

«A ideia de que existem línguas mais aptas ou eficazes para determinados tipos de comunicação é um mito que importa desfazer. Todas as línguas são à partida igualmente aptas para qualquer tipo de comunicação em qualquer âmbito de experiência ou de conhecimento», escreve a professora e linguista Margarita Correia, em artigo publicada no Diário de Notícias em 20 de julho de 2020.

A máscara e o ridículo
Disfarces de uma civilização enlouquecida
A partir da atitude do presidente dos Estados Unidos, que se rendeu ao uso da máscara, não porque acredita nos seus efeitos de proteção, mas por interesses políticos, faz-se um percurso em torno da evolução da significação de máscara e das reações que gera, que implicam vários tipos de ridículo. Uma crónica da professora Carla Marques emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 19 de julho de 2020.

 

Que a escola se salve até onde puder
O novo normal

Após a tomada de decisão governamental de o ano lectivo 2020/2021 arrancar em regime presencial, a professora Lúcia Vaz Pedro questiona a medida num artigo publicado no Público em 22 de julho de 2020: «será que quem debita as soluções conhece a realidade? Será que sabe quantos metros quadrados tem uma sala de aula e quantos alunos constituem uma turma? Quantos serão os que respiram o mesmo ar dentro do mesmo espaço?». 

 

«Quando for assim»
Uma maneira de dizer para certas situações

«Quando for assim» é uma frase feita que, em Portugal, «ocorre sempre depois de um acidente estúpido e irrepetível», conforme observa o escritor Miguel Esteves Cardoso nesta crónica de tom humorístico, incluída na edição de 13 de julho de 2020 do jornal Público (mantém-se a ortografia de 1945, em que o original está escrito).

Variação da língua portuguesa
Como ensinar uma língua pluricêntrica

A língua portuguesa é uma língua pluricêntrica com normas diferentes: há as normas linguísticas nacionais, como a portuguesa e a brasileira, já tradicionais; e as normas linguísticas nacionais emergentes, ainda por codificar mais sistematicamente, como a angolana e a moçambicana. No entanto, o ensino da língua nas escolas ainda perpetua a ideia de uma língua bicêntrica, e é sobre este tema que a linguista Margarita Correia fala neste texto, transcrição de um seu  depoimento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 10 de julho de 2020. 

A escola e a norma linguística
Um assunto que não é pacífico

«O conhecimento da norma e o seu uso devem, acredito, fazer parte da formação de cidadãos livres e com igualdade de oportunidades», considera a linguista e professora universitária Margarita Correia em crónica publicada no Diário de Notícias em 14 de julho de 2020.

A rebeldia dos autores antiparalelos
Variações estilísticas sobre a simetria sintática e o paralelismo semântico

Há escritores que sabem subverter com criatividade certos critérios de correção sintática e semântica, como é o caso do paralelismo de construções como «escolher entre amar e trabalhar muito» (melhor que «escolher entre o amor e trabalhar muito»). Um apontamento da autoria da brasileira Lara Brenner, advogada e professora de Língua Portuguesa, e publicado do dia 10 de julho de 2020 na página de Facebook de Língua e Tradição.

«Você sabe com quem está falando?»
Expressão coloquial brasileira

A expressão foi consagrada pelo antropólogo e professor titular do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, Roberto DaMatta, como o próprio conta neste
artigo da autoria da jornalista Carolina Callegar, publicado no jornal O Globo, do dia 8 de julho de 2020 – a seguir transcrito, com a devida vénia.

O género de covid
Afinal é «o covid» ou «a covid»?

«Se diferentes especialistas podem, de forma legítima, questionar qual a forma correta das palavras, o linguista vê aqui um fenômeno muito interessante: por que as pessoas atribuiriam gêneros distintos a esse item lexical? Mera indecisão, fruto de um amplíssimo desconhecimento? Parece-nos que esse juízo depreciativo impede a percepção das lógicas que subjazem à variação», escrevem Eduardo Henrik Aubert e Marcelo Módolo neste artigo * sobre o género da nova palavra covid. 

* in revista digital brasileira Roseta, v. 3, n.º 1, 2020.