Manuel António Pina - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Manuel António Pina
Manuel António Pina
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Manuel António Pina (Sabugal, 1943 – Porto, 2012), licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi um jornalista e escritor português. Trabalhou, enquanto jornalista, no Jornal de Notícias e na revista Notícias Magazine. Enquanto escritor dedicou-se essencialmente à poesia Cuidados intensivos (1994) e Todas as palavras (2012) e à literatura infanto-juvenil O país das pessoas de pernas para o ar (1973) e O cavalinho de pau do Menino Jesus (2004). No entanto, também são da sua autoria peças de teatro História do sábio fechado na sua biblioteca (2009), obras de ficção Os papéis de K. (2003),  crónicas Porto, modo de dizer (2002) em no ensaio, Desimaginar o Mundo (2020), Da autoria de Álvaro Magalhães, foi publicada postumamente, em 2021, a biografia de Manuel António Pina  intitulada Para Quê Tudo Isto?,  Mais informação aqui.

 
Textos publicados pelo autor
A “smsização” da língua
Nos jornais e na blogosfera

«Depois do quase total desaparecimento da prosa por assim dizer jornalística (e “jornalística” é o pior que se pode dizer de uma prosa) do ponto e vírgula, das perifrásticas, dos tempos composto e, de um modo geral, de tudo o que vá além do pretérito perfeito e do modo indicativo (sobrevivem ainda, penosamente, uma ou outra incursão no condicional ou no futuro), parece que a “smsização” da língua chegou aos sinais de pontuação.»

Crónica jornalista e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), publicada originalmente no "Jornal de Notícias" de 3 de agosto de 2006, transcrita do livro do autor Por Outras Palavra & Mais Crónicas de Jornal (Modo de Ler – Editores e Livreiros, Porto, 2010). Escrita segundo a norma ortográfica de 1945

In <i>mídia</i> virtus
Sobre plural latino do neutro medium

«Media – como recorda neste texto* o jornalista e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012) – é o plural latino do neutro médium, que significa meio. Os media são, simplificadamente, o conjunto dos diferentes meios ou suportes de comunicação social.»

* in Jornal de Notícias de 18 de outubro de 2006, transcrita do livro do autor Por Outras Palavra & Mais Crónicas de Jornal (Modo de Ler – Editores e Livreiros, Porto, 2010). Escrita segundo a norma ortográfica de 1945.

O
«Gente que tem por profissão escrever em português e escreve incompetentemente em português»

«Os jornais abundam hoje em frases descasadas e em erros de ortografia (dos de sintaxe melhor é nem falar). Os velhos revisores foram-se e as redacções encheram-se de jovens produtos do sistema de ensino. O resultado foi catastrófico.»

 Crónica do jornalista, poeta e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), transcrita, com a devida vénia, do Jornal de Notícias de 16 de maioo de 2006. Escrita segundo a norma ortográfica de 1945

Da Matemática ao Latim
«Como se o conhecimento fosse possível sem memorização....»

«É de um desastre que falamos quando falamos das dificuldades de relacionamento dos nossos jovens com a linguagem matemática», escreve o jornalista, poeta e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012, comparando a idêntica dificuldade com o Português, que, diz, tem raízes na exclusão do Latim dos programas escolares.

 

Artigo publicado no jornal Público de 24 de Junho de 2009, sob o título original Homens "cortados ao meio".

O Monstro [da TLEBS] está entre nós
«Para obrigar os nossos filhos a odiar a língua e a literatura»

«Tinha decidido passar ao largo da TLEBS , o Monstro criado no Ministério da Educação para obrigar os nossos filhos a odiar a língua e a literatura. Que podia uma pequena crónica contra tão medonho Golias? Mas vi num "site" do Ministério o que o Bicho fez a uma indefesa estrofe de Os Lusíadas, a quem chama (pobre estrofe!) "corpo linguístico ambíguo".»

Crónica do jornalista, peta e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), publicada originalmente no Jornal de Notícias de 23 de novembro de 2006, escrita segundo a norma ortográfica de 1945.