O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Palavras inchadas e sentidos confusos
Os casos de literalmente, aplicar e realizar

«Volta e meia tomamos empréstimos do inglês, numa tradução literal com o objetivo de tonificar o discurso. Só que não raramente são falsos os cognatos emprestados, o que nos gera a maior confusão» – sustenta a advogada e professora de Português brasileira Lara Brenner, numa reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook), em 27 de fevereiro de 2023, e que aqui se transcreve com a devida vénia.

 

Elogio da pontuação
Sobre a marcação gráfica de pausas e entoações

«Ao longo do tempo, lá fomos inventando os espaços, os pontos, as vírgulas. Estes sinais começaram por assinalar pausas e entoações, para ajudar na leitura em voz alta, mas também passaram a mostrar como se organizam os textos e as frases, ajudando a ler em silêncio.»

Artigo do tradutor e professor universitário Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras no dia 28 de fevereiro de 2023. Segue a norma ortográfica de 1945.

A classe de palavras de <i>que</i>
O que de «comprei uma maçã que estava podre»

A classe de palavras a que o vocábulo que pertence na frase «Comprei uma maçã que estava podre» é o tema abordado pela consultora Inês Gama no programa Páginas de Português, da Antena 2.

Os usos do verbo <i>destilar</i>
«Destilar ódio» e «destilar amor»

Será possível utilizar o verbo destilar em sentido figurado com valor positivo? Ou este verbo, quando usado em sentido figurado, é sempre utilizado com sentido de «deixar perceber; insinuar, instilar», geralmente seguido de palavras negativas como ódio (Dicionário Houaiss)? A estas perguntas responde Sara Mourato, consultora do Ciberdúvidas, num texto acerca dos usos figurados do verbo destilar

 

Subtilezas lexicais na guerra da Ucrânia
As palavras e a inversão da realidade

Um ano decorrida, a guerra da Ucrânia associa-se a um «quadro de subtilezas lexicais» que veiculam visões diferentes do conflito – como assinala a professora Carla Marques, neste apontamento. 

Falamos uma língua bastarda (e é deliciosa)

«O que vale é que a língua é mesmo um animal selvagem: lá dá uns coices e continua, matreira e bastarda, saborosa todos os dias. E nós, com ela nos lábios, lá escrevemos, conversamos e damos beijos em bom português – e esquecemos esses tontos que a querem prender à força. Porque a língua é bastarda, sim senhor – e deliciosa para quem a souber ouvir.»

Artigo do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras em 21 de fevereiro de 2023, a respeito da origem das línguas. Segue a norma ortográfica de 1945.

Usos do verbo <i>abusar</i>
Um verbo que não admite forma passiva

A justificação da incorreção presente na frase «Eles foram abusados sexualmente» dá matéria ao apontamento da professora Carla Marques no programa Páginas de Português, da Antena 2

Ensinar Direito em inglês:  <br> da saloiice à ilegalidade?
Pura jactância linguística

Escreve neste artigo* o advogado e professor catedrático de Direito Jorge Bacelar Gouveia: «É mais um sinal da pequenez de alguma “elite” jurídica portuguesa: achar que a internacionalização se obtém por um “golpe de mágica linguística”, ou pensar que é falando em inglês que passam a ombrear com as melhores universidades do mundo, sabendo-se que a maioria delas está em paragens não anglófonas, com a óbvia primazia da doutrina germânica.»

* In jornal Público do dia 16 de fevereiro de 2023.

Graças à desgraça, apesar do que não pesa
A incoerência originária de duas locuções prepositivas

 «[Comento] dois exemplos de expressões que, embora nascidas com determinado sentido e juízo de valor implícito, sujeitaram-se a uma expansão para admitir novos empregos e novas interpretações sobre a realidade».

Apontamento do revisor de textos e escritor brasileiro Gabriel Lago publicado no mural Língua e Tradição (Facebook, em 27 de janeiro de 2023), a respeito das locuções «graças a» e «apesar de».

Língua portuguesa e tecnologia:<br> o futuro é agora
O desafio da Inteligência Artificial

«Se não acrescentarmos às políticas de língua clássicas uma aposta clara na sua preparação tecnológica, o português perderá importância e tenderá no limite a ser substituído por outras línguas», escrevem Ana Paula Laborinho e António Horta Branco, em artigo transcrito com a devida vénia, do jornal Público do dia 9 de fevereiro de 2023.