Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
«Errar, é humano»
«Tal como no trânsito rodoviário, aos donos pertencem os carros, mas todos devem obedecer ao Código de Estrada.»

«Há incorreções, muitas e variadas, que, de tão usadas pelos falantes, passaram a ficar atestados na língua – é o caso de "bêbado", variante popular de bêbedo, há muito registada nos dicionários.» Mas – anota o autor nesta reflexão à volta dos usos do português em Angola – «ainda cabe à gramática a responsabilidade de criar  fronteiras e limites, para que cada um de nós não saia para aí a falar de forma arbitrária, atropelando todas as regras, criando mesmo situações de incompreensão.» Por exemplo, na "proibição", absoluta, da vírgua entre o sujeito e o predicado.

«Crise humanitária», expressão válida?

Sim, responde o nosso consultor D’Silvas Filho, concordando com a recomendação1 da Fundación del Español Urgente (Fundéu), como fazíamos referência na Abertura de 13/04 p.p. Muito diferente – acrescenta – de «tragédia “humanitária”, que vai mais longe no sentido pretendido: há nesta expressão desumanidade (podendo ser intencional: atrocidade, crueldade, selvajaria, ou incidental com os mesmos efeitos).»

 

 

Jiadistas, e não “jihadistas” – recomendou-se no Ciberdúvidas, por diversas ocasiões e a pretexto da atualidade internacional, dominada nos meios de comunicação social pelas execuções do denominado Exército Islâmico, no Iraque e na Síria.

Porquê <i>jiadista</i>, e não

Versão integral da carta enviada ao semanário Expresso, que a publicou (com cortes de vários extratos) na edição de 25 de outubro de 2014 – em resposta ao que escrevera uma semana antes a colunista Ana Cristina Leonardo, no caderno Atual, sobre o Ciberdúvidas e o que aqui se recomendava quanto à grafia “jihadista"/jiadista. Acrescentou-se, no fim, uma nota a este esclarecimento.

 

 

<i>E pur si muove!</i>

«Burocratas lexicológicos» são os que advogam o correto aportuguesamento para a palavra jiadista, em vez da forma anglicizada "jihadista" – sustenta a autora, nesta crónica publicada no caderno "Atual" do semanário "Expresso" de 18/10/2014, visando asperamente o Ciberdúvidas.

[Cf. O contraponto desta polémica em: Porquê jiadista, e não "jihadista".]

 

 

Razões q.b. para recusarmos o barbarismo

Transcrito numa notícia do Público de 12/08/2014, o emprego do barbarismo “precaridade” (em vez da forma recomendada: precariedade) num relatório do Tribunal de Contas português, desencadeou várias intervenções, tanto no jornal em causa como no jornal i. A saber:

1) Uma referência do provedor do leitor do Público, dando conta do erro assinalado por um leitor: Pois, pois.

(...)

A crónica do autor publicada no jornal “i” do dia 23 de agosto de 2014, sobre o emprego das aspas tinha uma referência ao barbarismo “precaridade”, (mal) empregado num relatório do Tribunal de Contas português. Dicordante da crítica, o seu diretor-geral alegou a sua atestação dicionarística (ver em baixo1) – e, daí, o seu uso comum. É exatamente ao contrário, como se comprova a seguir.

 

Precariedade... <br> por mais que haja quem a ponha em causa
À volta do barbarismo “precaridade”

«Baseado nas fontes por mim adoptadas (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, no S.O.S. Língua Portuguesa, da autoria de Sandra Duarte Tavares e de Sara de Almeida Leite escreveu o provedor do jornal “Público”, na edição do dia 24/08 –, malogrei na convicção de que a forma correcta era “precariedade”. Afinal, as duas formas são admitidas.»

Polémicas linguísticas

«(...) Tanto bastou para [me] caírem várias reprovações de leitores, todos eles exibindo a favor da sua “tese” imensos autores credenciados, admitindo que a única forma correcta era a de precariedade

 [Sobre esta controvérsia, ver ainda: Precariedade “versus” “precaridade”Precariedade, sem aspasPrecariedade... por mais que haja quem a ponha em causa]

(...)

Não se fala... não existe

«Desde 1976 – escreveu Vasco Pulido Valente no jornal português “Público” [“Merecidos vexames”, 26 de julho de 2014] – nenhum Governo se ocupou seriamente da defesa da língua. O Dicionário da Academia de Ciências não passa de uma triste imitação do Oxford Shorter, não há uma gramática decente e aces...