«A discriminação pelo sotaque é o último preconceito, mesmo dos que se dizem sem preconceitos», considera o jornalista Luís Pedro Nunes, em crónica publicada no semanário Expresso do dia 28 de outubro de 2022.
«A discriminação pelo sotaque é o último preconceito, mesmo dos que se dizem sem preconceitos», considera o jornalista Luís Pedro Nunes, em crónica publicada no semanário Expresso do dia 28 de outubro de 2022.
«Tenho esbarrado numa quantidade imensa de pessoas que deixaram de lado as três letrinhas afirmativas e, como se combinasse melhor com o tom dos jeans que vai ser onda no verão, disparam "total" na direção de meus ouvidos. Devem achar que o português fica, tipo assim, mais robusto.»
Crónica do jornalista e escritor brasileiro Joaquim Ferreira dos Santos, publicada no jornal O Globo do dia 31 de outubro de 2022.
Um pequena viagem por expressões, gírias e neologismos que marcaram a campanha para as presidenciais brasileira no artigo "Pintou um clima, candidato padre, capiau, pinguço. O léxico da eleição", da autoria do correspondente do Diário de Notícias em São Paulo, João Almeida Moreira, publicado em 30/10/2022.
Fonte da imagem: "Resultado das Eleições 2022: Lula é eleito presidente do Brasil", Jota, 30/10/2022.
Não foi menos encrespado do que tinha sido, já, na primeira volta, o léxico dominante na disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. Antes pelo contrário, como se assistiu nos dois debates televisivos, antes da votação do dia 30 de outubro de 2022. De A a Z, um pequeno glossário temático a ele alusivo, com 20 nomes com um particular enfoque mediático, termos pejorativos e expressões virulentas menos correntes fora do Brasil.
A obra e o relevantíssimo papel de Maria Helena Mira Mateus (1931 – 2020) no ensino e na divulgação da linguistica em Portugal — neste artigo* da autoria uma das suas mais próximas colaboradoras, a também linguista e professora universitária Margarita Correia.
Devemos dizer «Fui eu quem fez este bolo» ou «Fui eu quem fiz este bolo»? Esta é a dúvida cuja resposta é apresentada pela professora Carla Marques no seu apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, (24/10/2022).
Formada dos gregos eirene («paz») + logos («estudo»), e ainda não dicionarizada em português, irenologia é o «estudo sistemático da paz conforme a concebem as diversas culturas, sociedades, religiões e saberes.» No concreto, tem por objetivo investigar as condições, o ambiente e os envolvidos no esforço comum para se estabelecer, manter e promover a paz quer entre nações, quer entre grupos sociais ou mesmo entre indivíduos. Do seu conceito, assenta este artigo da autoria de Jorge Fonseca de Almeida e publicado no Diário de Noticias de 16 de outubro de 2022, a propósito da guerra na Ucrânia.
«Mudam as palavras que se usam para chamar as coisas, mas as coisas continuam a ser exatamente o que são. Na Maia o que está a acontecer não é a dispensa de 300 colaboradores, mas sim o despedimento coletivo de 300 trabalhadores.»
Artigo de opinião da advogada Carmo Afonso incluído no jornal Público em 20 de outubro de 2022 e aqui transcito com a devida vénia. A autora fala de como é eufemística a linguagem de muitas notícias sobre o anúncio do despedimento de 300 trabalhadores da empresa Adidas na Maia (Porto).
«Isto está longe de significar que o professor de língua não reconheça a existência de fatos de variedades outras da competência linguística de seus alunos, para os quais não deve olhar como prejuízos ou com juízos preconceituosos. Tais diversidades devem ser aproveitadas inteligente e habilmente pelo professor como fatores que façam dos alunos poliglotas na própria língua.»
Neste seu texto reflexivo, o gramático brasileiro Evanildo Bechara defende que a coexistência entre uma abordagem normativa da língua e a descrição dos factos linguísticos deve conduzir a uma abordagem do ensino da língua que permita integrar de forma compreensiva e didática as várias línguas que os alunos conhecem, combinando-as com a variedade exemplar da língua. Reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook) em 17 de outubro de 2022 e aqui transcrita com a devida vénia.
Devemos dizer «A tristeza e a solidão abateu-se sobre mim» ou «A tristeza e a solidão abateram-se sobre mim»? Esta questão é respondida pela professora Carla Marques na rubrica divulgada no programa Páginas de Português (de 17/10/2022).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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