O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
«Vais lember os dedos...»

«‘Lember’, seja o que for – como se escreve nesta crónica do autor, publicada originariamente no semanário angolano Nova Gazeta, no dia 9 de abril de 2015 –, não é um comportamento invejável.» Nem, tão-pouco, recomendável... linguisticamente falando.

 

 

 

O palavrão na selva digital

Crónica da autoria da jornalista Clara Ferreira Alves, publicada no semanário português Expresso em 3/4/2015, sobre o uso do calão e dos seus eufemismos dentro e fora da «selva digital», sob o título "Com reticências".

O termo <i>autista</i> como insulto
Por Susana Venceslau, Gabriela Chagas

Porquê, e desde quando, uma patologia ou uma mera afetação de índole neurocomportamental como é o caso do autismo, passa a ter uma conotação – depreciativa e, não, raro ofensiva, mesmo – muito para além do sentido estrito da palavra em si? E quem mais recorre a este tipo de léxico? O Dia Mundial de Consciencialização do Autismo justificou este trabalho de duas jornalistas da agência Lusa, que a seguir se transcreve, com a devida vénia.

 

 

A história da palavra <i>prémio</i> na atividade seguradora

Um consulente do Brasil – Rafael Blusky, de Salvador  – enviou ao Ciberdúvidas a seguinte pergunta:

«Gostaria de saber o motivo da prestação periódica a ser paga às companhias de seguro ser chamada de prêmio. Ao consultar o dicionário, aparentemente nenhum dos significados da palavra se assemelha ao que é usado desta forma, à exceção do que define o prêmio como tendo este sentido.»

«Afinal, aquerditas ou não?»

«De onde terá saído essa nova e incorrecta forma de pronunciar este verbo regular da primeira conjugação – os que terminam em -ar? Não se pode sair para aí a ‘aquerditar’ em tudo o que nos é dito, sobretudo que se está num programa com audiência invejável como é esse, completamente azulado pelos jovens.»

[crónica do autor, publicada no semanário angolano "Nova Gazeta" do dia 26/03/2015]

 

 

«Só tenho dois mil kwanzas pegado»

Quando chove em Luanda, o caos no trânsito é o que se descreve nesta crónica do autor, publicada no semanário Nova Gazeta de 19/03/2015: engarrafamentos de 15 quilómetros e a confusão, também, com o dinheiro (não) “destrocado”...

 

 

Choveu [em Luanda] e milhares de pessoas ficaram sem as suas casas. Mas de todas as lamúrias que ouvi – com muito choro e cólera à mistura –, nenhuma pessoa se recusava a receber mais uma. «A maka não está nas chuvas».

«Eu acho ‘memo’ fiz mal»

A deficiente articulação numa canção do músico angolano Paulo Flores, nesta crónica do autor, publicada no semanário luandense Nova Gazeta, de 12/03/2015 – e onde, a par, se enunciam vários casos de mulheres que mudaram as nossas vidas.

 

 

Descasos do dialeto lisboeta

«A principal responsabilidade pela degenerescência do Português falado no discurso público [português] é a sua colonização pela pronúncia coloquial dominante em Lisboa, por efeito da rádio e da televisão», sustenta o autor, neste apontamento publicado no "Diário Económico" de 4 de março de 2015.

 

 

 

O modelo, as características<br> e como está a ser desenvolvido <br> o  Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa

«Marco não apenas para a história da lexicografia de língua portuguesa mas também da sua ortografia. Pela primeira vez, temos uma mesma norma ortográfica aprovada por todos e aplicada ao vocabulário de cada um dos países de forma consensual. Mas o VOC apresenta-se também como a pedra basilar de um novo modelo de gestão desta língua, em que todos os Estados são instados a participar em igualdade de circunstâncias na definição e construção dos seus instrumentos reguladores e em que o IILP se assume como um centro de articulação da vontade e do esforço coletivos, no sentido do desenvolvimento de instrumentos linguísticos comuns e de gestão partilhada a língua que nos une. Com o VOC inaugura-se, portanto, um modelo de gestão linguística único no que concerne às grandes línguas pluricêntricas mundiais.»

[Margarita Correia, na apresentação do Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC), ocorrida no dia 19 de fevereiro de 2015, na sua qualidade de coordenadora da equipa central que articulou os trabalhos com cada um dos grupos encarregados da elaboração dos Vocabulários Ortográficos Nacionais nos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste.]

Distorções danosas do mau uso das palavras

«O emagrecimento do Estado ou o desmantelamento do Estado? Austeridade ou empobrecimento? Alívio fiscal das empresas ou benefícios ao capital (que com C maiúsculo ainda pesa mais)? Liberalização do aborto ou descriminalização da interrupção voluntária da gravidez? Flexibilização do mercado de trabalho ou desregulamentação do mercado de trabalho? Economia de mercado ou capitalismo? (...) Em tempos de crise, há mais “insolvências” do que duras “falências”, sobreabundam as amoráveis “almofad...