«O neologismo [solastalgia] foi criado por um professor de Filosofia na Universidade de Newcastle (Austrália), Glenn A. Albrecht, de 64 anos, autor modesto, mas agora coroado pela sua invenção lexical, revelada em 2019 num livro que se chama Earth Emotions. New Words for a New World.»
Crónica do crítico literário português António Guerreiro, incluída no suplemento Ípsilon do jornal Público, no dia 29 de julho de 2022, a respeito de uma nova palavra, solastalgia, que designa o sentimento de medo e angústia decorrentes das alterações climáticas e ambientais, a que também se chama ecoansiedade. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
O calor e os seus significados, ativados pelo pino do verão, motivam a crónica da professora Carla Marques no programa Páginas de Português (Antena 2, 24 de julho de 2022).
«Existe um gigante de língua portuguesa no mundo, que aliás devia ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e Portugal conseguiu, findos os tempos imperiais e regressado aos seus limites europeus, ver a sua língua falada em vários continentes e por 27 vezes mais pessoas do que aquelas que vivem neste pequeno retângulo.» Editorial do jornalista Leonídio Paulo Ferreira na edição de 22 de julho de 2022 do Diário de Notícias, a respeito das consequências políticas e linguísticas da transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em finais de 1807.
«Em bom rigor, Julian Assange pode ser identificado como “denunciante”. Remeto para a letra da Directiva 2019/1937 do Parlamento e do Conselho europeu.»
Excerto do artigo que o provedor do leitor do Público, José Manuel Barata-Feyo, assinou em 23 de julho de 2022 no referido jornal. Trata-se de um comentário à carta de um leitor a respeito do anglicismo whistleblower, palavra que ocorre em referência ao caso de Julian Assange e tem sido traduzida como denunciante, informador ou delator. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o original.
«Se os gregos já sabiam que nosso planeta é esférico, porque lhe deram justamente o nome de planeta?»
Apontamento do linguista Aldo Bizzocchi, que o publicou no seu blogue Diário de um Linguista em 18 de junho de 2022. Transcreve-se com a devida vénia este texto, que, partindo da crítica a posições anticientíficas e negacionistas como a da pseudoteoria da terra plana – o "terraplanismo" –, é dedicado à etimologia da palavra planeta.
«Para lá da forma da palavra, temos também o seu miolo, o seu significado. Para percebermos a origem da nossa palavra «emoção», tal como a usamos hoje, temos de olhar não só para o latim e para o francês, mas também para umas ilhas mais a norte… Temos de viajar até à Inglaterra do tempo de Shakespeare.»
Texto à volta da palavra emoção, da autoria do professor universitário português Marco Neves, no blogue Certas Palavras, com a data de 17 de julho de 2022. Escrito segundo a noma ortográfica de 1945.
«Com a quantidade de brasileiros hoje em Portugal, os portugueses devem estar indo à loucura com os nomes que de repente passaram a ouvir» – escreve o jornalista, biógrafo e escritor Ruy Castro, em crónica publicada no semanário Expresso, com a data de 16 de julho de 2022.
Alguns termos e expressões mais correntes na comunicação pública a respeito da grave crise dos incêndios florestais e rurais em Portugal, sobretudo nas regiões do Centro, durante a intensa e prolongada vaga de calor da primeira quinzena de julho de 2022.
A Conferência dos Oceanos, realizada em Lisboa, chama a atenção para a palavra oceano, que é o ponto de partida da crónica de Carla Marques para o programa Páginas de Português (Antena 2), numa viagem à mitologia associada à palavra.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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