Devo felicitar-vos pelo excelente trabalho que têm vindo a fazer!
Tenho uma dúvida no que diz respeito ao complemento do nome referente ao nome retrato nos contextos seguintes:
1. O retrato da tua filha está perfeito.
2. O retrato que o artista elaborou está exposto na galeria.
Na frase 1, foi indicado que «da tua filha» seria um complemento do nome. Percebi a análise, visto que o nome retrato pode ser entendido como denotando uma representação visual ou gráfica e, ao retirar «da tua filha», o sentido referencial de retrato seria impreciso.
Contudo, na frase 2, a expressão «que o artista elaborou» foi considerada como modificador do nome restritivo. Sei que é uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva e sei que estas costumam ter a função sintática de modificador do nome restritivo. Todavia, o sentido referencial de retrato não ficaria impreciso se esta fosse retirada, dado que é um modificador? Se a frase fosse «O retrato da tua filha que o artista elaborou está exposto na galeria», entenderia muito melhor a análise... Que justificação pode ser dada para se considerar ambas as análises sintáticas corretas?
Posso inferir que, não importando o contexto, se aparecer uma oração subordinada adjetiva relativa, esta terá sempre, sem exceção, a função sintática de modificador do nome, mesmo que eu saiba que o nome possa exigir um complemento do nome (como alguns nomes deverbais: «A oferta da casa foi feita ao casal» vs. «A oferta que o casal recebeu foi uma casa»?
Obrigada pela vossa atenção!
Podiam ajudar-e a confirmar se o constituinte «da comarca de arredores» é complemento do nome pessoas?
A frase é: «E recolherom-se dentro à cidade pessoas da comarca de arredores.»
Parece-me que é porque faz parte do sujeito, mas tenho dúvidas.
Obrigado pelo descanso que nos dão enquanto professores. Felicitações pelo vosso maravilhoso trabalho.
Na frase «Nas últimas férias, fiz a minha primeira viagem de avião», devo considerar «de avião» complemento do nome ou complemento oblíquo, uma vez que o verbo "fazer", neste contexto, é transitivo direto?
Na frase «Todos concordaram com o que você fez ontem», como classificar a oração «com o que você fez ontem»?
Julgo que será subordinada substantiva relativa, mas estou com dúvidas.
Na frase «Aqui, onde vivo há muitos anos, sou feliz», qual a função sintática da oração subordinada adjetiva relativa explicativa «onde vivo há muitos anos»?
A dúvida é a seguinte: estas orações desempenham a função sintática de modificador apositivo de nome. Porém, aqui é um advérbio.
Então, qual a função sintática?
Obrigada!
Qual a construção mais correta?
– «Lembrarmo-nos daqueles a quem servimos.»
– «Lembrarmo-nos daqueles que servimos.»
Grato.
Na frase «A sentença proferida pelo juiz relativa à ação de divórcio foi anulada», deveria haver vírgulas isolando o sintagma «relativa à ação de divórcio»?
Como se classifica «relativa à ação de divórcio» sintaticamente?
Sei que «à ação de divórcio» é um complemento nominal do adjetivo relativa, mas e o sintagma inteiro? Trata-se de um adjunto adnominal?
Pergunto isso porque me parece que há uma mudança de sentido causada pela presença das vírgulas, da seguinte maneira:
«A sentença proferida pelo juiz, relativa à ação de divórcio, foi anulada.» = «A sentença proferida pelo juiz, [que é] relativa à ação de divórcio, foi anulada.» = Fala-se de apenas uma sentença específica, e o sintagma «relativa à ação de divórcio» explica essa sentença.
«A sentença proferida pelo juiz relativa à ação de divórcio foi anulada.» = «A sentença proferida pelo juiz [que é] relativa à ação de divórcio foi anulada.» = Há diferentes sentenças, e a que foi anulada é a relativa à ação de divórcio. O sintagma tem sentido restritivo.
Não se se isso procede, mas, caso sim, como «relativa à ação de divórcio» poderia estar entre vírgulas se se trata de um adjunto?
Agradeço desde já.
Mesmo sendo transitivo direto, deparamo-nos com ocorrências algo controversas onde a norma culta -- termo talvez ainda mais controverso -- parece estar de troça relativamente à transitividade do verbo controlar.
Nos exemplos abaixo, o que oficialmente poderia justificar (se justificáveis) as construções? [E, sim, há mais nos exemplos a ser abordado. Estejam livres para, por favor, instruir este consulente.]
A mim ninguém controla.
A mim, ninguém controla.
A mim ninguém me controla.
A mim, ninguém me controla.
Forte abraço à equipe Ciberdúvidas.
Apesar de direta que é sua transitividade, ouvir ocorre amiúde em locuções como «ouvir a todos».
Gostava de saber se existe norma a legitimar tal uso.
Obrigado.
No uso da vírgula para cargos e qualificações de pessoas, usa-se a vírgula quando o cargo for ocupado por apenas uma pessoa.
Ex.: «O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, sancionou nova lei do programa Pé-de-Meia.»
Não se usa a vírgula quando o cargo for ocupado por mais de uma pessoa.
Ex.: «Na avaliação do professor da Universidade de Brasília José Roberto Fialho, os estudantes de licenciaturas já podem comemorar a abertura do programa Pé-de-Meia.»
No exemplo abaixo, podemos utilizar essa mesma regra?
«Agradeço ao meu esposo, Valdir, pela compreensão e paciência.»
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