Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa A língua nas relações humanas
As palavras importam? Sim, e muito.
Especialmente para as pessoas com deficiência
«Ainda circulam no vocabulário de muita gente — inclusive dos jornalistas — expressões herdadas de tempos menos esclarecidos, como "paralítico", "deficiente", "velho", "atrasado mental", "invisual", "mongoloide", "estar confinado a uma cadeira de rodas"... Ao correr os olhos por estas expressões, mesmo que não se apliquem ao seu caso, o leitor sente o espírito mais alegre? Uma sensação positiva? Ou sente antes um vago sentimento de mal-estar? Vale a pena repetir a leitura da frase e perceber a sensação que estas palavras lhe provocam.»
 
Artigo da jornalista Dora Alexandre, transcrito, com a devida vénia, da edição n.º 22 (2017) da revista Louis Braille, da  Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO)]. 
Entender (ou não) linguagem figurada
Ironia e literalidade

«A linguagem figurada pode (...) ser muito perigosa. É preciso pensar duas vezes antes de fazer comentários irónicos ou mesmo apenas jocosos, por escrito (...).» Advertência que faz parte de um conjunto de considerações da linguista Margarita Correia sobre a linguagem figurada e, em concreto, sobre a ironia, que requer condições especiais para ser entendida – em crónica publicada no Diário de Notícias em 11 de janeiro de 2021.

 

 

Cultura e polidez
Estratégias e recursos de um aspeto da interação linguística

«A polidez linguística é, sobretudo, um fator cultural, especialmente se pensamos na língua e nas interações entre as pessoas como práticas sociais situadas, marcadas pela história, pela cultura e pela ideologia.» É esta a base do apontamento que a professora universitária brasileira  Edleise Mendes dedica à questão da boa-educação linguística, na crónica que se segue, emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 30 de agosto 2020.

Crónica nostálgica de gestos quase em extinção
A propósito do verbo lembrar-se, de Georges Perec e de memórias (nada) banais

Retomando um livro comemorativo do 25 de Abril de 1974, que publicou com o título Lembro-me quecuja sintaxe recebeu reparos injustificados  –, o jornalista Ferreira Fernandes, inspirando-se no escritor francês Georges Perec (1936-1982), chega «a esta crónica, nostálgica de gestos desaparecidos e hoje quase impensáveis de serem praticados», associando várias memórias pessoais e profissionais, que vão da Angola colonial a uma duvidosa vitória luso-angolana num campeonato europeu de futebol. Texto transcrito, com a devida vénia, da edição de 29 de agosto de 2020 do jornal Público.

A linguagem do ódio
Do futebol à realidade social

Refletindo sobre os usos da  linguagem para expressão da discriminação ou do ódio, Carla Marques aborda a questão do uso da linguagem nos estádios de futebol e as expressões de conotação racial usadas em diferentes contextos. 

O que o disfemismo diz de nós
Sobre as metáforas de animais usadas como injúria

disfemismo é colocado com muita frequência ao serviço do insulto. Inúmeros recursos linguísticos são mobilizados para este processo, entre os quais se encontra a metáfora. Mas, insultar alguém com um nome de animal pode dizer muito de quem o faz, como se  explica neste apontamento da autora.

O poder das histórias na comunicação
Narração e envolvimento emocional

«Especialistas em marketing perceberam bem cedo o poder das histórias no sucesso das vendas. Perceberam que podem vender um produto ou serviço sem sequer falar do mesmo. Como? Contando histórias.» Texto da autoria da professora e consultora linguística Sandra Duarte Tavares, que o leu na emissão de 3/02/2019 do programa de rádio Páginas de Português, na rubrica "Cronigramas".

As palavras e as emoções
O vocabulário da harmonia na comunicação

A harmonia em casa ou no trabalho pode e deve encontrar-se na capacidade de comunicar palavras de sentido positivo, com intenção construtiva. É a recomendação da professora e consultora linguística Sandra Duarte Tavares no texto a seguir transcrito, originalmente publicado na edição digital da revista Visão, em 22/01/2019.