O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
A escola e a norma linguística
Um assunto que não é pacífico

«O conhecimento da norma e o seu uso devem, acredito, fazer parte da formação de cidadãos livres e com igualdade de oportunidades», considera a linguista e professora universitária Margarita Correia em crónica publicada no Diário de Notícias em 14 de julho de 2020.

A rebeldia dos autores antiparalelos
Variações estilísticas sobre a simetria sintática e o paralelismo semântico

Há escritores que sabem subverter com criatividade certos critérios de correção sintática e semântica, como é o caso do paralelismo de construções como «escolher entre amar e trabalhar muito» (melhor que «escolher entre o amor e trabalhar muito»). Um apontamento da autoria da brasileira Lara Brenner, advogada e professora de Língua Portuguesa, e publicado do dia 10 de julho de 2020 na página de Facebook de Língua e Tradição.

«Você sabe com quem está falando?»
Expressão coloquial brasileira

A expressão foi consagrada pelo antropólogo e professor titular do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, Roberto DaMatta, como o próprio conta neste
artigo da autoria da jornalista Carolina Callegar, publicado no jornal O Globo, do dia 8 de julho de 2020 – a seguir transcrito, com a devida vénia.

O género de covid
Afinal é «o covid» ou «a covid»?

«Se diferentes especialistas podem, de forma legítima, questionar qual a forma correta das palavras, o linguista vê aqui um fenômeno muito interessante: por que as pessoas atribuiriam gêneros distintos a esse item lexical? Mera indecisão, fruto de um amplíssimo desconhecimento? Parece-nos que esse juízo depreciativo impede a percepção das lógicas que subjazem à variação», escrevem Eduardo Henrik Aubert e Marcelo Módolo neste artigo * sobre o género da nova palavra covid. 

* in revista digital brasileira Roseta, v. 3, n.º 1, 2020.

Despedir e pedir
Verbos da covid-19

As notícias de que, em Portugal, há trabalhadores que escondem sintomas da doença covid-19, com receio de despedimento, dão o mote que leva à origem da palavra despedir e ao cotejo com o verbo pedir, que embora tenha sonoridades semelhantes, não partilha sentidos com despedir. Uma crónica da professora Carla Marques emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 12 de julho de 2020.

Português, língua nacional angolana – 2
As responsabilidades do segundo país com mais falantes de português no mundo

Segundo artigo* do jornalista, escritor e ex-ministro angolano João Melo sobre a situação do português no segundo país com mais lusofalantes em todo o mundo, depois do Brasil, com considerações ainda sobre o impasse no país sobre Acordo Ortográfico de 1990.

* in Jornal de Angola, de 8 de julho de 2020 (a transcrição conserva a  norma ortográfica do original, de 1945, ainda em vigor em Angola).

Na imagem, Novo dia alegre em Luanda – III (2016), de Álvaro Macieira. Fonte: página pessoal do artista.

Português, língua nacional angolana – 1
Política linguística precisa-se em Angola

«Que língua portuguesa é essa que os angolanos falam? Quando mais virou “mas” e sou é substituído por , por exemplo, a resposta pode ser perturbadora», escreve o escritor, escritor e ex-ministro João Melo, neste primeiro artigo* em que aborda a situação da língua portuguesa no segundo país da CPLP com mais lusofalantes, defendendo que tudo passa pela «escola» – com as indispensáveis «balizas (normas ortográficas, gramática, vocabulário, etc.).»

 *Publicado em 1 de julho de 2020 no Jornal de Angola, a que seguiu um segundo texto, ambos escritos conforme a norma de 1945, ainda em vigor no país.

Na imagem, Paisagem de Angola com embondeiro e figuras (1990), de Albano Neves e Sousa (1921-1995). Fonte: Invaluable.

Qual é a origem da palavra <i>avião</i>?
Máquinas, palavras e inventores

«Numa semana em que a TAP e a falta de aviões cheios de ingleses dominaram as notícias, investigo a origem da palavra avião» – declara o tradutor, professor universitário e divulgador de temas de linguística Marco Neves, a propósito do que foi notícia em 5 de julho de 2020. Crónica publicada no Sapo 24 e no blogue Certas Palavras e aqui transcrita, mantendo a ortografia original (norma de 1945).

O português, o espanhol e a intercompreensão
Ouvir a língua do vizinho

«Não se tenha a ilusão de que falar “portunhol” seja garantia de se ser compreendido, nem de se comunicar com mais eficácia do que falando português de forma pausada e bem articulada», observa* a linguista Margarita Correia na sequência do E-Fórum 2020 – Potencial das Línguas na Recuperação das Economias: Contributos do Espanhol e do Português, encontro que a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

*Artigo de Margarita Correia in Diário de Notícias do dia 7 de julho de 2020, a seguir transcrito com a devida vénia.

Português, língua nacional angolana
Um veículo de comunicação e um fator de unidade em Angola

«Dois fatores fazem do português uma língua nacional angolana: a pertença histórica e o alcance. [...] Em relação a pertença histórica, [...] o português é tão angolano como as restantes línguas existentes no país, pois foi nacionalizada pelos angolanos [...]. Quanto ao alcance, é por todos reconhecido que o português é a única língua de comunicação nacional dos angolanos e fator da sua unidade, o que, aliás, esteve na base da opção dos líderes independentistas em torná-la a língua oficial do país.» Estas considerações fazem parte do artigo que o jornalista e escritor angolano João Melo assinou em 5 de julho de 2020 no Diário de Notícias, a propósito do papel do português na coesão e identidade de Angola.

Ler também "Português, língua nacional angolana – 1" e "Português, língua nacional angolana – 2", em que o autor dá maior desenvolvimento ao tema.