Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
Extermínio cordial e harmónico do galego
A língua galega perde falantes para o espanhol
Por Xosé-Henrique Costas

«Um terço dos mais jovens não sabe falar galego. Onde está a sua "liberdade de escolha"?» – interroga-se Xosé-Henrique Costas, professor da Universidade de Vigo acerca dos dados alarmantes de um inquérito do Instituto Galego de Estatística (IGE), os quais revelam a descida preocupante do número de falantes de galego, principalmente entre os jovens. Artigo de opinião publicado no Diário Nós, em 11 de outubro de 2024 e aqui transcrito com a devida vénia, com título e subtítulo da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas. Apresenta-se em primeiro lugar uma versão em português e depois o original galego.

O “galego” é sempre “português”
O que falam todos os galegofalantes

«O que falam os habitantes galegofalantes numa  comunidade de qualquer lugar da Galiza (também no Norte) é, simplesmente por ser “galego”, já português» – sustenta o professor e filólogo José-Martinho Montero Santalha num artigo de opinião a respeito das conclusões a retirar das semelhanças detetáveis entre os dialetos galegos e as variedades do português. Texto publicado em 4 de maio de 2023 no Portal Galego da Língua e aqui transcrito com a devida vénia, com algumas adaptações.

A farsa galega: sobre a implementação da “Lei Paz-Andrade”

Em 2014, o parlamento autonómico da Galiza aprovava por unanimidade a iniciativa legislativa popular Valentín Paz-Andrade, para incremento da exposição da sociedade galega à língua portuguesa em vários campos, desde o ensino ao acesso à comunicação social. Dois anos depois, são escassos os sinais do impacto desta iniciativa por falta de vontade política, acusa Renato Epifânio, presidente do Movimento Internacional Lusófono, em texto publicado no jornal português Público, em 2/06/2016.

O galego-português existe?

Que relação se pode definir na atualidade entre o português e o galego? E que consequências  terá essa relação para a própria maneira de ver a língua portuguesa? São estas duas das questões que Fernando Venâncio, escritor, ensaísta e professor português na Universidade de Amesterdão, abordou numa palestra realizada em 6/05/2014 na...

Numa variante da ortografia da língua portuguesa, o cronista galego Diego Bernal escreve a propósito da rejeição de uma proposta para incluir o português entre as segundas línguas estrangeiras oferecidas pela escola pública da Galiza.

A língua do Brasil, país maior e mais povoado da América Latina, com cerca de 200 milhons de habitantes, é o português.

A respeito de algumas perguntas ou comentários relativos ao português da Galiza ou galego, permito-me precisar:

1. -  Antes de mais, a formalização da língua não define "per se" a condição dessa língua. Se as falas galegas são uma forma de português, qualquer formalização que for não poderá mascarar a condição lusófona dessas falas, salvo no caso de elas serem substituídas por outra língua.

Prezados colegas, vejo isto no seu serviço:

«[Pergunta | Resposta]

Palavras semelhantes a eis (em português da Galiza)

[Pergunta] Em português da Galiza usamos duas palavras semelhantes a eis: velaqui, que significa algo assim como: «eis aqui» (voici, em francês); e velaí, que significa: «eis aí» (voilá, em francês). Gostaria de saber se estas duas palavras existem em português de Portugal e se são admitidas na língua po...

A questão normativa na Galiza

Na sequência da publicação da resposta "Palavras semelhantes a eis (em português da Galiza)", foram recebidas algumas observações que fazem eco da complexidade da situação linguística galega. A resposta em causa foi, entretanto, alterada, mas aqui ficam as reacções por ela suscitadas.

O texto de Ferreira Fernandes é bem sintomático de como actualmente a causa das línguas chamadas minoritárias anda a perder a simpatia da opinião pública. Segundo este jornalista português, as crianças galegas, catalãs, bascas e cabo-verdianas arriscam-se a ficar em desvantagem por serem educadas nas línguas tradicionais das regiões ou países em que vivem. Lendo o texto, parece que é porque os “miúdos” (como diz o jornalista) vão ficar ...

A partir de hoje, os jardins-escolas galegos dão as aulas só em galego. Também se vai ensinar um "hino galego" de um nacionalismo extremo. Composto por um poeta do séc. XIX, o hino galego, enxotando os castelhanos, canta: «Só os imbecis e obscuros/ não nos entendem.» Picardias nacionalistas, que quase todos os povos têm, e que não trazem grande mal ao mundo. Ou trazem, mas não é isso que aqui me traz, mas outro mal, esse, evidente. Esta deriva galega integra-se no menosprezo de uma das grande...