O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Ensinar Direito em inglês:  <br> da saloiice à ilegalidade?
Pura jactância linguística

Escreve neste artigo* o advogado e professor catedrático de Direito Jorge Bacelar Gouveia: «É mais um sinal da pequenez de alguma “elite” jurídica portuguesa: achar que a internacionalização se obtém por um “golpe de mágica linguística”, ou pensar que é falando em inglês que passam a ombrear com as melhores universidades do mundo, sabendo-se que a maioria delas está em paragens não anglófonas, com a óbvia primazia da doutrina germânica.»

* In jornal Público do dia 16 de fevereiro de 2023.

Graças à desgraça, apesar do que não pesa
A incoerência originária de duas locuções prepositivas

 «[Comento] dois exemplos de expressões que, embora nascidas com determinado sentido e juízo de valor implícito, sujeitaram-se a uma expansão para admitir novos empregos e novas interpretações sobre a realidade».

Apontamento do revisor de textos e escritor brasileiro Gabriel Lago publicado no mural Língua e Tradição (Facebook, em 27 de janeiro de 2023), a respeito das locuções «graças a» e «apesar de».

Língua portuguesa e tecnologia:<br> o futuro é agora
O desafio da Inteligência Artificial

«Se não acrescentarmos às políticas de língua clássicas uma aposta clara na sua preparação tecnológica, o português perderá importância e tenderá no limite a ser substituído por outras línguas», escrevem Ana Paula Laborinho e António Horta Branco, em artigo transcrito com a devida vénia, do jornal Público do dia 9 de fevereiro de 2023.

Uso do quantificador relativo <i>quanto</i>
«Tudo quanto» ou «todo quanto»

Partindo da frase incorreta «Ele lia todos os livros quanto podia», a professora Carla Marques retoma o uso do relativo quanto, no apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2

História das línguas de Lisboa II
De Afonso Henriques a Camões

«Era possível encontrar muitas formas diferentes de escrever a mesma palavra. Porquê? Porque a ortografia não era ainda, nesta época, uma preocupação. A língua, na oralidade, era completa e complexa, como todas as línguas em todas as épocas e lugares. Na escrita, no entanto, estava ainda por padronizar (esta gramática era um dos primeiros documentos nesse sentido). Estamos perante tentativas de usar o sistema de escrita latino para representar uma língua que já era muito diferente.»

Artigo do professor universitário e tradutor Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras em 24 de março de 2022, a respeito da história linguística da cidade de Lisboa, de Afonso Henriques a Camões. Segue a norma ortográfica de 1945.

<i>Eminente</i> ou <i>iminente</i>?
Um caso de palavras parónimas

A diferença entre eminente e iminente é esclarecida pela professora Carla Marques, no seu apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2

Qual é a origem de <i>algarismo</i>?
Os "palavrões" da matemática

«Uma das palavras que escolhi foi algarismo. Aquela sílaba inicial denuncia parte da história: a palavra foi-nos trazida pelo árabe, mas teve origem no nome do matemático persa Al-Khwarizmi, que viveu entre os séculos VIII e IX.» 

Apontamento do professor universitário e tradutor Marco Neves acerca do tema do primeiro episódio do seu mais recente projeto: um podcast sobre língua portuguesa e ciência  Palavrões da Ciência –, conduzido com Cristina Nobre Soares. Texto publicado originalmente no seu blogue Certas Palavras, no dia 30 de janeiro de 2023, e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia original.

Má-educação ou crime?
A diferença, na lei, entre injúrias e boçalidade
«O bem jurídico protegido [com o crime de insultos a um agente da utoridade] é a honra que tem duas dimensões: a subjectiva, que respeita à forma como cada pessoa se vê a si própria, à sua auto-estima; enquanto a objectiva respeita ao modo como essa pessoa é vista pelos outros, pela sociedade. Uma pessoa pode ver lesada a sua auto-estima sem que se registe qualquer lesão à sua consideração social, e a reputação de uma pessoa pode ser lesada sem que tal tenha qualquer consequência sobre a ideia que essa pessoa tem de si mesma.»
 
 Artigo do advogado Francisco Teixeira da Mota, transcrito, com a devida vénia, do jornal Público do dia 28 de janeiro de 2023. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
A classe de palavras de <i>dele</i>
Uma forma com valor possessivo

Apontamento da consultora Inês Gama sobre a classe de palavras do vocábulo dele, divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2.

Ler o mundo em português
Uma experiência libertadora e emocionante

«[...] [P]roduzimos significados através do uso de múltiplas linguagens, verbal, visual, sonora, sensorial, todas elas mediadas pelas línguas que falamos, como o português, e pelas culturas que nos abrigam. Por isso, ler o mundo em uma cidade angolana será uma experiência diferente de uma cidade brasileira, portuguesa ou caboverdiana, porque as percepções do mundo e os modos como usamos a mesma língua são profundamente marcados pelo que somos, individual e coletivamente.»

Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) incluída no programa Páginas de Português, transmitido pela Antena 2 em 29 de janeiro de 2023.