Se uma pessoa teve um acidente e ficou com a mão "esfarrapada", é correto dizer que essa pessoa tem a «mão desfigurada»? Ou como nos devemos referir?
Obrigada.
Uma vez que paquiderme é um nome masculino quando nos referimos a um espécime dos paquidermes, tratando-se de uma elefanta (feminino), a formulação correta será «um pequeno paquiderme» e não «uma pequena paquiderme».
Agradeço a vossa confirmação.
Por gentileza, seria correto dizer que o valor semântico estabelecido pela preposição a no verso abaixo de Santa Rita Durão é de concessão, sendo parafraseável por «apesar de»?
«Os perigos, os casos singulares,/ Que por mais de mil léguas toleramos,/ Não contara, depois que no mar erro,/ A ter o peito de aço, e a voz de ferro.» (Caramuru, canto VI, estrofe XXVI)
Consultado o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia de Ciências de Lisboa, vi que eles abonam um exemplo em que a preposição a inicia uma frase circunstancial que exprime a noção de causa, como lá mesmo é descrito (ex.: «A estudar tão pouco, ele nunca podia ter ido longe»).
Assim, por gentileza, como essa foi a única fonte em que encontrei tal informação, queria pedi, por gentileza, se possível, que me informassem se encontramos outras abonações desse caso em outras fontes do português.
Normalmente ao escrever um texto utilizo um artigo definido antes do substantivo, que no meu caso é uma substância ativa, e geralmente omito o referido artigo definido quando faço referência ao nome comercial da referida substância ativa.
Um exemplo genérico disto seria: «O paracetamol pode ser tomado com ou sem alimentos» versus «Ben-u-ron pode ser tomado com ou sem alimentos».
Gostaria de saber se isto está de facto correto e como justificar/substanciar estes casos específicos.
Na frase «O Joel estava sozinho em casa», qual a função sintática de «em casa»?
Muito obrigada pelos esclarecimentos.
Estou com dificuldades em analisar sintaticamente a frase «Fiz do recreio uma festa».
A minha primeira intuição foi considerar o constituinte «uma festa» complemento direto e o constituinte «do recreio» complemento oblíquo. Mas fazendo a substituição pronominal do complemento direto não me soa muito gramatical a frase «Fi-la do recreio».
Parece-me que aqui o verbo fazer se comporta como um verbo transitivo direto, no sentido de «Transformei o recreio numa festa». Neste caso «o recreio» seria complemento direto e «uma festa» seria predicativo do complemento direto. Substituindo o complemento direto pelo pronome, ficaria «Transformei-o numa festa», o que é perfeitamente gramatical.
O problema da primeira fase é que em termos de sentido ela é equivalente à segunda frase, mas as categorias sintáticas não me parecem encaixar bem.
Outro exemplo: «Fiz o João feliz». Aqui não me parece haver dúvidas: «o João» complemento direto e «feliz» predicativo do complemento direto («Fi-lo feliz»). Mas, retomando o primeiro exemplo, eu poderia dizer, com um significado semelhante: «Fiz do João uma pessoa feliz». E, com a estrutura do verbo fazer, o complemento direto passaria a ser «uma pessoa feliz» e «do João» complemento oblíquo.
Mas mais uma vez não me parece muito gramatical a construção: «Fi-la do João.»
Obrigado.
A forma verbal "envelopar" existe em português de Portugal?
Grata pela resposta.
Gostaria de saber se de facto estou a analisar de forma correta a seguinte frase:
«Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido, tem sido um desafio.»
Sujeito: «Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido.»
Predicado: «tem sido um desafio»
Predicativo do sujeito: «um desafio»
Agora, quanto ao sujeito, vejo um grupo nominal principal («Este encontro») e um complemento do nome encontro: «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido»
Continuando a análise em caixinhas dentro de caixinhas, este complemento do nome é constituído por dois grupos nominais, sendo o primeiro «o desejo de tornar Camões acessível a todos», e o segundo «e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido».
Deixarei para depois a análise deste último complemento que integra uma oração coordenada adversativa.
Para já interessa-me esclarecer o constituinte «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos». É composto por um grupo nominal «o desejo» e por sua vez por outro complemento do nome «de tornar Camões acessível a todos» assegurado por uma oração subordinada completiva.
Gostaria de proceder à análise sintática independente desta oração completiva: «Camões» seria complemento direto do verbo tornar;«acessível a todos» seria predicativo do complemento direto «a todos», complemento do adjetivo acessível.
A minha dúvida é esta: é defensável a ideia de que «a todos» seja complemento indireto?. Exemplo: «Eu tornei Camões acessível a todos»/ «Eu tornei-lhes Camões acessível» (parece-me pouco gramatical).
Obrigado e bom trabalho.
Posso dizer "fui ladrado por um cão"?
Obrigado.
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