O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

As grandes mudanças sentidas em Portugal ao longo de 2011 a do Acordo Ortográfico e a do Acordo com a troika , incidindo sobre a relação entre o (novo) vocabulário e a atual crise económica,  são tema de reflexão do jornalista e escritor António Costa Santos numa crónica publicada na revista Tempo Livre (n.º 233, de janeiro 2012),  que aqui se publica com a devida vénia ao autor e à publicação do Inatel. Manteve-se a grafia do texto original.

 

Um texto que evidencia a riqueza linguística fruto do convívio da língua portuguesa com as línguas naturais (indígenas) dos países africanos e do Brasil, retirado do livro Milagrário Pessoal, de José Eduardo Agualusa.

 

A crise que Portugal vive também tem reflexos na linguagem. Expressões novas entram todos os dias no nosso quotidiano. Antes da crise sabíamos que existia dívida pública mas porventura nem todos saberíamos que existia dívida soberana! Os exemplos poderiam multiplicar-se.

Excerto da obra «Sermão da Sexagésima» No excerto Padre António Vieira fala do estilo do discurso que pode não ser percetível a todos quanto o ouvem. 

Deparei-me no Expresso (n.º 2040, 3 de dezembro de 2011, Primeiro Caderno, p. 3) com um novo conceito e palavra: o «hactivismo», uma nova forma de luta política e de desobediência cívica utilizando a informática e que consiste em efetuar ataques a sítios empresariais e governamentais. O próprio jornalista traça-lhe a etimologia: palavra...

Depois do metrossexual, já dicionarizado, parece surgir agora o termo retrossexual, neologismo proveniente do inglês e aparentemente formado pela aglutinação das palavras retrograde (retr...

Um poema retirado de A Matéria do Poema, do poeta português Nuno Júdice, num tom informal e leve, sobre a importância do verbo (principal e auxiliar) e da voz (ativa e passiva) no discurso e o valor expressivo dos modos e dos tempos das diferentes conjugações.

 

 

Principal ou auxiliar, é o verbo que faz mover

o discurso, dando à existência a sua qualidade

activa, e transformando-a no ser idêntico

que reúne em cada sujeito e estado, sem

distinguir uma ideia de outra. Porém, a

«Ao contrário de muitos neologismos que diariamente são criados, as malabarices já nasceram “naturalizadas”, com grafia, som e significado que não ferem os usos e costumes», escreve Wilton Fonseca, na sua coluna semanal do diário "i", a propósito do mais recente neologismo entrado no léxico político português.

 

Uma incorreção sintáttica

Um texto de Sandra Duarte Tavares, ainda à volta da (errada) utilização do verbo abusar na voz passiva, nos media portugueses.

Crónica do jornalista Ferreira Fernandes, à volta de uma palavra recém-entrada no léxico político português. In Diário de Notícias de 11/11/2011.

 

Com o gosto do Parlamento [português] por discussões que dão sono, almofada entrou no debate político. Miguel Relvas deitou a palavra à discussão e [António José] Seguro repousou nela as esperanças socialistas. Até que (…) Passos Coelho tirou o assunto da cabeceira: «Este Orçamento não tem almofadas.»