Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa O português em Angola
Da língua portuguesa ideal<br> à língua portuguesa real
Em contexto da diversidade linguística e cultural de Angola

«É necessário assumirmos que o português angolano possui características próprias, porque se assim não fosse, os professores teriam domínio das regras fixas da gramática tradicional que tem sido o lugar de engano da língua portuguesa», sustenta o autor, neste artigo de opinião publicado no Jornal de Angola do dia 7 de maio de 2023. Escrito conforme a norma ortográfica de 1945, a seguida oficialmente neste país da CPLP.

 

Bambilar,  bambila e bambilador
Neologismos angolanos

São os mais recentes (e populares) neologismos do sempre tão criativo português falado em Angola: bambilar («bajular»), bambila («bajulação») e bambilador («bajulador»).

Português de Angola: uma variedade carente de registos e legislação
Política linguística precisa-se

«Não basta dizer que existe o português de Angola; é preciso ser legislado. Isso chama-se política linguística, quase inexistente em Angola. Não basta falar que ‘‘o português é a língua oficial em Angola’’ (art.º 19 da Constituição da República de Angola), já que este português não é o praticado pela população.»

Artigo do docente universitário  angolano Nelson Soquessa, in O País, do dia 6 de fevereiro de 2021. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945, em vigor em Angola

 

 

 

Português, língua nacional angolana – 2
As responsabilidades do segundo país com mais falantes de português no mundo

Segundo artigo* do jornalista, escritor e ex-ministro angolano João Melo sobre a situação do português no segundo país com mais lusofalantes em todo o mundo, depois do Brasil, com considerações ainda sobre o impasse no país sobre Acordo Ortográfico de 1990.

* in Jornal de Angola, de 8 de julho de 2020 (a transcrição conserva a  norma ortográfica do original, de 1945, ainda em vigor em Angola).

Na imagem, Novo dia alegre em Luanda – III (2016), de Álvaro Macieira. Fonte: página pessoal do artista.

Português, língua nacional angolana – 1
Política linguística precisa-se em Angola

«Que língua portuguesa é essa que os angolanos falam? Quando mais virou “mas” e sou é substituído por , por exemplo, a resposta pode ser perturbadora», escreve o escritor, escritor e ex-ministro João Melo, neste primeiro artigo* em que aborda a situação da língua portuguesa no segundo país da CPLP com mais lusofalantes, defendendo que tudo passa pela «escola» – com as indispensáveis «balizas (normas ortográficas, gramática, vocabulário, etc.).»

 *Publicado em 1 de julho de 2020 no Jornal de Angola, a que seguiu um segundo texto, ambos escritos conforme a norma de 1945, ainda em vigor no país.

Na imagem, Paisagem de Angola com embondeiro e figuras (1990), de Albano Neves e Sousa (1921-1995). Fonte: Invaluable.

Português, língua nacional angolana
Um veículo de comunicação e um fator de unidade em Angola

«Dois fatores fazem do português uma língua nacional angolana: a pertença histórica e o alcance. [...] Em relação a pertença histórica, [...] o português é tão angolano como as restantes línguas existentes no país, pois foi nacionalizada pelos angolanos [...]. Quanto ao alcance, é por todos reconhecido que o português é a única língua de comunicação nacional dos angolanos e fator da sua unidade, o que, aliás, esteve na base da opção dos líderes independentistas em torná-la a língua oficial do país.» Estas considerações fazem parte do artigo que o jornalista e escritor angolano João Melo assinou em 5 de julho de 2020 no Diário de Notícias, a propósito do papel do português na coesão e identidade de Angola.

Ler também "Português, língua nacional angolana – 1" e "Português, língua nacional angolana – 2", em que o autor dá maior desenvolvimento ao tema.

«Ela foi
Um erro de concordância

O (mau) uso do pronome indefinido pouco – que também pode funcionar como quantifi­cador existencialadjectivosubstantivo – numa sala de aula em Luanda, nesta crónica* do professor e jornalista Edno Pimentel.

*semanário angolano Nova Gazeta, de 22/11/2018

 

Língua e segurança nacional em Angola

«(...) O chamado português de Angola, uma versão da língua-padrão, não pode ignorar o ensino da gramática. Se se adoptar essa versão – que eu não acredito que esteja histórica e geograficamente consolidada em Angola – mesmo assim, se, depois de adoptada oficialmente, o ensino primário continuar como está, não resolveremos o problema da proficiência linguística desse pretenso português de Angola», escreve neste texto* o escritor e jornalista angolano José Luís Mendonça*, à volta do português usado nas escolas, na administração, nas empresas ou na comunicação mediática do seu país, em que traça um quadro bem preocupante.

disponível no blogue da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia (AICL)

As consoantes pré-nasalizadas de origem banta <br> na grafia do português de Angola

Contributo de Miguel Faria de Bastos às questões relacionadas com a representação gráfica das consoantes pré-nasalizadas características das línguas bantas, geralmente marcadas por dígrafos como mb, nd e ng, afloradas na pergunta (e respetiva resposta) "Uma sigla com nomes de uma língua banta".

As

Crónica de Edno Pimentel sobre a forma "soas", curiosa redução de pessoas que é recorrente no discurso oral angolano (texto publicado no jornal luandense Nova Gazeta, em 14/01/2016.