As palavras inimigo, desafeto e rival são sinônimas absolutas?
Sinônimas conforme o contexto em si? Ou não são sinônimas de jeito nenhum?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Diz-se "despegar" ou "desapegar"?
Outrora, designava-se de aposentação a situação de um funcionário que descontava para a Caixa Geral de Aposentações e que por ter completado a idade regularmente fixada, por doença ou por incapacidade física era dispensado do serviço (os designados funcionários públicos) e por reforma a situação dos trabalhadores que descontavam para a Segurança Social e que pelas razões aduzidas a propósito da aposentação eram dispensados do serviço (os designados trabalhadores do sector privado). O português sendo uma língua viva vai-se modificando, e, hoje, aposentação e reforma tornaram-se praticamente sinónimos o que levou a que muita gente desconheça o que as distinguia.
Há, porém, uma outra situação que é a jubilação, a que só duas classes profissionais podem aceder: os professores universitários e os magistrados. Não consegui, até hoje, apesar das buscas efectuadas, perceber quais as especificidades que a caracterizam. Sei que há diferenças materiais, pois há diversos acórdãos judiciais a pronunciarem-se sobre o assunto, em resultado de acções interpostas por quem se sentiu lesado, materialmente. Haverá, espero, algum dicionário que precise em que consiste, e o que a diferencia da aposentação e da reforma.
Não sei se no domínio da etimologia o Ciberdúvidas centra toda a sua busca, exclusivamente, na consulta dos dicionários ou se, quando necessário, «desce ao terreno» e vai, no caso, junto dos professores universitários e dos magistrados perscrutá-los.
Tenho ouvido a expressão «ir a penantes», no sentido de «ir a pé».
Surpreendi este sentido na Infopédia.
Estará correto? Ou será uma corruptela de «regressar a penates», no sentido de regressar a casa, que acabou por ser dicionarizada?
Obrigado.
O dicionário da Porto Editora tem como significado para o nome masculino saca-nabo o seguinte: «náutica gancho ou haste de ferro que serve para pôr em movimento o nabo ou êmbolo da bomba dos porões.»
Porém, ao consultarmos o termo nabo no mesmo dicionário, não encontramos qualquer referência que explique aquela acepção.
Agradecemos a Vossa apreciação.
Tanto quanto pude averiguar, os dicionários de verbos da língua portuguesa, como, por exemplo, o da Infopédia (Porto Editora), registam impactado como a única forma possível do particípio passado do verbo impactar.
É, pois, com alguma perplexidade, que me deparo recorrentemente com formulações como «o dardo tinha impacto o alvo».
Neste exemplo, parece-me que o adjectivo impacto está a ser utilizado em vez do particípio passado impactado, cujo emprego seria mais correcto.
Estará a escapar-me alguma coisa?
Muito obrigado!
Outro dia, numa conversa casual, certa pessoa disse a seguinte frase:
«A Atena (nome de um cão) anda cheia de quereres!»
Outra pessoa comentou que a frase estaria errada, e que o certo seria «cheia de querer», no singular.
De fato, a expressão conhecida, até onde me lembro, aparece no singular.
Achei exagerada essa acusação de erro, primeiro, porque a língua é viva e pode naturalmente se inflexionar; e, segundo, de nenhuma maneira me parece que o sentido da frase foi perdido no plural; e, finamente, é possível justificá-lo, acredito, argumentando que a pessoa que usou a expressão tratou a palavra querer como um substantivo.
Consigo imaginar perfeitamente uma situação em que quereres sejam contáveis: 1 querer, 2 quereres, 3...
Bom, estou longe ser um entendido da língua e gostaria de saber como se pode elucidar essa questão.
«Cheia de quereres» a mim é totalmente inteligível, mas o que podem me dizer os estudiosos? Como a gramática funciona neste caso?
Desde já agradecido abraço
Não logrei encontrar a expressão “barba-cara” (com ou sem hífen) em nenhum dicionário.
Contudo, a expressão aparece, no sentido de «com desfaçatez», em diversas passagens de livros e artigos. Porém, todos os textos que pude encontrar, incluindo esta expressão, são cabo-verdianos, pelo que gostaria de perguntar se tem, efetivamente, origem cabo-verdiana ou se a posso utilizar numa tradução para português europeu, nestes moldes:
«Estás a dizer isso na minha barba cara?», i.e., «tens o descaramento de me dizeres isso»?
Estou estudando semântica e me deparei com uma questão mais ou menos assim: «As palavras sexta, cesta e sesta são parônimos, homófonos, homógrafos ou homônimos perfeitos?»
O que me surpreendeu foi o fato de considerarem essas três palavras homófonas, visto que, embora sexta e cesta realmente possuam a mesma pronúncia, sesta não é pronunciada da mesma forma. Enquanto sexta e cesta têm a pronúncia de sêxxta, sesta é pronunciada como sésssta.
Na minha opinião, essas palavras seriam parônimas. Gostaria de entender por que elas não são classificadas dessa forma.
Obrigada.
Na sequência de frases «O racismo é um problema social que afeta a saúde mental e física das pessoas. Ele pode ser considerado uma doença social porque causa exclusão, desigualdade, violência e sofrimento», a expressão «doença social» é sempre interpretada como uma metáfora?
Gostaria de entender se, do ponto de vista linguístico, há alguma possibilidade de essa frase ser interpretada literalmente ou se a metáfora é inevitável, mesmo considerando o contexto explicativo sobre os impactos do racismo.
Agradeço a ajuda!
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