O nosso idioma // O português em Angola «Difícil é trintar» Texto do autor sobre a esperança de vida em Angola, no qual o uso de dois verbos (regulares) – trintar, «fazer 30 anos», e quarentar, «fazer 40 anos» – é sinal da preocupação dos angolanos com os males que os ameaçam. Emídio Fernando (1965-2024) · 24 de julho de 2015 · 3K
O nosso idioma // O português em Angola «Os feridos "internaram"» No português falado em Angola, é recorrente a alteração errónea do significado dos verbos – por exemplo, acontece empregar-se, por vezes, a voz ativa com sentido passivo. Edno Pimentel aponta um caso desses, o do uso do verbo internar. [Crónica publicada na coluna Professor Ferrão do semanário luandense Nova Gazeta, de 23 de julho de 2015, à volta dos usos do português em Angola.] Edno Pimentel · 24 de julho de 2015 · 2K
O nosso idioma // Tabuísmos A jurisprudência do palavrão Quando é que as denominadas «subtilezas de linguagem» e demais «expressões rudes» – vulgarmente conhecidas como insultos e injúrias – (não) são tidas como mera «muleta de linguagem» no entendimento dos tribunais chamados a pronunciar-se? E qual é a fronteira, para a jurisprudência portuguesa, para além da qual se ultrapassa o simples «calão grosseiro proferido como desabafo»? Um caso recente e muito mediático envolvendo o marido da ministra das Finanças portuguesa propiciou este levantamento de casos judiciais similares, num trabalho da jornalista Ana Henriques, saído no diário Público do dia 16 de julho p.p. Ana Henriques · 20 de julho de 2015 · 5K
O nosso idioma // Escritores e poetas A despedida Versos do poeta português António Correia de Oliveira (1879-1960), a propósito do amor e das maneiras de dizer adeus em português. Agradecemos à consulente Paula Cravo o ter-nos sugerido a disponibilização deste texto. António Correia de Oliveira · 17 de julho de 2015 · 5K
O nosso idioma // O português em Angola "Anormalias" anómalas Crónica do autor sobre a deturpação da palavra anomalia, colhida numa irritação provocada no caótico trânsito da cidade de Luanda, [Publicada na coluna "Professor Ferrão" do semanário luandense Nova Gazeta de 15 de julho de 2015, à volta dos usos do português em Angola e com o título "Vejo muitas "Anormalias""] Edno Pimentel · 17 de julho de 2015 · 4K
O nosso idioma // Expressões idiomáticas, frases feitas As muitas formas de dizer adeus Um artigo do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, publicado em 29/06/2015, no blogue associado à edição em linha da revista Língua Portuguesa, no qual o autor confronta as fórmulas de despedida em português com as de outros idiomas: «as fórmulas de despedida sempre contêm algo de esperançoso: o desejo do reencontro, o de que quem parte o faça em paz e o de que Deus guie os passos do viajante.» Aldo Bizzocchi · 15 de julho de 2015 · 37K
O nosso idioma Ditosa língua «O português carregará ainda alguma febre imperial no corpo e é natural que desconfiem dele. Mas acontece que a repressão é mecânica e a língua é biológica. Se chega às terras de outros povos na bagagem do colonizador, em breve sai e se desnuda e se alimenta, e adormece e procria. As armaduras ficam no chão, enferrujadas, podres. A formação orgânica progride.» [texto lido pela escritora portuguesa Hélia Correia na entrega do Prémio Camões que lhe foi atribuído por unanimidade do júri, para o presente ano de 2015, no qual confessa a sua «paixão pela língua portuguesa [que] cega não será, superlativa muito menos [, mas] rica, porque vem das boas famílias dos antigos e o que recebeu multiplicou». A cerimónia realizou-se em Lisboa, no dia 7 p.p., e o texto, lido na altura, transcrevemo-lo do jornal “Público”.] Hélia Correia · 11 de julho de 2015 · 3K
O nosso idioma // O português em Angola Um cubico sem aspas «Todos naquele cubico são mbora boa gente*. E muitos sabem disso. Podiam andar sem aspas, mas parece que ainda não chegou o tempo. Gírias e calões só na informalidade. Na escola e no trabalho são, por recomendação, evitados. O que me alegra é saber que pelo menos têm terra e são angolanos.» Assim se refere Edno Pimentel à gíria luandense, que integra um sem-número de palavras de origem banta (do quimbundo e do chócue), contribuindo para definir cada vez mais a identidade do português falado em Angola. Crónica publicada no semanário Nova Gazeta, em 9 de julho de 2015. * Para os significados de cubico e mbora, consultar o glossário associado ao texto integral. Edno Pimentel · 10 de julho de 2015 · 8K
O nosso idioma // Expressões idiomáticas, frases feitas A saudação «Boas!» Crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso sobre uma fórmula de saudação que está a disseminar-se coloquialmente, no português de Portugal. Transcrição da sua coluna no jornal Público, em 9 de julho de 2015. Miguel Esteves Cardoso · 10 de julho de 2015 · 50K
O nosso idioma // Emprego do hífen O uso do hífen segundo o Acordo Ortográfico «De uso controvertido desde sempre, o emprego do hífen, mesmo com as novas regras definidas pelo recente Acordo Ortográfico, continua criando dificuldades para a compreensão do usuário da língua portuguesa», começa por recordar o autor, nesta excelente sistematização que elaborou, com data de 2008, sobre o que mudou – ou não – com a nova reforma do português escrito, nesta área tradicionalmente problemática, dada a dispersão e incoerência nalguns casos de critérios da norma até aqui em vigor. As regras que prevaleceram e/ou foram mais bem clarificadas – ou não, também... – é o que aqui ele enuncia, com a exposição dividida em duas partes, sob os seguintes subtítulos: «(1) Usa-se o hífen; e (2) Não se usa o hífen.» Em cada tópico acrescentaram-se exemplos e, também, observações consideradas necessárias pelo autor ao esclarecimento de cada um deles. Segue, na íntegra, com a devida vénia ao professor Roberto Sarmento Lima. (...) Roberto Sarmento Lima · 6 de julho de 2015 · 323K