Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Luís Pedrosa Santos Aposentado Caldas da Rainha, Portugal 3K

Receio não conseguir acompanhar, neste caso, a opinião já expressa pelo saudoso e ilustre vernaculista Dr. José Neves Henriques.

Contratual será referente à condição de uma ou mais premissas de um contrato a estabelecer, ou já estabelecido, de cujas cláusulas se ajuíza da sua validez, exequibilidade, pertinência, legalidade, etc., a fim de um dado contrato poder ser aceite, juridicamente e pelas partes contraentes. A verbalização conferida pelo sufixo [-iz(ar)] tem o propósito de indicar a ideia de fazer que uma acção seja praticada. E a ideia tem como base o contrato; e não contratual/contratualidade (>contratualizar), que será a circunstância/condição de um exercício.

Assim, parece-me que – declinando contratualizar – deverá ser contrat(o) + iz(ar) >> contratizar que se me afigura mais escorreito: «acto de estabelecer contrato». Quando muito, tentando "salvar" o que já existe, contratualizar será «estabelecer condições pelas quais as cláusulas de um contrato sejam conformes à legalidade e interesses». Destarte, contratualizar = «atribuir a condição exigível para que algo possua contratualidade». Aceito que contratar nem sempre tenha o sentido de contratizar, visto esta acepção ter uma vertente mais formal.

Terei alguma "ponta" de razão? [...]

O meu muito obrigado pela atenção que possam conceder a esta dúvida e opinião.

Pedro Xavier Estudante Macau, China 4K

Gostaria de saber a diferença entre subsídios e abono (nomeadamente termos jurídicos), por favor.

Muito obrigado.

Ana Isabel Oliveira da Silva Afonso professor Miranda do Corvo, Portugal 2K

Significado da palavra paradocente?

Rodrigo Monteiro Engenheiro Coimbra, Portugal 9K

Sou frequentemente corrigido desde que decidi – de acordo com o plasmado no livro de português adoptado para o 7.º ano de escolaridade – utilizar o pronome obliquo tónico com preposição consigo na presença dos pronomes pessoais você/ele/vocês/eles. Gostaria de saber se nas frases que se seguem o uso do pronome em causa está correcto:

1. Você viu o Agnelo, o meu filho mais novo? Eu presumi que ele estivesse consigo!

2. Vocês são responsaveis por estes dois casais de idosos. Eles deverão permanecer o maior tempo possível consigo aqui na sala de estar.

3. Patrão, eu entreguei a guia de transporte ao Mascarenhas, tenho a certeza!A guia tem de estar consigo.

4. Eles são os peregrinos mais obstinados e asseadinhos que conheço! Vou para todo o lado consigo...Lourdes, Compostela...

Em meu entender apenas será consensual porque coloquial usar o consigo na primeira frase, usando-se na segunda frase o «com vocês», na terceira o «com ele» e na quarta o «com eles». Gramaticalmente será correcto usar o "consigo" nas quatro frases?

Muito obrigado, desde já.

Eric Iago Simões Bacharel em Direito Petrolina, Brasil 2K

Estudando espanhol, deparo-me com a construção normativa «me lavé las manos», e ainda, lendo Machado de Assis, deparo-me com a construção «Escobar apertou-me as mãos». Interessante que, no dia a dia, fala-se «apertou (as) minhas mãos» ou «beijou (o) meu rosto», mas então, por causa da construção típica da língua espanhola (sendo ela a norma padrão) e do uso dessa construção na literatura portuguesa, comecei a perceber que também se fala «apertou-me as mãos» ou «beijou-me o rosto» no dia a dia.

Por isso, indago sobre essa construção na língua portuguesa e seus aspectos normativos: é possível? É padrão? Ou ainda, qual é a diferença entre «apertou (a) minha mão» e «apertou-me a mão»?

Agradeço antecipadamente a resposta.

Daniel Medina Tradutor Granada, Espanha 2K

[...] Queria perguntar se o termo «luzes do norte» é um calco do inglês, ou se realmente o usam como sinónimo para "aurora boreal".

Muito obrigado.

Sérgio Costa Tradutor Lisboa, Portugal 2K

Sobre a gramaticalidade da expressão «tão único», encontrei uma resposta no Ciberdúvidas que considera a expressão um "disparate". Não me parece que esta interpretação se ajuste aos dias de hoje e à evolução do adjetivo no nosso idioma e não só: por exemplo, em inglês, tornaram-se comuns expressões como "so unique" (sobre a evolução da palavra em inglês).

Se consultarmos os principais dicionários portugueses, vemos que o significado de único já não se resume ao valor absoluto. Constata-se que único também pode significar «excecional», «superior aos outros», «especial», «incomum», etc. Ora, a partir do momento em que admitimos estes significados para único, parece-me que também temos de admitir, pelo menos em contextos "criativos", expressões como "tão único" ("tão especial", "tão superior aos outros", etc.). A comprovar esta tendência, uma rápida pesquisa na Web encontra mais de 100 mil ocorrências de "tão único", designadamente em inúmeras publicações, como livros, revistas, etc. Neste sentido, gostaria de conhecer a vossa opinião atual sobre o tema, agradecendo desde já a atenção.

Dulce Sá Silva Professora Lisboa, PT 4K

Qual a diferença entre flexibilidade e flexibilização?

Vasyl Tsanko Músico Aveiro, Portugal 6K

Gostaria de saber qual a melhor maneira de dizer:

1) ir/ficar com as mãos a abanar;

2) ir/ficar de mãos a abanar.

Obrigado.

Sérgio José Mira Seco Gestor Beja, Portugal 4K

Fundilhar é um verbo da família de fundura (nome)?

Obrigado.