Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Léxico
Jorge Santos Técnico superior Lisboa, Portugal 242

Tenho ouvido a expressão «ir a penantes», no sentido de «ir a pé».

Surpreendi este sentido na Infopédia

Estará correto? Ou será uma corruptela de «regressar a penates», no sentido de regressar a casa, que acabou por ser dicionarizada?

Obrigado.

Mário Fernando Marques de Oliveira Economista (ex-administrador de empresas), reformado Coimbra, Portugal 103

dicionário da Porto Editora tem como significado para o nome masculino saca-nabo o seguinte: «náutica gancho ou haste de ferro que serve para pôr em movimento o nabo ou êmbolo da bomba dos porões.»

Porém, ao consultarmos o termo nabo no mesmo dicionário, não encontramos qualquer referência que explique aquela acepção.

Agradecemos a Vossa apreciação.

André Luiz de Souza Professor Nepomuceno, Brasil 260

Outro dia, numa conversa casual, certa pessoa disse a seguinte frase:

«A Atena (nome de um cão) anda cheia de quereres!»

Outra pessoa comentou que a frase estaria errada, e que o certo seria «cheia de querer», no singular.

De fato, a expressão conhecida, até onde me lembro, aparece no singular.

Achei exagerada essa acusação de erro, primeiro, porque a língua é viva e pode naturalmente se inflexionar; e, segundo, de nenhuma maneira me parece que o sentido da frase foi perdido no plural; e, finamente, é possível justificá-lo, acredito, argumentando que a pessoa que usou a expressão tratou a palavra querer como um substantivo.

Consigo imaginar perfeitamente uma situação em que quereres sejam contáveis: 1 querer, 2 quereres, 3...

Bom, estou longe ser um entendido da língua e gostaria de saber como se pode elucidar essa questão.

«Cheia de quereres» a mim é totalmente inteligível, mas o que podem me dizer os estudiosos? Como a gramática funciona neste caso?

Desde já agradecido abraço

Ana Rodrigues Tradutora Costa da Caparica, Portugal 236

Não logrei encontrar a expressão “barba-cara” (com ou sem hífen) em nenhum dicionário.

Contudo, a expressão aparece, no sentido de «com desfaçatez», em diversas passagens de livros e artigos. Porém, todos os textos que pude encontrar, incluindo esta expressão, são cabo-verdianos, pelo que gostaria de perguntar se tem, efetivamente, origem cabo-verdiana ou se a posso utilizar numa tradução para português europeu, nestes moldes:

«Estás a dizer isso na minha barba cara?», i.e., «tens o descaramento de me dizeres isso»?

João Paulo Rangel Silva Estudante Marco de Canaveses, Portugal 224

Qual a origem da palavra princípio?

Cristina Aparecida Duarte Tradutora São Paulo, Brasil 186

Gostaria de saber se existe na língua portuguesa a palavra "cossolicitante". No caso de existir, é correta essa grafia?

Muito obrigada.

Giovana Paula Angelice Bióloga Rio de Janeiro, Brasil 254

Estou estudando semântica e me deparei com uma questão mais ou menos assim: «As palavras sexta, cesta e sesta são parônimos, homófonos, homógrafos ou homônimos perfeitos?»

O que me surpreendeu foi o fato de considerarem essas três palavras homófonas, visto que, embora sexta e cesta realmente possuam a mesma pronúncia, sesta não é pronunciada da mesma forma. Enquanto sexta e cesta têm a pronúncia de sêxxta, sesta é pronunciada como sésssta.

Na minha opinião, essas palavras seriam parônimas. Gostaria de entender por que elas não são classificadas dessa forma.

Obrigada.

Paulo Monteiro Desenhador Projectista Estoril, Portugal 175

A ideia é "absolutamente simples".

É a proposta de um neologismo, a saber, avicóptero que é referente à fantástica máquina em questão: o V-22 Osprey  

Sem mais de momento e grato pela disponibilidade.

Eleusina Ramos Gestora Vila Real, Portugal 165

Como se escreve: "lombo sagrado", "lombo-sagrado" ou "lombossagrado"?

José Luis Castedo Médico Porto, Portugal 85

No vosso site diz-se que o termo jubilado se aplica aos professores universitários que atingem o limite de idade.

No entanto, creio que o mesmo termo é aplicado a juízes, independentemente de serem, ou não, professores universitários.

Assim, gostaria de perguntar se o termo jubilado deve ser também aplicável a juízes.

Muito obrigado.