O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
A vírgula em 4 regras simples

«A vírgula é um dos elementos que causam mais confusão na língua portuguesa. Pouca gente sabe ao certo onde deve e onde não deve usá-la. O motivo disso é bem simples: sempre nos ensinaram do jeito errado!», começa por lembrar o professor brasileiro André Gazola nesta sua explicação disponível na página Português? É Fácil! – que, com a devida vénia, transcrevemos a seguir, como mais um apontamento sobre o (bom) uso da vírgula e da pontuação em geral [ver Textos Relacionados, ao lado]. Acrescentando, de seguida: «Você deve lembrar da sua professora falando coisas como “a vírgula é usada para indicar pausa”, “prestem atenção em como vocês falam, quando tiver pausa, usem vírgula”. Isso é besteira, pois cada um de nós fala de um jeito diferente, usa pausas diferentes e, basicamente, decide como quer falar. Mas não podemos simplesmente decidir onde vai e onde não vai vírgula. Ela tem poder demais para ser arbitrária. Quer ver o poder da vírgula? Assista [a este] vídeo [em baixo]*.»

O vídeo e o texto que assinalaram os 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) já o tínhamos disponibilizado nesta mesma rubrica, aqui.

Demasiado lampeiros para serem sérios

A crónica – como é habitual no autor, na coluna que assina semanalmente no jornal Público [20/06/2015] – é  eminentemente política, versando a atualidade portuguesa. A sua transcrição, aqui no Ciberdúvidas, justifica-se pela reflexão que traz sobre o (mau) uso da língua, com «um vocabulário cada vez mais restrito e estereotipado», mas também sobre o que se vai ouvindo e escrevendo em sentido contrário. É o caso dos verbos «tresvaliar» e «surdir». E que dizer dos ora tão mediáticos «lampeiro» , «bombar», «mito urbano» e «zona de conforto»?

Com respeito às palavras

«Se procurar um modo de dizer exacto, brutal, limpo, em que a palavra perca os seus ademanes de palácio, não acharei em “exaustão” o termo certo. Ninguém caminhou tanto que se sinta quase a morrer por desidratação. No “país de poetas”, caímos automaticamente numa coloração vocabular que muito raramente dá bons textos», escreve neste ensaio, publicado no jornal Público de 17 de janeiro de 2014, a escritora portuguesa Hélia Correia, vencedora (por unanimidade) do Prémio Camões 2015. Trata-se de um olhar acerado sobre o discurso dominante, e das suas políticas, hoje na Europa – e, em particular, em Portugal, tão acriticamente reproduzido nos media nacionais. Por exemplo, quando se fala nas «gorduras do Estado», fala-se de quê? Neste «vocabulário esmaecido» dos «novéis cultores da ficção», como passaram a ser usadas na sua «narrativa» as palavras «austeridade», «escrutínio» ou «manifestar»? E que dizer da palavra «indignação», que «deu a volta por dentro de si mesma para contrariar o seu significado»?

[O texto na integra, a seguir, com a devida vénia à autora e ao Público.]

O susto de Talapaxi

A (não) uniformização da grafia das palavras de origem africana entradas no português em Angola abordada nesta crónica do jornalista e professor Edno Pimentel, publicada no semanário luandense Nova Gazeta do dia 18/06/2015. Um tema polémico em Angola, como damos nota nalguns textos relacionados, ao lado.

Encontros e despedidas no português de Portugal

«Passou bem?» e «passe bem» são, com certeza, a mais simples salvação em Portugal, como escreve o escritor e cronista Miguel Esteves Cardoso, em crónica que transcrevemos com a devida vénia do jornal Público, do dia 15/06/2015.

Tutorial do projeto Scriptorium sobre as vírgulas

Está disponível um novo tutorial do projeto Scriptorium – Centro de Escrita Académica em Português, da Escola Superior de Educação de Lisboa, desta vez, sobre o uso de vírgulas com conjunções e conetoresAqui  e no vídeo em baixo.

<i>Transbording</i>

O uso e o abuso de termos em inglês em registo de puro pedantismo social – que não só nalguns estratos mais urbanos da sociedade brasileira  na ironia, sempre fina, do autor, na sua coluna semanal do jornal O Globo, de 21 de maio de 2015.

 

 

Triste o país que tem vergonha da própria língua.

Fico pensando num corretor de imóveis tendo que mostrar, para compradores em potencial, um apartamento no edifício Golden Tower, ou similar, em algum lugar do Brasil.

— Isto é o que nos chamamos de entrance.

Oitocentos anos de língua portuguesa

Comunicação apresentada pela professora Isabel Casanova (Universidade Católica Portuguesa), na mesa-redonda Portugal no mundo – A língua portuguesa e os seus embaixadores, que, promovida pela Universidade Europeia, decorreu em Lisboa, a 13 de maio de 2015.

 

Uso bom das palavras

Nesta missão profissional tratar do bom uso das palavras (ossos do ofício...), dei por mim a pensar na diferença que faz se invertermos a ordem do adjetivo: uso bom em vez de bom uso.

Resulta ou não num significado diferente? Sem dúvida!! O mesmo que, de resto, sucede em «homem grande» (valor físico) e «grande homem» (valor moral).

Neste Dia Mundial do Abraço, apraz-me refletir sobre os benefícios que advêm de fazermos um bom uso das palavras nos nossos relacionamentos.

«Foi ele que se atreviu»

A errada conjugação do verbo atrever-se, no pretérito perfeito do indicativo assinalada em mais uma crónica do autor sobre os usos do português em Angola publicada originalmente no semanário luandense "Nova Gazeta", do dia 20 de maio de 2015.