Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José Francisco Rios Milhã Empregado público Santiago de Compostela, Galiza 212

A navegar pela Internet, dei com os topónimos Quinta do Manho, Quinta de Manhos e Lugar de Manhos, todos eles em Lamego.

Sabem qual a origem desse topónimo?

Obrigado.

José Saraiva Leão Estudante Ciudad del Este, Paraguai 378

«Tomar estado com uma mulher» é o mesmo que amancebar-se ou quer mesmo dizer «casar-se com ela»?

Muito obrigado!

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 271

Se existe o verbo ungir, por que motivo não existe "ungimento"?

Pergunto isto porque já consultei alguns dicionários e não pude encontrar nenhum que o tivesse grafado.

Agradeço qualquer esclarecimento que me possam dar.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 295

Perguntava se o advérbio especificamente pode ser usado na frase «Ele nasceu no Bairro Alto, especificamente em Lisboa.»

Cumprimentos.

Ian Fauzi Oliveira Estudante Juiz de Fora, Brasil 502

Na expressão «nos idos do Império Romano», como o Império Romano não existe mais, remetendo-se, obviamente, a um passado distante, o uso do termo idos não seria redundante e desnecessário? Por fim, qual o equivalente vocabular mais próximo de idos?

José Miguel Figueiredo Engenheiro Portugal 300

O verbo frequentar é descrito como «ter certa convivência com» ("frequentar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa),  e «viver na intimidade de; conviver com» (Dicionário infopédia da Língua Portuguesa).

Encontro, no entanto, apenas um exemplo desta aplicação, no Dicionário Online do Português: «Possuir convivência com; ter intimidade ou ser íntimo de: "ele gostava de frequentar bares noturnos"», o que não se afigura de tudo um bom exemplo.

Em que medida e situações o verbo frequentar pode ser usado para exprimir «viver na intimidade de; conviver com»?

Francisco Castro Nieto Professor Ponte Vedra (Galiza), Espanha 283

Venho por este meio pedir algum esclarecimento sobre os substantivos grémio (masc.) e guilda (fem.), que apresentam certo grau de sinonímia nas aceções recolhidas em vários dicionários embora nos textos de História, diversamente, pareçam corresponder a realidades diferentes. Transcrevo, para ilustrar, o seguinte trecho:

«Os soldados pertenciam frequentemente a associações conhecidas como collegia. Eram similares aos grémios comerciais ou às guildas do mundo civil e, à semelhança destes, a sua organização incluía oficiais, regras e protocolos.» Gladius. Viver, lutar e morrer no Exército Romano, De La Bédoyère, Guy. Ed.Crítica.

Indico também a seguir os significados dados por alguns dicionários para estes dois vocábulos.

Grémio • Dicionário Houaiss: «5.1 Corporação de ofício (Ex.: ).» • Porto Editora online: «Grupo de entidades patronais que exploram ramos de comércio ou indústria mais ou menos afins.»

Guilda • Dicionário Houaiss: «Associação que agrupava, em certos países da Europa durante a Idade Média, indivíduos com interesses comuns (negociantes, artesãos, artistas) e visava proporcionar assistência e proteção aos seus membros.» • Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: «Organização de mercadores, de operários ou artistas ligados entre si por um juramento de entreajuda e de defesa mútua.» • Porto Editora online: «(HISTÓRIA) associação corporativa medieval que agrupava os indivíduos de um mesmo ofício (mercadores, artesãos, etc.) para fins de assistência e proteção de interesses comuns, geralmente regida por regras próprias e com jurisdição e privilégios exclusivos.»

Poderão comprovar do anterior que grémio e guilda são ambos definidos como corporações de ofício.

Acho, contudo, que no contexto da História e dos estudos históricos não são sinónimos.

Visto que a minha procura nos dicionários consultados não conseguiu esclarecer suficientemente esta dúvida, agradecia que pudessem trazer alguma luz sobre as diferenças entre grémio e guilda.

Agradeço de antemão a atenção dispensada e fico à espera da vossa resposta.

Gabriel Monteiro Professor Belém, Brasil 937

Atualmente, é possível encontrar em dicionários a distinção semântica entre os verbos pontuar e pontoar. O primeiro, em síntese, significa «usar sinais de pontuação», ao passo que o segundo guarda o sentido de «marcar pontos» em torneio, certames, competições, etc. É incontestável que os verbos citados possuem outros significados, mas a dúvida incide sobre a (im)possibilidade de se utilizar pontuar com o sentido de «marcar pontos». Vejamos algumas observações:

1. Cegalla, em seu Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, estabelece tal separação de sentido: pontoar para marcar pontos em torneio, pontuar para sinais de pontuação.

2. O Dicionário Houaiss também discrimina os sentidos, mas, ao fim do verbete pontuar, sinaliza que este é sinônimo derivado de pontoar.

3. O Dicionário Caldas Aulete, hodiernamente, registra pontuar com o sentido de «marcar pontos».

4. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa indica pontuar com o sentido de «usar sinais ortográficos».

5. Os dicionários MichaelisPriberam diferenciam pontuar e pontoar conforme a corrente majoritária (o primeiro para sinais de pontuação, o segundo para marcar pontos).

6. Em dúvida similar enviada à Academia Brasileira de Letras, a resposta que obtive contempla o verbo pontuar com os sentidos de «4 t.d. atribuir grau, nota, ponto a (prova, trabalho, desempenho etc.) <o professor esqueceu-se de p. duas questões>» e de «5 int.; desp marcar pontos <p. numa partida de muitos gols>».

Diante do que foi exposto, minha dúvida remanesce em razão da massiva divulgação por professores de que construções como «o aluno pontuou pouco no certame» estariam incorretas. Logo, pergunto: é aconselhável escrever com tal distinção, é obrigatório ou é facultativo?

Obrigado

Hugo Lima Santos Redator técnico Única, Portugal 298

Qual o termo definido para designar um natural de Barbados?

Na mesma senda, colocaria idêntica questão relativamente a outros Estados caribenhos, designadamente, St. Kitts and Nevis (São Cristóvão e Nevis), St. Vincent and the Grenadines (São Vicente e as Grenadinas), St. Lucia (Santa Lúcia), Anguila, Montserrat, Aruba e as Ilhas Virgens Britânicas e Americanas.

Antecipadamente grato.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 509

Por que razão a Wikipédia e Wikcionário insistem em colocar "português europeu" para poderem diferenciar do "português brasileiro"?

Vou explicar: o português não é idioma popular na Europa, assim como o espanhol não o é também!

Basta botarem "português lusitano", "português peninsular" ou "português ibérico", assim como "espanhol hispânico", "espanhol peninsular" ou "espanhol ibérico", para poderem diferenciar do "espanhol americano".

Ninguém fala: "inglês europeu" em contraste com "inglês americano", mas sim "inglês britânico"!

Estão ligados?

Ou, então, vamos trocar "português brasileiro", no caso, para "português sul-americano"! Podem crer aí?

E, aliás, já tem múltiplos usuários se queixando desse lance de usarem o termo de "português europeu" para além de mim mesmo! Que tal essa aí?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!