O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Há dias tive de usar a expressão meia-idade para, de forma irónica, me posicionar etariamente. Questionado sobre as balizas, e ao procurar precisar o conceito, deparo-me, nos dicionários que consultei, com o seguinte «consenso»:

• «Período da vida humana entre os 40 e os 50 anos, aproximadamente» (dicionário da Academia das Ciências de Lisboa);

• «Época da vida entre a maturidade e a velhice, aproximadamente entre os 40 e os 55 anos» (Houaiss)

• «A idade dos 30 aos 50 anos» (Priberam);

Zero: com (ou sem) plural

«Assim como o frio não é positivo nem negativo, o zero não tem plural», considerou o autor na sua coluna semanal  no jornal i.  Não é bem assim, como o próprio reconhece numa segunda abordagem ao tema, já aqui muito debatido, de um uso diferenciado em Portugal e no Brasil. 

Recebi valentes puxões de orelhas por causa da crónica em que [aqui] afirmei que o zero não tinha plural e que «zero graus» não existia.

O Netinho é muito

Os erros surgem onde menos se espera, como é o caso de renitente que passa incorretamente a "remitente" (por analogia com remitir ou remeter?) É este o tema abordado por Edno Pimentel em mais uma crónica publicada na coluna "Professor Ferrão" do semanário angolano Nova Gazeta, de 21/11/2013.

 

Lagrimar, lacrimar, lagrimejar ou lacrimejar? Todas as opções são possíveis na língua portuguesa, havendo variedades que preferem umas a outras, mas sem que nenhum desses verbos esteja incorreto, como  recorda Edno Pimentel em crónica publicada em 14/11/2013 na  sua coluna "Professor Ferrão", do semanário angolano Nova Gazeta.

 

 

O substantivo posse, derivado de possuir, é base para a formação de uma série de vocábulos específicos do português, como assinala o escritor e professor universitário Fernando Venâncio, em crónica publicada no número de outubro de 2013 da revista Ler.

 

Os equívocos com a letra x podem ser verdadeiramente tóxicos, como demonstra Edno Pimentel nesta crónica publicada na coluna "Professor Ferrão", do semanário angolano Nova Gazeta, em 7/11/2013.

Recentemente várias escolas públicas e privadas, em Luanda e não só, voltaram a registar casos de desmaio. É uma situação que começou há mais de dois anos e, até ao momento, nada foi esclarecido.

A nasalização do ditongo ui, em muito, há "muinto" que faz parte da norma, como referem Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 49). É possível que o ui se tenha tornado nasal por eventual influência ou assimilação da consoante nasal que inicia a sílaba mui-, ainda que esta pronúncia nunca tenha sido indicada graficamente através de til, de m ou de n</stron...

Edno Pimentel recria um ambiente intimista para apresentar dois usos angolanos: uma variante popular de umbigo, "imbico", que evoca as formas arcaicas embigo e imbigo; e o uso de nascer como verbo transitivo, na aceção de «dar à luz» (texto original publicado em 31/10/2013 na coluna "Professor Ferrão" do jornal Nova Gazeta).

 

Português, língua de ciência
Ou como as coisas não se passam só em inglês

«Há que ter em mente que não é só no mundo em que a língua inglesa é dominante que se passam as coisas; também há, entre os outros, um mundo emergente de países que comunicam em português e que não devem precisar de outra língua para as trocas de conhecimento que entre si efetuam» – observa  Ivo Castro, professor catedrático emérito da Faculdade de Letras da Universidade de Letras, na comunicação que apresentou ao colóquio A Internacionalização da Língua Portuguesa, realizado pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses em 16 de junho de 2009 em Lisboa.

Ligarligação, de absolver forma-se absolvição... e, com discutir, forma-se "discutissão" (ou "discutição"), certo? Erradíssimo, diz Edno Pimentel, em mais uma crónica sobre o português de Angola, na coluna "Professor Ferrão" do jornal Nova Gazeta (texto original publicado em 24/10/2013).