Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Pedro Oliveira V. N. Gaia, Portugal 194

Num texto de 13 de maio, é afirmado que o pronome pessoal se, na frase «Ouviram-se os jovens», tem a função de complemento agente da passiva.

Penso que é errado e fundamento-me na Gramática do Português, da Fundação Gulbenkian, vol. I, pág. 390-394; 444-445.

No contexto do ensino do português, o Dicionário Terminológico considera complemento agente da passiva o grupo preposicional presente numa frase passiva que corresponderia ao sujeito da frase ativa.

Neste sentido, gostaria de conhecer bibliografia que considere agente da passiva o morfema se em passivas pronominais.

Obrigado.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória, Brasil 192

1) Isto aqui é criação minha.

2) Isto aqui é minha criação.

Quero saber se, no entendimento de vocês, faz diferença o lugar em que se coloca o possessivo meu. E, se puderem, justifiquem, por favor.

Creio que, no primeiro caso, haja a indicação de que seja (apenas) uma criação e bem possível de ter outra(s) criação(ões).

E que, no segundo caso, haja bem maior chance de ser só uma (aquela) criação na totalidade.

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

João Pedro Kronixfeld Estudante Campinas, Brasil 354

«O livro é interessante, o autor, inteligente, e o leitor, estúpido.»

Eu poderia usar este para me referir ao leitor, esse para me referir ao autor e aquele para me referir ao livro, da seguinte forma?

«Contudo, este é humilde, esse, arrogante, e aquele, enfadonho.» Além disso, seria possível inverter a ordem? Como se dá a combinação de tais pronomes quando os três estão na mesma frase? E se eu só falasse do autor e do leitor, poderia combinar este e esse em vez de este e aquele?

Obrigado!

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 356

Qual será a importância e utilidade da utilização do pronome nenhuns (como plural de nenhum), se nenhum, literalmente, já quer dizer «zero» no caso?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Pedro Martins Tradutor Lisboa, Portugal 454

Gostaria de saber se, no título de uma obra, o que (pronome) é colocado em maiúscula.

Diz-se que as palavras inflexivas, ou sejam invariáveis, têm minúscula inicial, e que, quando é pronome relativo, é também invariável. O pronome que escreve-se, portanto, com  minúscula?

De que fonte (ou fontes) provém a regra ou convenção, para minha consulta posterior?

Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho.

José Carlos Gomes Assessor de comunicação Portugal 699

Gostaria de saber qual a forma correta de escrever a seguinte frase: «alguma coisa boa há de acontecer-me» ou «alguma coisa boa há de me acontecer»?

Obrigado

Julian Alves Estudante Nápoles, Itália 354

Eu gostaria de tocar mais uma vez num assunto que já foi tratado cá no Ciberdúvidas, porém as respostas ainda não me satisfizeram. No dia 8 de outubro de 2024, quanto à minha pergunta em torno da frase “Bons olhos o vejam” e quanto à sua colocação pronominal enclítica, vós me respondestes o seguinte:

«Quanto à colocação do clítico, a próclise (colocação antes do verbo) ocorre porque a frase é optativa/exclamativa. Quando a frase inclui uma palavra exclamativa ou a própria frase tem uma natureza exclamativa, esses fatores geram próclise.»

De tal resposta se conclui que não seria possível construções como essas: «Vejam-no bons olhos» e «Bons olhos vejam-no».

Entretanto, recentemente, ao tratar do uso do infinitivo pessoal no seu Dicionário de Questões Vernáculas, Napoleão Mendes de Almeida traz a seguinte frase: «Perdoe-te o céu o haveres-me enganado», isso que me fez questionar se há realmente possibilidade de usar a ênclise em orações subjuntivas independentes sem a conjunção que, quando o verbo é o vocábulo que inicia a oração, como a frase : «Perdoe-te o céu o haveres-me enganado.»

O que vós dizeis sobre isso?

Desde já, muito obrigado.

Vicente Azevedo de Arruda Sampaio Professor São João da Boa Vista, Brasil 360

É obrigatório ou facultativo o uso de se em construção como: «fácil de (se) fazer»?

Mais precisamente, pergunto se não é obrigatório o uso de se na frase

«Tomado pela preocupação com a doença, sua vida não seria apenas impossível, mas sobretudo indigna de viver.»

Se for possível, peço referencias bibliográficas para a fundamentação da resposta.

De antemão, muito obrigado.

Rafael Lintz Estudante São Paulo, Brasil 412

Na frase «A médica me disse que o horário das 15:00 lhe é melhor que o das 16:00», o uso do lhe é gramaticalmente correto?

Já ouvi falar do caso em que o lhe pode acompanhar um verbo de ligação para agregar significado a um adjetivo, como em «A ferramenta lhe é útil».

O adjetivo melhor também aceita que tenha sentido agregado pelo lhe?

Ou o correto seria, no contexto da primeira frase, «A médica me disse que o horário das 15:00 é melhor para ela que o das 16:00»?

Obrigado!

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 392

Li num dicionário acerca da definição de antecedente o seguinte:

«termo a que se refere o pronome relativo

Esta definição está completa? Não se deveria incluir os pronomes pessoais?

Ex.: «Nos debates televisivos falou-se de muitos assuntos. Eles foram pertinentes para o meu conhecimento.

Obrigado.