Venho por este meio pedir algum esclarecimento sobre os substantivos grémio (masc.) e guilda (fem.), que apresentam certo grau de sinonímia nas aceções recolhidas em vários dicionários embora nos textos de História, diversamente, pareçam corresponder a realidades diferentes. Transcrevo, para ilustrar, o seguinte trecho:
«Os soldados pertenciam frequentemente a associações conhecidas como collegia. Eram similares aos grémios comerciais ou às guildas do mundo civil e, à semelhança destes, a sua organização incluía oficiais, regras e protocolos.» Gladius. Viver, lutar e morrer no Exército Romano, De La Bédoyère, Guy. Ed.Crítica.
Indico também a seguir os significados dados por alguns dicionários para estes dois vocábulos.
Grémio • Dicionário Houaiss: «5.1 Corporação de ofício (Ex.: ).» • Porto Editora online: «Grupo de entidades patronais que exploram ramos de comércio ou indústria mais ou menos afins.»
Guilda • Dicionário Houaiss: «Associação que agrupava, em certos países da Europa durante a Idade Média, indivíduos com interesses comuns (negociantes, artesãos, artistas) e visava proporcionar assistência e proteção aos seus membros.» • Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: «Organização de mercadores, de operários ou artistas ligados entre si por um juramento de entreajuda e de defesa mútua.» • Porto Editora online: «(HISTÓRIA) associação corporativa medieval que agrupava os indivíduos de um mesmo ofício (mercadores, artesãos, etc.) para fins de assistência e proteção de interesses comuns, geralmente regida por regras próprias e com jurisdição e privilégios exclusivos.»
Poderão comprovar do anterior que grémio e guilda são ambos definidos como corporações de ofício.
Acho, contudo, que no contexto da História e dos estudos históricos não são sinónimos.
Visto que a minha procura nos dicionários consultados não conseguiu esclarecer suficientemente esta dúvida, agradecia que pudessem trazer alguma luz sobre as diferenças entre grémio e guilda.
Agradeço de antemão a atenção dispensada e fico à espera da vossa resposta.
Posso traduzir transgenderism (inglês) para "transgenderismo"?
A forma "chocolate ao leite" (similar ao francês chocolat au lait) é aceitável se estivermos a falar/escrever português de Portugal?
A contração ao (a+o) também pode ser usada neste contexto (o de indicar que o chocolate tem um teor de leite na sua constituição)?
Obrigada.
Apesar de estar no Priberam, tenho dúvidas se é correto usar este verbo em Portugal.
Podem confirmar?
Obrigada.
Navegando pelas versões em inglês da Wikipédia e Wikcionário, encontrei algo sobre a «quarta pessoa gramatical».:
Minha dúvida é: esse conceito, ele poderá ser aplicável em português? Poderemos assumir a existência do termo «quarta pessoa gramatical» em nosso idioma?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Em inglês, o útil termo misnomer designa «um nome que é aplicado incorretamente ou inadequadamente», como por exemplo panda-vermelho (que não é panda, nem sequer da família dos ursos). Será considerável como um tipo de solecismo?
Qual seria um bom equivalente para esta palavra em português? "Erronome"/"erronímico" (e daí "erronomia")? "Irracionome"/"irracionímico" ("irracionomia")?
Gostaria de saber se a palavra yucateco é admitida na língua portugesa.
Vi-a nesta oração: «A palavra sabukatán é um termo yucateco, da península de Yucatán, no México».
Ainda sobre essa palavra, não tenho certeza se podemos escrevê-la com inicial maiúscula ou minúscula: é o nome de uma língua indígena, mas acredito que deveríamos escrevê-lo com minúscula.
No texto, observei que a editora preferiu manter as palavras em espanhol: yucateco – "iucateco" em português?
E Yucatán – "Iucatã" em português?
Muito obrigada.
Recentemente e graças a um dos contactos em minha rede social, eu aprendi a existência da palavra énantiosème e o seu significado – uma palavra que pode significar algo e o seu contrário, como, em francês, apprendre e hôte. De pronto, parti em busca de exemplos na língua portuguesa, mas eu não os encontrei; não encontrei nem mesmo registos para a sua tradução enantiossema.
Poderiam, se faz favor, partilhar algum conhecimento sobre este assunto?
Desde já, agradeço a atenção e também a permanência deste interessante e rico repositório de conhecimentos sobre a língua portuguesa.
Estou a traduzir os contos em versos de Jean de La Fontaine. No conto "Le villageois qui cherche son veau", pode-se ler:
Sans dire quoi : car c'étaient lettres closes.
Em língua francesa, «(être) lettre close» é uma expressão arcaica que designa um texto ou uma coisa impenetrável, incompreensível.
Gostaria de saber, por favor, se há alguma expressão em português antigo ou moderno que se refira a algo abstruso, hermético, impenetrável?
Antecipadamente grata.
Na oração «Ele comia privativamente em seu chalé e fazia caminhadas longas e rápidas a cada manhã», deve-se usar ou não a preposição a antes de cada?
A frase foi traduzida do inglês: «He ate privately in his cottage and took long, fast walks each morning» (do Livro Talking Peace, p.14, Puffin Books, segunda edição, 1995, de Jimmy Carter, falando de Anwar Sadat nas reuniões de Camp David).
Seria aquela a melhor tradução para «each morning»?
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