Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Expressões idiomáticas
Fabio Nogueira Tradutor São Paulo, Brasil 339

Apesar de direta que é sua transitividade, ouvir ocorre amiúde em locuções como «ouvir a todos».

Gostava de saber se existe norma a legitimar tal uso.

Obrigado.

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 617

Já vi respostas vossas sobre o sentido de adentro e sobre o erro «a dentro».

Mas a minha pergunta é: «dentro» e «adentro» podem ser usados indistintamente nos casos em que uma pessoa irrompe por algum sítio?

Por exemplo: podemos escrever indiferenciadamente «Ele entrou pela casa adentro» e «Ele entrou pela casa dentro»?

Ou nestes casos justifica-se mais um termo do que o outro? E, se sim, qual?

Muito obrigado.

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 736

Queria pedir, por favor, uma resposta mais detalhada sobre a preferência por «ir-se embora» em detrimento de «ir embora». Há contextos em que o se me parece necessário, outros em que me soa desnecessário, mas não tenho uma justificação científica para tal.

Por exemplo: na frase «Depois ele foi embora», parece-me faltar o se. Falta? Porquê?

Muito obrigado.

João Paulo Fernandes Lopes Arquivista Vila Nova de Gaia, Portugal 295

Em Trás-os-Montes, pelo menos no concelho de Vinhais, utiliza-se o termo "moco" (com o fechado) na expressão «em môco» que designa um pássaro recém-nascido, ainda sem penas e apenas com uma ténue penugem. Não encontro essa expressão nem o termo "moco" em dicionários de regionalismos, nomeadamente:

– Mirandelês / Jorge Golias, Jorge Lage, João Rocha, Hélder Rodrigues. – Mirandela : Câmara Municipal de Mirandela, 2010. ISBN 978-972-9021-12-1; -

– Dicionário dos Falares de Trás-os-Montes / Vítor Fernando Barros. – Porto: Campo das Letras, 2002. ISBN 972-610-580-3

Colocada a questão numa ferramenta de inteligência artificial, obtive a informação genérica seguinte:

«O termo “moco” parece derivar do latim mucus, possivelmente relacionado ao estado frágil e vulnerável dos filhotes de pássaros, que ainda estão sem penas e cobertos apenas por uma leve penugem.»

Gostaria de, se possível, obter a informação sobre a existência registada do termo ou expressão, qual a sua origem etimológica e qual o seu uso e emprego em Portugal, em resposta fundamentada por um dos vossos habilitados autores.

Muito obrigado.

Manuela Nobre Assistente Técnica Sines, Portugal 1K

Ouve-se com frequência a frase «o Roque e a amiga» quando se fala de duas pessoas que andam sempre juntas.

Já me disseram que vem do relacionamento de duas personagens de uma novela brasileira. É possível saber a origem da expressão?

Obrigada.

Maria José Melo Professora reformada Algés, Portugal 590

Qual é a forma correta? «Andar na giraldinha» ou «Andar na giraldina»?

Teresa Afonso Professora Loulé, Portugal 836

Na frase «O evento caiu no esquecimento.», o segmento «no esquecimento» não poderá ser complemento oblíquo?

Obrigada.

Darinka Kircheva Tradutora Sófia, Bulgária 402

Qual é o significado das expressões «criar cama» e «ganhar cama» usadas em Húmus de Raul Brandão, terceira edição:

«As paixões dormem, o riso postiço criou cama, as mãos habituaram-se a fazer todos os dias os mesmos gestos. Só eu me afundo soterrado em cinza. Terei por força de me habituar à aquiescência e à regra? Crio cama e todos os dias sinto a usura da vida e os passos da morte mais fundo e mais perto. ... e finjo, e o sorriso acaba por ganhar cama, a boca por se habituar à mentira...»

Agradecia a ajuda

José Saraiva Leão Estudante Ciudad del Este, Paraguai 1K

Qual a origem da expressão «meter-se numa alhada»?

Muito obrigado!

Nuno Duarte Publicitário Portugal 1K

A minha dúvida prende-se com a utilização da expressão «do tempo da outra senhora».

Conheço a sua origem e sei que é utilizada, normalmente, para nos referirmos ao período do Estado Novo [em Portugal].

Mas será que a podemos utilizar simplesmente como referência a algo antigo como no caso do «tempo da Maria Cachucha», sem a leitura política?

Obrigado.