Li a seguinte frase: «O que tiveres feito para a enfurecer, sugiro que pare agora.»
A minha dúvida é se é correto mudar o tempo verbal para : «O que tivesses feito para a enfurecer...» ou «o que tenhas feito para a enfurecer, sugiro que pare agora».
Se não me engano, o uso do verbo ter no futuro do conjuntivo (tiveres) refere-se a uma ação que pode ou não acontecer no futuro, mas acho que a frase no exemplo acima, «O que tiveres feito para a enfurecer, sugiro que pare agora», tem sentido passado.
Muito obrigada antecipadamente pela ajuda!
Do ponto de vista gramatical, é possível substituir verbos no condicional com os mesmos verbos, mas no futuro do pretérito composto, sem modificar o sentido da frase?
Por exemplo, queria saber se as frases seguintes são usadas com os mesmos significados.
1) Aonde é que ele iria? = 2) Aonde é que ele teria ido?
Muito obrigado.
Em um artigo sobre as futuras possibilidades do uso da tecnologia digital, li várias orações com verbos no presente que me despertaram dúvidas sobre o uso do indicativo ou do subjuntivo (conjuntivo em Portugal). Praticamente em todos os exemplos, o verbo aparecia no presente do indicativo na oração subordinada, mas o verbo da principal estava no futuro do indicativo.
Exemplos:
– «Quando estamos em férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas em simultâneo e serão escritas no dispositivo na sua língua materna.»
– «Quando compramos numa loja de desportos online, iremos escolher o artigo que desejamos.»
– «Enquanto estamos em uma reunião de trabalho, a ata está a ser elaborada.»
No português do Brasil, parece ser muito mais comum o uso do subjuntivo na oração subordinada nesses casos. Dependendo da oração, acredito que poderia ser considerado incorreto o uso do indicativo. Diríamos, por exemplo: «Quando estivermos de férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas...», ou «Quando estamos de férias, as conversas (...) são traduzidas».
Gostaria de saber se me podem ajudar com a interpretação do uso dos tempos e modos verbais com as conjunções enquanto e quando nos citados contextos.
Muito obrigada pela ajuda e parabéns pelo trabalho realizado todos os dias.
Podia ajudar-me a compreender quando se pode utilizar verbos em futuro composto para expressar ações do passado?
Em geral, quantas aplicações esse tempo tem?
Obrigado.
Gosto muito do Rúben Amorim e vejo todas as conferências de imprensa dele.
Tenho uma dúvida sobre uma frase que ele disse hoje, ou seja (minuto 10:32, Youtube):
«O contexto é completamente diferente. Quando jogámos aqui, acho que tínhamos os mesmos pontos ou, se o Porto ganhasse, apanhava-nos na classificação.»
Tendo em conta que foi um evento relativo ao passado e hoje não poderia acontecer, não deveria ter dito: «Se o Porto tivesse ganhado, ter-nos-ia apanhado/tinha-nos apanhado na classificação»?
Obrigado.
A frase seguinte pode ser considerada correta: «Do modo como ando e ando, andei»?
O cerne da minha dúvida centra-se na repetição da forma verbal ando intercalada pela conjunção coordenativa copulativa e. Do mesmo modo, na mesma linha de raciocínio, poderia dizer «E falei e falei e falei e falei e ele não me ouviu»?
Além disso, há ainda um caso semelhante que, para mim, é mais aceitável: o do mais. Por exemplo, «Correu mais e mais, até que chegou à meta», «Comeu mais e mais e mais até engordar».
Não vos parece que a expressão «mais e mais» tem o mesmo sentido de «cada vez mais» e pode-se tratar aqui de uma influência da sintaxe inglesa? Notem os exemplos: «Simply by going on and on...« ou «She wants more and more...».
Aguardo o esclarecimento das minhas dúvidas. Votos de um ótimo trabalho!
Não encontro informação nas gramáticas sobre a perífrase ia+gerúndio em contextos como «um míssil ia apanhando Zelensky», quer dizer, com o valor de que esteve quase a apanhar o tal.
Podem dar uma ajudinha?
Ouve-se cada vez com maior frequência desejar a alguém «tudo de bom!».
Como se vê, nem se trata de uma pergunta, pois nunca ouvi ninguém perguntar «tudo de bom?», mas de um desejo, habitualmente numa despedida ou como remate de uma conversa telefónica.
A minha questão tem a ver com a inclusão da preposição de na frase. Não seria suficiente e correto dizer-se só «tudo bom!»...?
E, já agora, pergunta-se: «tudo bom?» ou «tudo bem?»?
Muito obrigado!
Sabemos que o modo subjuntivo é usado com mais frequência acompanhado de algumas conjunções ou expressões impessoais. Mas ele também é o modo usado para indicar incerteza/possibilidade.
No caso a seguir, a frase indica incerteza/possibilidade, mas não há conjunção. Qual é a melhor forma de conjugar o verbo aguardar? «Aguardem» ou «aguardam»? O uso do subjuntivo, neste caso, é aceitável?
Não importa quais desafios nos aguardem, teremos força para enfrentá-los. / Não importa quais desafios nos aguardam, teremos força para enfrentá-los.
Tendo em conta as frases abaixo indicadas, perguntava-vos que diferenças semânticas são transmitidas com o uso do pretérito perfeito do indicativo e do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
a. O pintor pintara um belo quadro.
b. O pintor pintou um belo quadro.
Obrigado.
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