Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Misael Abreu Professor Simão Dias (SE) , Brasil 310

Gostaria de saber qual é a classe gramatical e a função sintática da palavra horrores na seguinte frase:

«Caminhamos horrores.»

Apenas para esclarecer o sentido, vejo a frase sendo usada para indicar que se caminhou muito, bastante, em demasia. 

Agradeço todos os esclarecimentos que puderem me oferecer.

 

Maria Bolton Professora Londres, Reino Unido 299

Agradecia que me elucidassem sobre as duas frases. Devemos usar o indicativo ou o conjuntivo, ou ambos, tendo neste caso significado diferente?

«É difícil declarar que ainda é necessário.»

«É difícil declarar que ainda seja necessário.»

Sinceros agradecimentos,

Rafael Bertozzo Duarte Revisor Legislativo Curitiba, Brasil 239

Quero parabenizar o site.

Recorro a vocês para encontrar uma resposta que não encontrei em nenhum outro lugar na rede. É sobre alguns fenômenos linguísticos que tenho observado e para os quais não encontrei definição ou nome. São casos em que a regra sintática é quebrada com um propósito. Não são meramente erros.

Na frase «Ele correu pegar a bola», o verbo correr assume uma transitividade que não lhe é própria. Um fenômeno parecido ocorre com «Vá ao quarto correndinho buscar meu telefone», em que o verbo no gerúndio recebe um diminutivo. Claro que as duas frases quebram normas gramaticais, mas não são meros erros, elas têm um propósito, atribuem uma expressividade à construção.

Gostaria de saber se há figuras de linguagem em que esses dois fenômenos possam ser enquadrados. Inclusive, gostaria de saber se há mais exemplos desse mesmo fenômeno.

Obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 214

Em relação à frase apresentada, a palavra "ebru", tendo origem turca, devia estar entre aspas? 

«Os alunos apreciaram a arte "ebru" ao ponto de realizarem trabalhos.»

Obrigado.

Misael Abreu Professor Simão Dias (SE), Brasil 224

Qual é a classe gramatical e a função sintática de chega na seguinte frase:

(2) «Chega mudei de cor.»

O chega da frase parece-me um regionalismo do Nordeste do Brasil e serve também para intensificar o sentido da frase.

Agradeço todos os esclarecimentos que puderem me oferecer.

Jorge Santos Técnico superior Lisboa, Portugal 313

Já tenho surpreendido a palavra foodie aqui e ali, sobretudo em revistas de tendências do tipo Time Out...

Por exemplo, na revista Activa, em 23/05/2025, lê-se:

«Falámos com a fundadora do Lisbon Insiders, um guia e uma plataforma para foodies e epicuristas [...].»

O anglicismo foodie já foi aportuguesado?

Montarcilio Estrela Reformado Faro , Portugal 320

O recipiente para gás é designado garrafa ou botija? Parece-me que o termo botija é castelhano.

Agradeço a vossa opinião.

Maria Teresa Projecto Professora Lisboa, Portugal 315

É muito frequente abordar nas minhas leituras e subsequentes traduções as expressões que, em inglês, mobilizam a expressão turn. Fala-se, por exemplo, de «linguistic turn», «mimetic turn», «performatic turn», e por aí afora, para referir momentos peculiares de transformação do pensamento e de florescimento de campos de estudos em determinadas áreas ou disciplinas filosóficas, sociológicas, ou científicas de um modo geral. A tradução desta expressão, no entanto, não é evidente. Fico sugestionada pelas possibilidades «viragem» ou «virada», mas gostaria de saber a vossa opinião relativamente a esta questão.

Desde já muito grata pela atenção dispensada.

Margarida Ramos Professora Arcozelo, Portugal 742

Estou a corrigir testes, e os meus alunos estão a utilizar o termo "sofrência" em vez de sofrimento. Este termo existe ou foi "copiado"/ ouvido por eles em alguma rede social na boca de algum influencer?!

Vicente de Paula da Silva Martins Professor Sobral, Brasil 399

Como explicar, de forma convincente e com base morfossintática sólida, a mudança da vogal temática de o para a no par saco/saca, sendo que a origem etimológica comum remonta ao latim saccus, -i, e ainda mais remotamente ao grego sákkos e ao hebraico sak, todos invariavelmente com vogal final fechada e masculina?

Estaríamos diante de um fenômeno morfológico legítimo ou de uma analogia sem base histórica consistente?

Obrigado.