Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa As línguas na União Europeia
Breve viagem pelas línguas dos Pirenéus
Diversidade, variação e padronização linguísticas

«O romantismo deu força às ideias nacionais, com base numa interpretação particular da História, reimaginando a História das nações à medida dos Estados — ou tentando redesenhar os Estados à medida de cada nação desejada. Este alinhamento entre Estado e Nação foi um ideal raramente cumprido na perfeição, mas estabeleceu-se como padrão político

Artigo do professor universitário, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves, no blogue Certas Palavras em 22 de abril de 2022, à volta do registo de uma viagem em família até aos Pirenéus e da história linguística desta região, pretextos para uma reflexão sobre a dversidade, a variação e a padronização linguísticas. Texto transcrito com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, que é a seguida por este autor.

Carta Europeia para as Línguas Regionais e Minoritárias
O reconhecimento e valorização das línguas faladas em Portugal

 [L]ínguas regionais e minoritárias são as usadas numa determinada região do território por nacionais do Estado, que constituem um grupo numericamente menor do que o resto da população; elas são diferentes da(s) língua(s) oficial(is) do Estado, não incluem os seus dialetos nem as línguas de imigração. O mirandês assenta na perfeição nesta definição» –  escreve a linguista e professora universitária  Margarita Correia neste artigo publicado no Diário de Notícias de 11 de outubro de 2021.

 

O domínio alemão através do inglês
A política linguística da União Europeia

Apesar da enorme diversidade linguística que encerra, a União Europeia reconhece oficialmente apenas 24 línguas, as quais se reduzem na prática a três – o inglês, o inglês e o alemão – no funcionamento de diferentes órgãos. Esta tendência vai mais longe, com pressões para o inglês se tornar a única língua de trabalho e instrumento de um processo de unificação cultural. Assim se configura uma política linguística incentivada pela Alemanha e materializada na recomendação «língua materna mais duas», cuja concretização, parecendo ir ao encontro do multilinguismo, acaba por favorecer, para já, a adoção do inglês como língua segunda da população europeia. Que futuro tem o português em tal contexto? Qual a verdadeira implantação do inglês na população portuguesa? Será desejável dar-lhe toda a prioridade? Estes e outros aspetos constituem a visão que o economista Jorge Fonseca de Almeida propõe num artigo de opinião publicado no jornal digital O Lado Oculto em 3/01/2019, a seguir transcrito com a devida vénia (mantém-se a ortografia do original, a qual é anterior à atualmente em vigor).