Partindo da frase incorreta «Ele lia todos os livros quanto podia», a professora Carla Marques retoma o uso do relativo quanto, no apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2.
Partindo da frase incorreta «Ele lia todos os livros quanto podia», a professora Carla Marques retoma o uso do relativo quanto, no apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2.
«Era possível encontrar muitas formas diferentes de escrever a mesma palavra. Porquê? Porque a ortografia não era ainda, nesta época, uma preocupação. A língua, na oralidade, era completa e complexa, como todas as línguas em todas as épocas e lugares. Na escrita, no entanto, estava ainda por padronizar (esta gramática era um dos primeiros documentos nesse sentido). Estamos perante tentativas de usar o sistema de escrita latino para representar uma língua que já era muito diferente.»
Artigo do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras em 24 de março de 2022, a respeito da história linguística da cidade de Lisboa, de Afonso Henriques a Camões. Segue a norma ortográfica de 1945.
A diferença entre eminente e iminente é esclarecida pela professora Carla Marques, no seu apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2.
«Uma das palavras que escolhi foi algarismo. Aquela sílaba inicial denuncia parte da história: a palavra foi-nos trazida pelo árabe, mas teve origem no nome do matemático persa Al-Khwarizmi, que viveu entre os séculos VIII e IX.»
Apontamento do professor universitário e tradutor Marco Neves acerca do tema do primeiro episódio do seu mais recente projeto: um podcast sobre língua portuguesa e ciência – Palavrões da Ciência –, conduzido com Cristina Nobre Soares. Texto publicado originalmente no seu blogue Certas Palavras, no dia 30 de janeiro de 2023, e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia original.
Apontamento da consultora Inês Gama sobre a classe de palavras do vocábulo dele, divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2.
«[...] [P]roduzimos significados através do uso de múltiplas linguagens, verbal, visual, sonora, sensorial, todas elas mediadas pelas línguas que falamos, como o português, e pelas culturas que nos abrigam. Por isso, ler o mundo em uma cidade angolana será uma experiência diferente de uma cidade brasileira, portuguesa ou caboverdiana, porque as percepções do mundo e os modos como usamos a mesma língua são profundamente marcados pelo que somos, individual e coletivamente.»
Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) incluída no programa Páginas de Português, transmitido pela Antena 2 em 29 de janeiro de 2023.
«A fraude é um plano maquiavélico de longo curso e o indivíduo desprezível que o põe em prática precisa de um substantivo só para ele. Que tal embusteiro? Ou "'banhista' da cobra"?»
Crónica de Miguel Esteves Cardoso incluída no jornal Público em 18 de janeiro de 2023. Transcreve-se com a devida vénia o texto original, mantendo a ortografia de 1945 em que está escrito.
«Espaços perigosos ao longo dos tempos, sem dúvida, as bibliotecas! De hospitais de alma a focos de resistência, interditos, destruídos, queimados, sobretudo por potenciarem a circulação de diversos anti-vírus: a lucidez, o espírito crítico, a imaginação, a galopar desenfreadamente pelos milhares de páginas que habitam na poeira das estantes.»
Artigo da escritora e professora Dora Gago, transcrito, com a devida vénia, da revista de artes, letras e ideias Caliban, com a data de 22 de janeiro de 2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
«[Para traduzir bullying] gosto de humilhação e de «humilhação coerciva». Amesquinhamento também é bom. Ou aviltamento. Avacalhamento pode funcionar. Ou subordinação. Ou apequenamento. E que tal desdignificação?»
Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso à volta da (difícil) tradução do termo inglês bullying. Texto incluído no jornal Público em 20 de janeiro de 2023 e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, conforme o original.
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