O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
A etimologia de <i>imbecil</i>
A propósito de alternância vocálica (apofonia)

Porque será que o antónimo de fácil não é "difácil (nem "desfácil") mas, sim, difícil? O professor João Nogueira da Costa, enumerando primeiro alguns pares vocabulares que exibem fenómenos de alternância vocálica muito antigos (ano/biénio, apto/inepto, arte/inerte), revela depois uma etimologia, para muitos, talvez inesperada, a de imbecil. Um texto que o autor publicou na sua página de Facebook e que aqui se transcreve.

Palavras com e sem sal....
De salada a insonso, as palavras da família de sal

A sal ligamos o verbo salgar, mas talvez menos óbvia seja a relação de outras palavras com esse nome – de salada, por exemplo, a insosso, como revela a lista elaborada pelo professor João Nogueira da Costa para a sua página de Facebook e agora aqui transcrita.

Na ilustração, uma imagem do magazine televisivo Cuidado com a Língua!

 

A origem da palavra <i>isolamento</i>
Uma bela e deliciosa palavra antiga

A acelerada propagação do COVID-19 à escala planetária levou a medidas drásticas para o recolhimento das populações nas sua casa. É o caso de Portugal,  «país fora, pais e irmãos vêem-se fechados em casa por tempo indeterminado» — como escreve nesta crónica * o professor universitário Marco Neves, lembrando a origem da palavra isolamento.

texto transcrito, com a devida vénia do blogue do autor, Certas Palavras, com a data de 15/03/2020. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Dez bolos e doces com nome francês
Galicismos de pastelaria

Um lista de dez nomes de especialidades da pastelaria de origem francesa. Um texto de João Nogueira da Costa, que o publicou na sua página de Facebook.

 

Cinco frutos com nomes geográficos
As origens toponímicas de alguns nomes comuns

Pêssego, tangerina, romã, melancia e maçã são nomes de frutos. Mas quem se dedique à história destas palavras será surpreendido pela sua etimologia, relacionada com a toponímia da Antiguidade e da Idade Média, como bem evidencia o professor João Nogueira da Costa neste apontamento, transcrito, com a devida vénia, da sua  página de Facebook.

A história da palavra <i>vírus</i>
Do tempo dos romanos até aos nossos dias

Vírus, a palavra mais usada nos últimos  tempos  no espaço  mediático, desde o aparecimento e propagação já à escala planetária do  COVID 19, chegou-nos do latim, mas foi pela descoberta de um cientista holandês, no final do século XIX, que muitas  «doenças eram transmitidas por qualquer coisa ainda mais pequena que as bactérias» – conta neste texto* o professor universitário, tradutor e escritor Marco Neves.

* Com o título original Qual é a origem da palavra «vírus»?, texto transcrito,  com devida vénia, do blogue do autor, Certas Palavras, no dia 8 de março de 2020 – escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

«Não já?»
A pergunta-tag tantas vezes repetida

É hoje muito comum ouvir frases semelhantes a esta: «Já viste, não já?». Mas afinal, do que se trata este «não já?»? Sobre esta expressão tão comum na oralidade dos portugueses escreveu* Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica no jornal Público do dia 8 de março de 2020 – a seguir transcrita com a devida vénia.

* conforme a norma ortográfica de 1945.

A discriminação racial nos dicionários de língua
Os preconceitos no léxico português

«A língua portuguesa, como as demais línguas – escreve neste trabalho* a linguista portuguesa Margarita Correia   , está eivada de unidades lexicais ou expressões que denotam muitos dos preconceitos que marcaram a sociedade portuguesa e as sociedades lusófonas ao longo dos tempos. Esses preconceitos podem visar grupos raciais e/ou étnicos (exs.: negros, judeus, ciganos), nacionalidades específicas (exs.: chineses, indianos), grupos religiosos (exs.: judeus, muçulmanos), mas também grupos profissionais e etários, entre outros. Claro que os preconceitos podem também ser de natureza sexual.»

Artigo publicado na revista brasileira  Alfa – Revista de Linguística, v. 50, n.º 2, 2006. Segue a norma ortográfica de 1945.

Falta de nível
Um erro tantas vezes repetido...

«No princípio dos anos 70 — rememora neste texto* Miguel Esteves Cardoso — lembro-me do meu pai fulminar contra a minha recém-adquirida gracinha de dizer “ao nível de” a torto e a direito. Cada vez que atravessávamos uma passagem de nível ele lembrava-se desse meu tique. [50 anos passados] tornei-me no meu pai? É provável. Eu ria-me com o hábito dele de gritar diante do televisor, corrigindo os dislates dos apresentadores.»

 

*in jornal Público do dia 26/02/2020

Como o sotaque pode penalizar o salário
Fator de desigualdade social e laboral

 A discriminação na procura de emprego como consequência do sotaque que foge ao padrão, prática sentida em diferentes países, nomeadamente em Portugal – neste texto da jornalista Catia Mateus, tanscrito, com a devida vénia do caderno Emprego do semanário  Expresso, do dia 23 de fevereiro de 2020.