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«A redundância nem sempre é nociva à comunicação – pelo contrário, a maior parte dos nossos enunciados contém várias redundâncias justamente para garantir a eficácia da comunicação em face do ruído» – sustenta o linguista Aldo Bizzocchi neste apontamento publicado no mural Língua e Tradição (Facebook), em 14 de agosto de 2022, e aqui transcrito com a devida vénia.
«Em Angola, ainda hoje, é considerado angolano alguém que fale bem português, que tenha um nome português» – afirma o geógrafo Asaf Augusto, na entrevista que concedeu à socióloga Carlota Moura Veiga (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia – CIES-IUL) e na qual deu conta da sua investigação sobre o fluxo migratório de cidadãos portugueses para Angola na sequência da crise financeira mundial de 2008. Transcreve-se aqui, com a devida vénia, um extrato dessa entrevista, incluída em setembro de 2022 em OEm Conversations with, publicação periódica de entrevistas do Observatório da Emigração, do CIES-IUL do ISCTE-IUL.
Referência do texto integral; Moura Veiga, Carlota (2022), “Colonialismo e emigração portuguesa para Angola: entrevista com Asaf Augusto”, OEm Conversations With, 31, Observatório da Emigração, CIES, Iscte, Instituto Universitário de Lisboa.
Uma crónica na qual o escritor Miguel Esteves Cardoso explora a significação e os usos da expressão «não há palavras», publicada no jornal Público de 5 de setembro de 2022. O texto segue o Acordo Ortográfico de 1945.
«Até que ponto soube o Brasil tornar sua uma língua imposta?» pergunta* a jornalista portuguesa Isabel Lucas. «A tentativa de resposta – adianta – começa no Museu da Língua Portuguesa e passa por uma história feita de zangas e contaminações: do tupi aos quilombos, passando por um tratado pombalino e pela literatura enquanto construção de identidade também linguística. Que língua é a língua brasileira? É o português brasileiro.»
*in jornal Público, do dia 27 de agosto de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
Um registo de falares regionais em dicionários e livros a eles dedicados publicados em Portugal, é o tema desta crónica do jornalista Nuno Pacheco, a seguir transcrita do jornal Público, com a devida vénia, conforme a norma ortográfica de 1945 seguida pelo autor.
«O neologismo [solastalgia] foi criado por um professor de Filosofia na Universidade de Newcastle (Austrália), Glenn A. Albrecht, de 64 anos, autor modesto, mas agora coroado pela sua invenção lexical, revelada em 2019 num livro que se chama Earth Emotions. New Words for a New World.»
Crónica do crítico literário português António Guerreiro, incluída no suplemento Ípsilon do jornal Público, no dia 29 de julho de 2022, a respeito de uma nova palavra, solastalgia, que designa o sentimento de medo e angústia decorrentes das alterações climáticas e ambientais, a que também se chama ecoansiedade. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
O calor e os seus significados, ativados pelo pino do verão, motivam a crónica da professora Carla Marques no programa Páginas de Português (Antena 2, 24 de julho de 2022).
«Existe um gigante de língua portuguesa no mundo, que aliás devia ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e Portugal conseguiu, findos os tempos imperiais e regressado aos seus limites europeus, ver a sua língua falada em vários continentes e por 27 vezes mais pessoas do que aquelas que vivem neste pequeno retângulo.» Editorial do jornalista Leonídio Paulo Ferreira na edição de 22 de julho de 2022 do Diário de Notícias, a respeito das consequências políticas e linguísticas da transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em finais de 1807.
«Em bom rigor, Julian Assange pode ser identificado como “denunciante”. Remeto para a letra da Directiva 2019/1937 do Parlamento e do Conselho europeu.»
Excerto do artigo que o provedor do leitor do Público, José Manuel Barata-Feyo, assinou em 23 de julho de 2022 no referido jornal. Trata-se de um comentário à carta de um leitor a respeito do anglicismo whistleblower, palavra que ocorre em referência ao caso de Julian Assange e tem sido traduzida como denunciante, informador ou delator. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o original.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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