Durante a leitura de Jubiabá (1935), de Jorge Amado (1912-2001), deparei com a palavra "encongruado" no seguinte contexto:
«A vida é boa, velho... Você fala porque tá encongruado.... – o ex-soldado riu» (Amado, 1935, p.215).
Não há registro deste verbete nos dicionários gerais. Vocês poderiam me ajudar na atribuição de sentido à palavra "encongruado"?
Grato por qualquer luz.
A propósito do conceito decrescimento – tese segundo a qual a degradação progressiva do ambiente e dos recursos do planeta só tem como saída a inversão da lógica depredadora do capitalismo* − e como não encontro a palavra no arquivo do Ciberdúvidas, peço-vos uma abordagem sobre a formação desta palavra e deste sentido novo.
* Cf. Serge Latouche, "As vantagens do decrescimento" (Le Monde Diplomatique – Brasil, 1/11/2003) e Decrescimento Sereno, Lisboa, Edições 70, 2012; "Serge Latouche, o precursor da teoria do decrescimento, defende uma sociedade que produza menos e consuma menos", Instituto Humanitas Unisinos, 3/09/2013; Ana Poças Ribeiro, "A economia contra os limites da Terra: o decrescimento sustentável é a solução", Público, 4/09/2018
«Ele vendeu coisas suas.» Nesta frase qual é a função sintática de "suas"? Modificador?
Poderei usar o termo tripulante, em português europeu, ao referir-me um individuo que conduz um automóvel, ou simplesmente está no automóvel, não estando a conduzir, e em ambos os casos sozinho.
«Bastava o levantar de asas da notícia de um novo morto, para que ele se apressasse em esmiuçar os detalhes mórbidos, sem distinção de parentesco, de fama ou de posição social.»
Pergunto; na frase acima deve-se usar a conjunção nem, em vez da conjunção ou?
Obrigado.
Soube pelo Google que se trata de expressão de origem portuguesa. Vocês saberiam me dizer a motivação (ou etimologia) da expressão «vaso ruim não quebra»?
Pode dizer-se que a palavra inovação remete para uma "introdução" da novidade, na medida em que o prefixo i se refere a um movimento para dentro (cf. resposta); e que a palavra renovação remete para uma "repetição" da novidade, sendo o prefixo re entendido como elemento designativo de repetição? Poder-se-á a partir daqui extrapolar que no primeiro caso não é admissível que a acção recaia sobre um "objecto" existente (não fazendo sentido dizer "o mundo inova-se", mas sim "o autor inova"), sendo essa pré-existência necessária no segundo caso (fazendo aqui sentido "o mundo renova-se", mas não "o autor renova.")?
Tendo descoberto que embora provêm de «em boa hora», gostaria de saber se por exemplo na frase «Vamos embora daqui para fora» o seu uso é o mesmo de agora ou realmente sair para algum lado. Por outro lado ao dizer «Foi-se embora», seria correcto também dizer-se «Foi-se agora». Em Portugal, pelo menos, parece-me que o embora é utilizado como movimento ou ação e não como informação temporal.
Podiam ajudar-me a entender? Obrigado.
No caso em que, numa narração, um diálogo entre os personagens é interrompido em vista de algum evento, qual dos dois casos seria o correto:
a) Neste momento da conversa...
b) Nesse momento da conversa...
Obrigado.
Sei que a palavra marsupialização é o termo usado para um tipo de procedimento médico-cirúrgico, porém, gostaria de saber a origem desse termo.
Quem inventou a palavra? Ela tem alguma relação com o animal "marsupial"? Se sim, no que isso coincide com o procedimento médico em questão?
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