Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Alexandre Badibanga Professor Luanda , Angola 286

Antes de apresentar a minha dúvida, gostava de felicitá-los pelo incrível trabalho que têm feito em prol da promoção da língua portuguesa, nossa língua comum! Cá vai a minha dúvida:

Gostava de saber em qual opção a regência está correcta:

a) «As actividades são propostas com vista NO desenvolvimento de competências…»

b) «As actividades são propostas com vista AO desenvolvimento de competências…»

Qual frase usar? Qual está correcta e porquê? Caso seja possível, por favor, indiquem-me autores que tratem da questão!

Muito obrigado!

 

[NE – Como o consulente se identifica como angolano, mantém-se a ortografia usada no original, a do Acordo Ortográfico de 1945.]

Olga Coval Gestora Portugal 231

Questiono se devemos dizer «em Marco de Canaveses» ou «no Marco de Canaveses» quando nos referimos ao local “onde” nos diversos contextos e qual a regra.

Obrigada.

Isabel da Silva Administrativa Portugal 354

No final da frase «Aproveito para questionar se é necessário retirar os veículos do interior das garagens individuais», devo colocar um ponto final ou um ponto de interrogação?

A mim parece que devo colocar um ponto final, mas fica sempre uma duvidazinha no ar...

Obrigada.

Carlos Rodrigues Médico Veterinário Lisboa, Portugal 473

Agradecia que me indicassem o ato de fala presente em  «Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso« (José Saramago, A Bagagem do Viajante, 8.ª ed. Editorial Caminho, 2010, pp. 223-225).

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 992

Um amigo me disse que "musas inspiradoras" é pleonasmo vicioso/redundância viciosa, mas não sei mais se "musas inspiradoras" é pleonasmo estilístico/redundância estilística, pleonasmo vicioso/redundância viciosa ou não pleonasmo/não redundância!

O que vocês entendem do assunto todo no caso então?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Maria da Conceição Aguiar Professora Fundão, Portugal 984

Sou professora de português do 2.º ciclo e precisava da vossa ajuda na seguinte situação: no passado ano letivo (5.º ano) começou a aparecer nos manuais escolares a interjeição como classe de palavras e como recurso expressivo.

Parece-me estranho porque no mesmo livro acabamos por ter um termo – interjeição – associado a dois conteúdos diferentes. Esta situação causa alguma confusão na cabeça dos alunos. Gostaria de saber se, do ponto de vista científico, é correto existir esta situação.

Muito obrigada.

Manuela Carvalho Estudante Gondomar, Portugal 484

Gostaria de saber a função sintática da expressão «sabedoria, à-vontade na discussão dos grandes temas», na frase «Os benefícios são inegáveis: sabedoria, à-vontade na discussão dos grandes temas».

Muito obrigada.

João Pedro Kronixfeld Estudante Campinas, Brasil 685

«O livro é interessante, o autor, inteligente, e o leitor, estúpido.»

Eu poderia usar este para me referir ao leitor, esse para me referir ao autor e aquele para me referir ao livro, da seguinte forma?

«Contudo, este é humilde, esse, arrogante, e aquele, enfadonho.» Além disso, seria possível inverter a ordem? Como se dá a combinação de tais pronomes quando os três estão na mesma frase? E se eu só falasse do autor e do leitor, poderia combinar este e esse em vez de este e aquele?

Obrigado!

Miguel Reis Professor Lisboa, Portugal 800

Estou com dúvidas em classificar o ato ilocutório presente na seguinte afirmação: «Está combinado.»

Por um lado, parece plausível considerá-lo compromissivo («prometo que estarei lá a essa hora»), mas por outro lado vejo também aqui a possibilidade de ser um ato declarativo, pois corresponde à criação do acordo entre as partes (tu prometeste, eu prometo, a combinação realiza-se, tal como um juiz diria «está aberta a sessão», neste caso um dos interlocutores define uma realidade para ambos os interlocutores ao enunciá-la).

Por outro lado, também não me parece totalmente descabido colocar a possibilidade de ser um ato ilocutório assertivo (funcionando como uma constatação de que o acordo se realizou).

Muito obrigado.

Antônio Marcos TI Conselheiro Lafaiete, Brasil 595

Na sequência de frases «O racismo é um problema social que afeta a saúde mental e física das pessoas. Ele pode ser considerado uma doença social porque causa exclusão, desigualdade, violência e sofrimento», a expressão «doença social» é sempre interpretada como uma metáfora?

Gostaria de entender se, do ponto de vista linguístico, há alguma possibilidade de essa frase ser interpretada literalmente ou se a metáfora é inevitável, mesmo considerando o contexto explicativo sobre os impactos do racismo.

Agradeço a ajuda!