Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Pragmática
Hugo Figueiredo Professor Viseu, Portugal 201

Poder-me-ia esclarecer sempre o ato de fala presente na frase «Agora é tempo de tornar reais as promessas da Democracia», presente no discurso de Martin Luther King?

É possível considerar um ato de fala diretivo? E assertivo?

Muito obrigado.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 396

No Brasil, é usual chamar o/a próprio/a professor/a ou patrão/oa pelo nome. E nos outros países e territórios lusófonos? É assim também?

Ou seguem o modelo dos países e territórios anglófonos e hispanófonos, que indicam chamar de Sr./ª + sobrenome?

Muitíssimo obrigado!

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 2K

Pesquisando em dicionário o significado da palavra outrossim, vi que é um advérbio equivalente a bem assim, da mesma forma. Encontrei na gramática metódica de Napoleão Mendes de Almeida como se conjunção explicativa fosse e, ainda, encontrei em outros livros mais duas classificações para ela: como conjunção adversativa e também aditiva, ou seja, há inúmeras funções para esta palavra.

Diante disso, o que questiono é o que, de fato, considerar como certo, afinal, o que diríamos a um aluno ou mesmo a uma pessoa ávida estudiosa da língua portuguesa, se esta nos fizesse essa pergunta?

Como se pondera as informações e se chega a um consenso, a uma verdade? O que se leva em consideração para esse tipo de investigação?

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 490

Desde idade muito tenra, no marasmo de minha pacata cidade onde nasci e resido até hoje, sempre ouvi das pessoa que me rodeavam frases utilizando o advérbio sempre para esclarecer um fato ou evidenciar algo.

Na verdade, me dei conta disso após aprender o que é um advérbio. Daí é que me veio o questionamento, já que toda fonte que consultei só o aponta como advérbio de tempo.

«Não adianta teimar com ela, sempre vai dizer que é mentira mesmo.»

O sentido era o de sempre justificar algo.

Há outros sentidos atribuídos a este advérbio além de tipicamente o de tempo?

Maria do Céu Oliveira da Silva Professora Braga, Portugal 556

Que atos de fala se identificam nos seguintes enunciados, retirados da Farsa de Inês Pereira?

a. «Será bem que vos caleis,/(…)/que não me respondereis nada,». (vv.13-15);

b. «Se eu disser «isto é novelo», / havei-lo de confirmar.». (vv.39-40).

Maria Rodrigues Professora Lisboa, Portugal 1K

A frase «Precisamos de descobrir a gramática da bondade.», retirada de O pequeno caminho das grandes perguntas. (Porto: Quetzal, p. 77), de José Tolentino Mendonça, concretiza um ato de fala compromissivo ou diretivo?

Obrigada pela vossa atenção.

Sofia Rente Professora de Português Maia, Portugal 726

Deparei-me com o exercício de escolha múltipla abaixo que me parece algo ambíguo.

Na minha opinião, a resposta certa é a A, mas depois de consultar vários colegas da área e alunos, obtive mais do que uma resposta (A e B). Será que este exercício carece de reformulação já que num exercício desta tipologia se pressupõe que apenas exista uma resposta correta.

Leia a frase e selecione a mensagem de telemóvel correspondente.

«A D. Teresa pede à Ana para lhe levar o livro.»

A. Ana, preciso do livro hoje. Tem de o trazer esta tarde. Obrigada.

B. Ana, não se preocupe. Não faz mal. Pode trazer o livro amanhã?

C. Olá, Ana! Pode ficar com ele agora e na próxima semana dá-me o livro.

Maria de Fátima Oliveira Professora Mafra, Portugal 768

Na frase «Ora, nesta noite, vamos acabar com o estado a que chegámos», a modalidade evidenciada será a deôntica (valor de obrigação) ou a epistémica (valor de certeza)?

A minha dúvida prende-se com o facto de não haver utilização do modo imperativo ou de um verbo modalizante, como dever, para ser considerada deôntica. Contudo, a frase parece implicar uma intenção de exortar à ação.

Agradeço, desde já, a vossa ajuda no esclarecimento desta dúvida.

Sofia Carvalho Estudante Portugal 2K

Venho pedir a vossa ajuda acerca da identificação de um ato ilocutório.

A frase "Pobres, as palavras, insignificantes, insuficientes" constitui um ato ilocutório assertivo ou expressivo? Porquê?

O contexto é um texto de Francisco Assis (jornal Público, 19/11/2023):

«As palavras são incapazes de exprimir algumas alegrias. Pobres, as palavras, insignificantes, insuficientes. Mas a música chega lá.»

Muito obrigada pela vossa ajuda,

Aline Santos Alves Estudante Goiânia, Brasil 747

Tenho tido dificuldades para identificar a força do que se argumenta em um período composto.

Para identificar, é preciso ter em mente o contexto e também identificar os operadores argumentativos, certo?

Duas orações me causaram dúvidas:

«De certo modo, nós alugamos o livro digital, não o adquirimos.»

«Embora não tenha nascido ontem, a era digital ainda é um mundo todo novo.»

Na primeira oração, a força do que se argumenta está no segmento «não o adquirimos»?

Na segunda oração, a força do que se argumenta está no segmento «Embora não tenha nascido ontem»?

Agradeço a atenção.