Marcelo Módolo - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Marcelo Módolo
Marcelo Módolo
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Doutorado (2004) em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e  pós-doutorado (2006) em linguística histórica e semântica cognitiva pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas. Professor de Filologia e Língua Portuguesa no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Editor da Revista Estudos Linguísticos do GEL (Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo). Especialista na área de linguística (morfossintaxe do português) e filologia (crítica textual de manuscritos modernos), faz também divulgação científica.

 
Textos publicados pelo autor
A múltipla escolha do Enem
De Caetano aos gabaritos divergentes

«Os sentidos do texto não existem in vitro e somente se realizam quando o leitor/ouvinte pode mobilizar conhecimentos linguísticos e culturais para reestabelecer a coesão e a coerência propostas pelo autor» – observam Henrique Braga e Marcelo Módolo, ambos investigadores da Universidade de Sáo Paulo (USP), a propósito da chave de correção (gabarito) da prova de Linguagens do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e da sua divergência com as chaves de correção extraoficiais.  Artigo publicado em 21 de novembro no Jornal da USP e aqui transcrito com a devida vénia.

 

Histórias do Português do Brasil
Por Hélcius Batista Pereira, Marcelo Módolo

Histórias do Português do Brasil (2022), uma publicação a cargo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, é dedicada à discussão de fenómenos linguísticos característicos do português brasileiro (PB). Esta edição é organizada por Hélcius Batista PereiraMarcelo Módolo e reúne trabalhos de investigação que abordam diferentes «vertentes do pensamento acerca da linguagem e dialogam com materiais já publicados pelos próprios autores» (página 11).

Em termos estruturais, esta obra está organizada em três secções: uma primeira parte dedicada a análise sociolinguística do PB; uma segunda que se debruça sobre análises gramaticais e uma terceira que incluiu estudos filológicos.

Na primeira secção, destaca-se o texto «O uso de formas pronominais de segunda pessoa em função sintática de não sujeito no português brasileiro: comparação de duas sincronias», de Fernanda Favaro Bortoletto e André Antonelli, que apresenta um estudo sobre o uso dos pronomes de segunda pessoa em função gramatical de não sujeito no PB. Através da análise de textos de dois corpora, o Projeto Norma Linguística Urbana Culta do Rio de Janeiro (NURC-RJ) da década de 70 e o corpus do Programa de Estudos sobre o Uso da Língua (PEUL) da década 90, comprovou-s...

O género de covid
Afinal é «o covid» ou «a covid»?

«Se diferentes especialistas podem, de forma legítima, questionar qual a forma correta das palavras, o linguista vê aqui um fenômeno muito interessante: por que as pessoas atribuiriam gêneros distintos a esse item lexical? Mera indecisão, fruto de um amplíssimo desconhecimento? Parece-nos que esse juízo depreciativo impede a percepção das lógicas que subjazem à variação», escrevem Eduardo Henrik Aubert e Marcelo Módolo neste artigo * sobre o género da nova palavra covid. 

* in revista digital brasileira Roseta, v. 3, n.º 1, 2020.