O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Quem cose às vezes “descoze”
Ortografia em crise

 «Qual a razão de continuarmos a tropeçar diariamente em erros ortográficos? Quais as causas que poderão estar na origem desses erros?» – pergunta e responde neste artigo a professora Sandra Duarte Tavares, transcrito da edição digital da revista Visão do dia 17 de novembro de 2018. 

«Camaradas e
Os limites gramaticais da linguagem inclusiva

Em Portugal, num excesso de generalização da linguagem inclusiva, o político Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, usou a forma "camarados" na XI Convenção do Bloco de Esquerda. Nuno Melo, eurodeputado do CDS, acusou-o de «assassinar a língua portuguesa, para sublinhar proclamações de género ridículas», num artigo do Jornal de Notícias. Em resposta à polémica em torno do erro, prontamente corrigido, Pedro Filipe Soares, veio recordar num artigo do Público que a língua é ideológica e tem história.

As palavras podres
O atroz fingimento da espontaneidade

Miguel Esteves Cardoso reflete sobre as palavras que se gastam devido à repetição excessiva. Este uso automático parece condená-las ao esvaziamento e, consequentemente, levar à inexistência de verdadeira comunicação. Crónica publicada no  jornal Público de 20 de novembro de 2018, tendo-se respeitado a grafia segundo a norma ortográfica de 1945.

«Viagens quási maravilhosas através da linguagem»
A polissemia do adjetivo bom

«Se um estrangeiro nos perguntar à queima-roupa o que quere dizer a palavra «bom», é fácil respondermos-lhe que chamamos «bom» a tudo o que tem bondade, e «bons» às criaturas bondosas. Mas a coisa não é tão simples na língua portuguesa, e igual complicação se encontrará nas outras línguas  com as palavras correspondentes.» Com estas e outras considerações, o escritor, jornalista, pedagogo e político português Agostinho de Campos (1870-1944) evidencia a polissemia do adjetivo bom e comenta o seu uso estilístico, neste trecho extraído de Língua e má língua (Livraria Bertrand, 3.ª edição, 1945; manteve-se a ortografia do original).

Banda Desenhada

A propósito do falecimento de Steve Ditko, o celebrado coautor do não menos  famoso super-herói Marvel, cujas histórias em quadradinhos/quadrinhos  passaram também para o cinema, uma abordagem ao termo «banda desenhada», nesta crónica  da jornalista Rita Pimenta, transcrita, com a devida vénia, do jornal Público de 18/11/2018.

Alguma coisa foi

«Está maldisposto? Tem a cabeça leve, o estômago em sobressalto? Alguma coisa foi.» Nesta sua crónica  transcrita do jornal Público do dia 15 de novembro de 2018Miguel Esteves Cardoso guia-nos por entre a utilização  da expressão «alguma coisa foi», mostrando como esta funciona como explicação para os mais diversos acontecimentos. 

Tipo, não uses bengalas, tás a ver
Os bordões e a intermitência discursiva

Os bordões linguísticos são frequentes na oralidade. Apoiam o discurso e o orador em momentos de hesitação, reformulação e até esquecimento. Neste apontamento, a professora e linguista Carla Marques mostra como é importante tomar consciência das bengalas linguísticas para que a comunicação possa ser mais eficaz. 

O que se esconde na palavra <i>filho</i>?
Da sua origem latina até ao português, ao inglês ou ao romeno

A lenta evolução das palavras acontece de forma discreta mas efetiva — lembra neste texto* o professor universitário e tradutor português Marcos Neves, a propósito da evolução das palavras paifilho.

 

* in blogue Certas Palavras,  com a data de 11/11/2018 – escrito conforme a  norma ortográfica de 1945.

Entrevista a Salvador Gutiérrez Ordóñez
A questão da língua inclusiva, o papel da Real Academia Espanhola e outros assuntos

O jornal El Mundo entrevistou Salvador Gutiérrez Ordóñez, linguista, responsável pela secção "Español al día" da Real Academia Espanhola e membro do Conselho para a Fundação do Espanhol Urgente (Fundéu BBVA), numa conversa que abordou a questão da língua inclusiva, o papel da Real Academia Espanhola, a língua na educação e na política, entre outros assuntos.

Variações sobre o verbo <i>meter</i>
Conversas de meter os pés pelas mãos

O verbo meter integra as conversas quotidianas, sendo usado com uma pluralidade de sentidos que exige de quem ouve um esforço interpretativo acrescido. A professora Carla Marques convida-nos a esse esforço, "ouvindo" algumas conversas de café.