Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Multilinguismo
A diversidade linguística nas instituições de ensino
Os novos desafios do ensino do português

«Com o início de mais um ano letivo em Portugal, muitos professores encontram na sua sala de aulas grupos de alunos heterogéneos e com caraterísticas linguísticas muito diversificadas, resultado da multiculturalidade crescente em muitas escolas públicas portuguesas. Este desafio recente exige que, para além de se priorizar a integração social, se favoreça a aprendizagem da língua portuguesa.» São reflexões de Inês Gama, num apontamento sobre os novos desafios do ensino do português nas escolas portuguesas, onde hoje a diversidade é uma realidade.

O milagre de falar uma segunda língua
Língua, trabalho e escola em Londres

«É recorrente o serviço de intérprete deste que vos escreve, cada vez mais essencial num país feito porto seguro (ou assim se advoga desde o Brexit) e por conseguinte destino apetecido para quem foge de um mundo cada dia mais instável» – revela o professor João André Costa, diretor de uma escola londrina, a dar conta do processo de integração das comunidades de língua portuguesa imigradas em Londres, em situação de imersão linguística. Apontamento incluído em 29 de maio de 2023 na página intitulada Crónicas de um Átomo, que este autor mantém no Facebook. Mantém-se a ortografia de 1945, seguida pelo autor.

O que diferencia uma língua não materna <br> de uma língua materna?
Uma contextualização teórica

«língua materna consiste na língua (ou nas línguas) que o falante adquire nos primeiros anos de vida. [...] Por oposição, a aquisição de estruturas linguísticas em fases tardias do desenvolvimento do falante que ocorrem depois de este já ter adquirido a(s) sua(s) língua(s) materna(s), significa que esta língua corresponde a um sistema linguístico não materno» – escreve Inês Gama, consultora do Ciberdúvidas, num texto em que explica as principais diferenças entre língua materna e língua não materna.

Fronteiras e docência plural
A promoção do português no espaço latino-americano

«Juntos, o português e o espanhol, acrescidos de muitas outras línguas indígenas e de imigração, desenham a diversidade e a riqueza linguística e cultural da região [espaço latino-americano], fator que o projeto busca fortificar.»

Crónica da linguista e professora universitária brasileira Edleise Mendes emitida no programa Páginas de Português de 11 de dezembro de 2022, a respeito do trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Cruzando Fronteiras, uma iniciativa da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI-Brasil), em parceria com o Ministério da Educação do Brasil.

 

O pesadelo da língua única
Entre o monolinguismo e o bilinguismo

«O mito do Génesis segundo o qual todos os humanos falavam a mesma língua antes da construção da Torre de Babel ainda hoje espalha o seu veneno.» Deixando estas palavras como ponto de partida, Philippe Descamps, jornalista de Le Monde Diplomatique, equaciona a questão do monolinguismo vs. bilinguismo no editorial da revista Le Monde Diplomatiqueedição n.º 186, dezembro 2022/janeiro 2023..

O português e as línguas da Ucrânia
Também a propósito de bilinguismo na história de Portugal

«Falo em russo, mas posso mudar para o ucraniano quando é mais apropriado, visto que as duas línguas são tão semelhantes entre si como o português e o espanhol. Frequentemente na televisão ou em apresentações de livros as pessoas conversam nas duas línguas simultaneamente.» 

Apontamento* do tradutor Serge Lunin, falante de russo e de ucraniano,  dando conta da história da sua aprendizagem do português, cuja história lhe serve de mote para uma reflexão sobre o bilinguismo na Ucrânia.

 *Texto apresentado pelo professor universitário Marco Neves, que o incluiu no seu blogue Certas Palavras em 6 de fevereiro de 2017, com tradução de Ivan Mestre. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945, seguida pelo original.

 

Cf. A situação linguística na Ucrânia: apontamentos históricos

 

 

Do valor da(s) língua(s) materna(s) <br> e da diversidade linguística
Sobre o Dia Internacional da Língua Materna

« [P]romover o ensino em língua materna pode esbarrar com obstáculos dificilmente transponíveis por comunidades que falam línguas minoritárias, menorizadas e até em risco de extinção, distintas das oficiais ou oficializadas dos estados a que pertencem, e geralmente pobres» – observa a professora universitária e linguista Margarita Correia em crónica publicada no Diário de Notícias em 21 de fevereiro de 2022 e com a qual a autora, identificando os desafios do multilinguismo em vários países da CPLP, assinalou o Dia Internacional da Língua Materna.