A tão bem sucedida operação de resgate dos 12 jovens jogadores de futebol e do seu treinador que se encontravam encurralados numa gruta na província tailandesa de Chiang Rai, e que tanto emocionou o mundo, deu visibilidade ao termo espeleologia. Trata-se do «estudo geográfico da formação das cavernas, grutas, fontes e águas subterrâneas e da sua origem e evolução»* que funciona com o contributo de outros tantos como a geologia, a biologia, a antropologia e a arqueologia, e até mesmo a fotografia, a topografia e a cartografia. Noutro sentido, designa também a atividade física de alto risco, onde as pessoas se propõem a explorar grutas, colocando-se, por vezes, em situações de perigo.
Chegou-nos do grego spélaion, que significa «caverna», e logos, «conhecimento ou estudo». Em latim, a palavra grafava-se speloeu-+ -logia**
Da mesma raiz latina (spelunca-, «caverna»), temos a palavra espelunca: «cova profunda e escura (=antro, caverna, furna)»; «casa imunda, escura e em desordem (= alfúria)»; «lugar escuro e sujo onde se joga»: «antro ou casa de jogo imunda». No Brasil, designa ainda um hotel de má qualidade, geralmente sujo e frequentado por uma clientela considerada duvidosa***
Mais informação aqui, aqui, aqui e aqui
* in Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto Editora, 2010)
** in Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa (1977), de José Pedro Machado