«Se, por um lado, é certo que a anglofonização global da ciência é benéfica como ferramenta de colaboração, de pluralidade e de inclusão [...], é igualmente certo, por outro lado, que ela tem consequências nocivas para o desenvolvimento, como a exclusão de investigadores e académicos que não escrevem em inglês e o distanciamento das comunidades dos leitores, os próprios cientistas e os demais setores sociais, cada vez mais interessados e dependentes do conhecimento científico.»
Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 4 de abril de 2022, a propósito da publicação do O português e o espanhol na ciência: notas para um conhecimento diverso e acessível, apresentado Conferência Internacional sobre as Línguas Portuguesa e Espanhola, CILPE-2022 (Brasília, 16-18 de fevereiro), da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e subordinada ao tema "Línguas, cultura, ciência e inovação". A autora sublinha a necessidade de incentivar a comunicação cinentífica nas línguas portuguesa e espanhola como forma de resistir à pressão do inglês.