Em «amanheceu chovendo», tem-se apenas uma oração com locução verbal, duas orações, sendo a segunda, «chovendo», reduzida de infinitivo ou outra situação que desconheço?
Quero, de antemão, agradecer a ajuda!
Gramáticos há que rechaçam a expressão «outro que não», dando-lhe como alternativa «outro que» (nunca «outro que não eu», mas «outro que eu», a título de exemplo).
Qual a explicação de tal?
No conto de Mia Couto "O adiado avô", o autor diz do velho muito teimoso «o homem tinha emagrecido abaixo do tutano».
Qual é o sentido desta frase? «Abaixo do tutano será uma expressão idiomática»?
Muito obrigada.
Gostaria de saber se é correcto usar o adjectivo faminto seguido da preposição «de» quando o usamos num sentido figurado.Exemplo:
«As crianças, a morrerem de fome, famintas das ideias que já havia aqui e ali, gritaram: "Independência!"»
Uma vez que faminto pode significar, em sentido figurado, «muito desejoso» ou «ávido», não sei qual a regra admitida, se a preposição é de ou por ou se não é admitida preposição.
Muito obrigado.
[N. E. – O consulente escreve correcto e adjetivo, mantendo a antiga ortografia. As formas da norma em vigor são correto e adjetivo.]
[A minha dúvida] é se devo preservar uma simetria nas locuções «ao passo que» e «à medida que» com a preposição a.
Por um lado, penso na simetria que vejo nas locuções com em. Quero dizer com isso que o em aparece duas vezes – frases como «No lugar em que estou, sinto-me bem», na qual acredito que a palavra em não pode ser omitida. Por outro lado, penso se existe no caso específico de locuções semelhantes com a uma preferência pelo que considero análogo à omissão do em no exemplo anterior.
Seria ilógico dizer «Ele é feio, ao passo a que ela é lindíssima», em vez de «Ele é feio, ao passo que ela é lindíssima»? Ou dizer «À medida à qual fui explorando, tudo se me foi revelando», em vez de «À medida que fui explorando, tudo se me foi revelando»? Será que devo trazer a lógica dessas duas locuções anteriores para casos que não são locuções clássicas da língua?
Para mim, o mais lógico seria escrever «À velocidade a que nos movemos, não há tempo para reagir», mas será que a frase deve ser simplificada para «À velocidade que nos movemos, não há tempo para reagir»? Para mim, parece razoável reservar a construção que omite o segundo a para frases com verbos transitivos diretos, como «À velocidade que escolhemos para viajar, não há tempo para reagir».
Qual a frase correta: «Dois terços da população votou» ou «dois terços da população votaram»?
Obrigada.
«Nos dois dias seguintes, nenhuma comunicação do tio, coisa de já causar espécie (coisa já de causar espécie).»
Pergunto: qual a correta opção para a colocação do advérbio já na frase acima?
Obrigado.
Qual a diferença entre «por vir» e «para vir»? «O melhor está por vir» ou «o melhor está para vir»?
Encontro na Internet a utilização de ambos e não consigo perceber qual está correcto[1]. Podem ajudar por favor?
Muito obrigado.
[1 O consulente escreve conforme a norma anterior à atualmente vigente.]
A julgar que há muito se introduziu no português termos como vexilo e vexilário, e inclusive temos vexilologia, qual a forma mais adequada para grafar, à lusófona, o também latino vexillatio?
Na frase «Eu gosto de quase todos os desportos», o quase modifica o verbo ou o nome desportos? É que não está em causa se "quase" gosta, mas que gosta de quase todos os elementos pertencentes ao grupo "desporto".
Quase, aqui, não tem mais valor de quantificador existencial do que de advérbio?
Grata.
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