O conflito na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia abre caminho à palavra guerra, cuja origem e evolução se explora na crónica da professora Carla Marques.
O conflito na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia abre caminho à palavra guerra, cuja origem e evolução se explora na crónica da professora Carla Marques.
«O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está não só a abalar o mundo como também, no caso português (e noutros não será diferente), a própria língua, que se vê na necessidade de referir novas realidades e de designar locais, pessoas ou acontecimentos respeitantes a realidades distantes e com pouca tradição de referência na língua», refere-se neste apontamento dos professores Carla Marques e Carlos Rocha dedicado a questões lexicais que emergem na língua a propósito da atualidade noticiosa em torno do diferendo entre os dois países.
«Como é que guerra e varrer têm a mesma origem, mas significados tão diferentes» A respeito da etimologia mais remota da palavra guerra, no contexto da crise política e militar na Ucrânia, um apontamento que o professor universitário e tradutor Marco Neves publicou no blogue Certas Palavras 13 de fevereiro de 2022.
Na imagem, guerreiros francos. Fonte: "The Frankish way of war" in Weapons and Warfare. History and Hardware of Warfare (consulta em 17/02/2022).
«[A] leitura [do título] da publicação [no Facebook da rádio RFM] desencadeou uma reação impulsiva e desproporcionada (as pessoas leem apenas os títulos e reagem) contra a linguagem neutra, inclusiva, dita "politicamente correta", que algumas forças tanto atacam, principalmente para desviar as atenções das muitas iniquidades que defendem (de religião, etnia, sexo, estrato social, etc).» Crónica da linguista e professora universitária Margarita Correia publicada no Diário de Notícias em 7 de fevereiro de 2022, na qual a autora critica a forma apressada como a rádio RFM pretendeu noticiar que um estudo daria a indicação (polémica) de se substituir a palavra mãe pela expresssão «pessoa lactante».
Por força da evolução tecnológica, o que não passava de ficção científica, materializou-se e hoje há um novo universo denominado metaverso. Qual é a origem deste termo e qual é o seu verdadeiro significado? Terá Mark Zuckerberg responsabilidade na criação do mesmo? Um apontamento de Sara Mourato que procura dar resposta a estas questões.
«[...] Como chamaremos ao humblebrag? Gabarolice encapotada? Auto-fanfas? Elogios de contrabando? Sub-gabarolices? Humilfanfas? Ou Autopromoções disfarçadas?» Miguel Esteves Cardoso questiona-se acerca da tradução do inglês humblebrag («gabarola discreto»), numa crónica publicada no jornal Público no dia 7 de fevereiro de 2022.
«Ao dizermos algo ofensivo, grosseiro ou indecente, estamos a insultar alguém a quem pretendemos roubar a dignidade e assaltar ou lesar a sua honra» – observa-se neste artigo publicado no magazine digital Ncultura em 6 de fevereiro de 2022 e da autoria do professor de Português José Ferreira, que apresenta 20 insultos, de achavascado a cacóstomo, menos ou mais conhecidos, mas todos eles inconvenientes.
A propósito dos resultados eleições legislativas em Portugal, que deram maioria absoluta ao Partido Socialista, a professora Carla Marques reflete sobre os significados da palavra maioria.
«De todas as saudações que conheço, a mais portuguesa tem sempre um isso. "Como é que vai isso?" é sempre mais rico e mais espesso do que apenas "Como é que vai?"» – considera o escritor português Miguel Esteves Cardoso em crónica disponível no jornal Público do dia 29 de janeiro de 2022, discorrendo acerca da versatilidade de isso na língua portuguesa. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
«Labirinto de propostas», «entrar em campo», «pingue-pongue entre esquerda e direita», «arma de arremesso», «reta final» e «cheque em branco» são algumas das metáforas usadas pelos principais políticos portugueses participantes na campanha das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro de 2022 – e descritas neste apontamento da autoria da professora Carla Marques, com o respetivo enquadramento linguístico.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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