O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Com respeito às palavras

«Se procurar um modo de dizer exacto, brutal, limpo, em que a palavra perca os seus ademanes de palácio, não acharei em “exaustão” o termo certo. Ninguém caminhou tanto que se sinta quase a morrer por desidratação. No “país de poetas”, caímos automaticamente numa coloração vocabular que muito raramente dá bons textos», escreve neste ensaio, publicado no jornal Público de 17 de janeiro de 2014, a escritora portuguesa Hélia Correia, vencedora (por unanimidade) do Prémio Camões 2015. Trata-se de um olhar acerado sobre o discurso dominante, e das suas políticas, hoje na Europa – e, em particular, em Portugal, tão acriticamente reproduzido nos media nacionais. Por exemplo, quando se fala nas «gorduras do Estado», fala-se de quê? Neste «vocabulário esmaecido» dos «novéis cultores da ficção», como passaram a ser usadas na sua «narrativa» as palavras «austeridade», «escrutínio» ou «manifestar»? E que dizer da palavra «indignação», que «deu a volta por dentro de si mesma para contrariar o seu significado»?

[O texto na integra, a seguir, com a devida vénia à autora e ao Público.]

Palavras referentes ao Islão

Lista baseada na que se encontra em “Termos ligados ao islamismo” do portal brasileiro Infoescola. Foram feitas várias correções bem como adaptações à norma de Portugal. Acrescentaram-se igualmente outros termos, como Islão (Islã, no Brasil), nicabe e burquíni.

 

[Na imagem, em baixo, a Mesquita Hassan II, em Casablanca (Marrocos).]

 

 

25 palavras que marcaram 2014

A escolha é da revista "Visão", que publicou no penúltimo dia do ano corrente, o significado das palavras que marcaram o léxico político português – nelas incluídas 10 novos vocábulos, como é o caso do verbo "fantasmar".

 

 

 

 

 

 

Preventiva

Uma espécie de nova vacina? Não: é nome de prisão e está associada à expressão "medidas de coação". Para o juiz Carlos Alexandre, e no que se refere a Sócrates, é remédio santo.

Oi

Labirinto

Sinónimo de «complicação», «emaranhamento», «confusão», «tumulto», o termo – sarcasticamente abordado nesta crónica do autor, publicada no jornal “i” de 20/11/2014 – remonta a um episódio da mitologia grega. Antes, muito antes, da operação policial que, precisamente com o mesmo nome, levou à detenção de uma dúzia de pessoas influentes e a uma demissão ministerial, em Portugal.

 

 

«Achareis rafeiro velho/que se quer vender por galgo;/diz que o dinheiro é fidalgo/que o sangue todo é vermelho.»

Empate

As seleções de futebol que empataram nos jogos disputados na Copa Brasil 2014 averbaram empates. É o que se chama terem sido uns verdadeiros empatas. E, ao empatarem, nem foi “contra”, nem “a favor”, nem “ante” ou “perante”. Um verbo e seus derivados nesta crónica de Wilton Fonseca, no jornal i de 10/07/2014.

 

 

Família

"Família" e algumas expressões com ela relacionadas – nesta crónica publicada na revista 2 do jornal “Público” de 6/07/2014, alusiva à “guerra” entre dois primos banqueiros portugueses que, zangando-se – diz o ditado, necessariamente adaptado –, «descobrem-se os ilícitos dinheiros».

[texto igualmente disponível no blogue da autora, Letra Pequena]

 

 

Coisas do português

Texto  seguido de um pequeno glossário – à volta da palavra coisa nas suas tão variadas acepções gramaticais e de significado, nos usos mais coloquiais da língua portuguesa, tanto no Brasil como em Portugal. Mas, também, nas suas mil e uma referências na literatura, na música ou no cinema. Do livro do autor, Coisas do Português: a língua nossa de cada dia, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia.

 

 

 

 

 «[…] o PSD cerrou baterias e não tem poupado o Tribunal Constitucional desde o  último acórdão».

Governo Sombra, TSF, 14 de junho de 2014, 10h53

Termos náuticos e quinta-essência da língua

A propósito das referências ao mar no léxico português, Ana Sousa Martins dá exemplos, mas adverte que o discurso sobre a riqueza expressiva da língua portuguesa pode ser ingénuo e contraproducente. Crónica transmitida na rubrica "Palavrar" dos programas Língua de Todos (RDP África) e Páginas de Português (Antena 2).

 

«Alguém ouviu, no decorrer deste ano, desabafos do género: "Estes bandidos do governo levaram-me o 13.º mês. Filhos duma grande coadopção"?»  A atualidade política portuguesa sarcasticamente à lupa nesta crónica do humorista português Ricardo Araújo Pereira, a propósito da votação da “palavra do ano”. In Visão de 12/12/2013.