Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.

Voltando à frase ««Lépido, filhote de Valente, um indômito de quatroanos, estava ontem deitado no pasto, sem sela, relinchando, quando foi laçado»», analisemos a expressão «sem sela».

O constituinte «sem sela» exerce, como já foi dito, uma função semelhante à dos advérbios e modificadores apositivos, e parece corresponder a um comentário por parte do locutor, adicionando informação à frase. As suas características são:

É muito interessante a frase «Lépido, filhote de Valente, um indômito de quatro anos, estava ontem deitado no pasto, sem sela, relinchando, quando foi laçado.», pois não é totalmente pacífica a análise dos termos «deitado no pasto», «sem sela» e «relinchando».

Observemos a frase.

Por Virgílio Dias

[1.] O Ciber hoje ultrapassou tudo o que é de esperar nesta sua exposição pública de saberes.1 Depois de errar na descrição sintáctica duma frase, não corrige o erro, mas cria uma nova frase, cuja análise sintáctica nos apresenta e justifica.

Não está certo!

Retomemos a frase «Lépido, filhote de Valente, um indômito de quatro anos, estava ontem deitado no pasto, sem sela, relinchando, quando foi laçado» e construamos uma nova frase com os constituintes relevantes para a análise que Virgílio Dias contestou:

(i) «Lépido estava deitado sem sela.»

O predicativo do sujeito é a palavra ou expressão que estabelece uma relação de sentido com o sujeito, que o caracteriza; em (i), essa posição é preenchida pela forma participial deitado.

Por Virgílio Dias

Pedia-se a classificação gramatical, sintáctica e semântica dos constituintes da frase:

«Lépido,filhote de Valente, um indômito de quatro anos, estava ontem deitado nopasto, sem sela, relinchando, quando foi laçado.»

E diz-se:

«sem + sela (preposição + substantivo/complemento circunstancial de modo)

Ana Carina Prokopyshyn :: 12/09/2008»

Não concordo. «Sem sela» é um predicativo do sujeito.

Parte da análise sintáctica incluída na resposta Classificação gramatical, sintáctica e semântica, da autoria da consultora Ana Carina Prokopyshyn, levou o consulente Virgílio Dias a manifestar-nos a sua discordância. Gerou-se assim uma pequena mas acalorada controvérsia em torno da classificação de certos constituintes preposicionados que ocorrem normalmente depois de verbos de ligação (s...

Artigo do presidente do conselho geral do Grupo Lusófona e reitor da Universidade Lusófona do Porto, Fernando Santos Neves, publicado no "Jornal de Letras" do dia 14 de Agosto de 2008.

 

Contributo do nosso consultor D´Silvas Filho na controvérsia – antiga – sobre a pluralização, ou não, do numeral milhar, pondo em destaque o que indica Rodrigo de Sá Nogueira, no seu Dicionário de Erros e Problemas da Linguagem (Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1974): «dezenas de milhares» e não *«dezenas de milhar». Sobre esta querela, cf. outras perspetivas assinaladas nos Textos Relacionado.

 

«As expressões "dezenas de milhar" e "dezenas de milhares"  designam realidades diferentes», considera a nossa consultora Maria Regina Rocha, a propósito desta  antiga controvérsia – cujos principais pontos de vista se assinalam nos Textos Relacionados com este tema.

 

Luís Figo e a política de língua

 

 

Em artigo publicado no "Diário de Notícias" de 9 de Julho de 2008, Vasco Graça Moura critica o Governo português por não haver promovido, previamente, um debate público sobre o anunciado plano para  a  promoção do português no estrangeiro.

 

Este Governo [português] não tem emenda. Continua agarrado às manifestações de fachada e a não se preocupar minimamente com o rigor e a correcção daquilo que faz ou anuncia que vai fazer.