Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Brasil
Norma linguística e inclusão social
Parte 2 – Escola e diversidade linguística

«[É] importante salientar que as ideias de Labov aqui referidas não advogam a tese de que é dispensável o domínio da norma linguística padrão no seio da sociedade» – argumenta o linguista e filólogo Ricardo Cavaliere a respeito da realidade sociolinguística do Brasi. Segunda parte de uma  reflexão publicado no mural Língua e Tradição em 10 de novembro de 2024, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.

Norma linguística e inclusão social
Parte 1 – Língua e coesão social

«Pouco se diz sobre a relação entre exclusão social e incapacidade de expressar-se linguisticamente, não obstante os estudos sociológicos que vinculam dramaticamente os dois fatos na construção de uma sociedade desigual» – sustenta o linguista e filólogo Ricardo Cavaliere numa reflexão que, tendo em conta a realidade sociolinguística do Brasil, aborda a relação entre variação linguística e coesão social nas escolas. Artigo publicado no mural Língua e Tradição em 26 de outubro de 2024, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.

«Aí ele pegou e foi embora»:<br>uma expressão do Brasil
Usos informais do verbo pegar

«Para alguns gramáticos, a construção «pegar e [verbo]» é uma perífrase, isto é, uma frase que tem mais palavras do que deveria. Nos textos escritos e em discursos formais, portanto, é recomendável evitá-la» – observa o biólogo e divulgador de temas gramaticais braileiro Rafael Rigolon acerca de um uso idiomático e informal que é típico do português Brasil.

Apontamento do mural Língua e Tradição publicado em 14 de julho de 2024 no Facebook e aqui transcrito com a devida vénia.

 

A língua <i>talian</i>
Património cultural imaterial e referência cultural do Brasil

«Os migrantes italianos [...] [no Brasil] (1875-1912) provinham de diferentes regiões italianas e falavam línguas e dialetos diferentes, mas foram primeiro irmanados nas longas viagens de navio entre o Velho e o Novo Mundo e depois distribuídos aleatoriamente por diferentes regiões rurais, sobretudo dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná» – escreve a professora universitária e linguista Margarita Correia a respeito do talian, uma língua franca de origem italiana que se desenvolveu no Brasil. Artigo incluído no Diário de Notícias em 13/05/2024.

A múltipla escolha do Enem
De Caetano aos gabaritos divergentes

«Os sentidos do texto não existem in vitro e somente se realizam quando o leitor/ouvinte pode mobilizar conhecimentos linguísticos e culturais para reestabelecer a coesão e a coerência propostas pelo autor» – observam Henrique Braga e Marcelo Módolo, ambos investigadores da Universidade de Sáo Paulo (USP), a propósito da chave de correção (gabarito) da prova de Linguagens do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e da sua divergência com as chaves de correção extraoficiais.  Artigo publicado em 21 de novembro no Jornal da USP e aqui transcrito com a devida vénia.

 

O forró e as festas juninas brasileiras
A diversidade das letras das canções

Sobre as letras das canções de forró das festas juninas do Brasil, o apontamento que a professora universitária e linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) escreveu e leu para o programa Páginas de Português, em 25 de junho de 2023, na Antena 2.

«Imagina»
Uma expressão de São Paulo

«Pude perceber essa integração ao universo, digamos, parassampático, quando, dia desses, utilizei, autômato, a expressão "imagina!". Foi um susto. E um pertencimento. Quando dei por mim, falei, fluente, fluentemente: "imagina. Imagina!"»

Apontamento do escritor brasileiro Marcílio Godoi publicado no dia 24 de maio de 2023 no seu perfil de Facebook, a respeito de uma expressão que parece ser corrente entre falantes da cidade de S. Paulo: «Imagina!»

 

Cultura, <i>media</i> e eurocentrismo no Brasil
Em defesa da literatura africana de língua portuguesa

«O sistema cultural e mediático oficial e/ou dominante do Brasil, “o segundo país negro do mundo” (depois da Nigéria), é aberta e assumidamente eurocêntrico, para não ser mais preciso e dizer “norte-americanocêntrico”» – aescreve o jornalista e escritor angolano João Melo em artigo  publicado no Jornal de Angola em 14 de dezembro de 2022.

 

 

Os coices de Bolsonaro
Uma nova aceção do que desferem os equídeos com os cascos traseiros
Crónica do jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, sobre incidente da desmarcação, pelo presidente do Brasil Jair Bolsonaro, do almoço que tinha previsto com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, por ocasião da sua visita particular ao Brasil, no princípio do mês de julho de 2022.
 

 * in semanário Expresso do dia 8 de julho de 2022.

O português de lá para cá, numa canção e num livro
O debate entre o português de Portugal e o do Brasil.

«[C]omo é sabido, as contendas entre o português de cá (o europeu) e o de lá (o do Brasil) têm-se acirrado a vários pretextos, na sua maioria contestáveis» –  escreve norma ortogéficao jornalista Nuno Pacheco em crónica incluída no Público de 17 março de 2022, a propósito da publicação do mais recente livro do linguista e escritor Fernando VenâncioO Português à Descoberta do Brasileiro (Guerra e Paz, 2022), obra dedicada à análise das reações que o contacto com a variedade brasileira tem suscitado em Portugal. Transcreve-se com a devida vénia o texto original, mantendo-se  a norma ortográfica de 1945 do original