A fase de mitigação é a terceira fase de resposta do Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença, organizado em Portugal pela Direção-Geral de Saúde em resposta à infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
O nome mitigação formou-se a partir do verbo mitigar, que significa «tornar mais brando, mais suave, menos intenso». Esta significação parece indicar que o uso deste termo é contraditório na fase de transmissão da doença considerada mais grave pelas autoridades competentes. Com efeito, a fase de mitigação (a 3.ª no Plano de Preparação e Resposta à Doença) ocorre num momento em que a transmissão ocorre já localmente em ambiente fechado (nível 3.1.) ou em transmissão comunitária (nível 3.2., em que o país se encontra atualmente). Todavia, o termo não refere o grau de transmissão da doença, mas a ação a desenvolver como resposta a essa transmissão.
Assim, atendendo ao nível intenso de propagação da doença, entendem as autoridades competentes que se entrou numa fase em que o objetivo não é o de conter a doença (o que aconteceu nas fases 1 e 2, fase de contenção e de contenção alargada, respetivamente), mas de encetar ações que visem enfraquecer, reduzir ou atenuar a difusão da doença, procurando ainda minimizar a mortalidade associada.
O termo mitigação corresponde, deste modo, à resposta adequada à fase de transmissão da doença que vivemos no momento atual, que será a de promover ações ou processos que visem aliviar, suavizar, tornar menos intenso ou severo o avanço da transmissão ou as suas consequências.