O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Se adjectivar, não beba

«Quase tudo o que é brutal, hoje, é o rigoroso oposto do que era brutal no passado. Mas talvez nenhuma outra palavra tenha tido pior sorte do que o adjectivo genial», escreve o humorista português Ricardo Araújo Pereira, em crónica publicada na revista Visão de 11 de janeiro 2018, a seguir transcrita, na íntegra.

«A montanha pariu um rato»

A curiosa e sugestiva expressão «A montanha pariu um rato» é dissecada numa explicação que nos surpreende.

Os videojogos e os seus anglicismos escusados

Porquê e-sports ou, e-games ou e-commerce, se há alternativas em português?

Cinco boas resoluções linguísticas de ano novo

«Usar palavras positivas», «ser mais assertivo», «comunicar com cortesia», «falar menos, ouvir mais» e «falar e escrever sem erros» – recomenda, para um melhor relacionamento, Sandra Duarte Tavares, neste texto  publicada na edição digital da revista Visão do dia 13 de janeiro p.p.

O ruído que se faz a voar*

Reabitar, reabituar, reaprender, reconstruir, recuperar, redizer, reemendar, refazer, reforçar, reintegrar, relançar, remanusear, remoçar, renegar, reparar, repassar, requentar, resguardar, ressaltar, ressentir, ressurgir, restaurar, restituir, retardar, retrair, rever, revisitar, revolver – verbos que pressupõem a repetição e convocam uma multitude sentimentos. É o caso do «belo verbo rezumbir, que fala de uma coisa (…) inesperada: o ruído que se faz a voar» – escreve o autor neste texto publicado na Revista do semanário “Expresso” de 6 de janeiro de 2018.

«<i>I know not what tomorrow will bring</i>»*
A curiosa e inquietante última frase escrita por Fernando Pessoa (Lisboa, 13/06/1888 — Lisboa, 30/11/1935)

A 19 de novembro de 1935, Fernando Pessoa, já muito debilitado, escreve o seu último poema na língua materna: «Há doenças piores que as doenças.» Mas é em inglês que redige a última frase, dez dias depois. O que terá levado a fazê-lo é o que permanecerá irrespondível e a causar alguma estranheza – como escreve neste texto a professora Maria Eugénia Alves, assinalando os 82 anos do falecimento do maior poeta português do século XX.

 

* Em português: «Não sei o que o amanhã trará

Quando teremos direito a uma “Sexta-feira Negra”?

«(…) Só penso como estas expressões serão entendidas por uma boa fatia da sociedade portuguesa, envelhecida, analfabeta, muitas vezes, aldeãos esquecidos numa província cada vez mais longínqua das grandes cidades litorais onde a “civilização” acontece com halloweens, blackFridays/weeks, marginalizando, criando fossos, insistindo num progresso que ignora continuamente a sua língua materna e promove um país a duas velocidades. (…)»

Comunicar… com delicadeza*

Nesta sua crónica publicada na edição digital da revista Visão de 1/11/207, Sandra Duarte Tavares escreve sobre comunicação empática e cortesia linguística. Texto na íntegra a seguir, com a devida vénia.

Dez palavras: na moda, mas feias

«A estética da palavra é uma mistura quase sinestésica do som, da textura silábica, do bom casamento (ou não) entre vogais e consoantes, da macieza (ou falta dela), da cor que, por vezes, lhe associo», escreve o autor nesta crónica que se transcreve a seguir do jornal “Público” do dia 16/11/2017, em que enumera as «10 palavras mais feias que por aí andam [no espaço mediático português] de braço dado com modismos ou encavalitadas em posologia tecnocrática.»

O modismo anglófilo
Pedidantismo e traduções eviesadas
Realizar, fiscal, suportar, assistência, competição, legenda, remédio, evidência e as expressões «no fim do dia» e «é suposto»: 10 exemplos  de
palavras inglesas adaptadas à pressa para o nosso idioma e que assentaram arrais de puro e escusado modismo  linguístico — apontados neste artigo* pelo economista e ex-ministro português, António Bagão Félix.
 
*in jornal Público, de 30 de outubro de 2017. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.